Soluções de segurança física podem proteger e otimizar as operações de manufatura

As ferramentas de segurança patrimonial são muito úteis na gestão, monitoramento e controle da cadeia logística nas companhias de manufatura, com adoção de novas tecnologias, como IA e IoT, oferecendo informações essenciais para garantir mais produtividade, inteligência e assertividade às operações cotidianas

A segurança física sempre foi uma das principais preocupações da indústria de manufatura. As empresas do setor enfrentam um conjunto diversificado de riscos e ameaças como roubos, sabotagem, violência, vandalismo e incêndios, estes, responsáveis por grande número de ferimentos e mortes além de possíveis danos à propriedade, que podem levar a paralisação da operação e custar bilhões de dólares todos os anos.

No cenário atual, mesmo com os desafios da supply chain, escassez de mão de obra e um ambiente econômico incerto criado pela pandemia, a indústria da manufatura continua forte. Isso se comprovou no recente relatório da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), que mostrou que a produção da manufatura global tem, em geral, crescido a um ritmo estável nos últimos trimestres e agora está bem acima dos níveis pré-pandemia.

“Apesar dessa tendência positiva, a indústria está preocupada em como manter isso no futuro e, para muitos fabricantes, o crescimento contínuo depende da redução de interrupções não planejadas, que ocorrem por diversos motivos, incluindo acidentes de trabalho, roubos, violações de perímetro e ataques cibernéticos, resultando em grandes atrasos na produção gerando custos consideráveis. Dependendo do setor, o tempo de inatividade não planejado pode custar centenas de milhares de dólares a cada hora. De acordo com a Forbes, os fabricantes industriais podem perder de 1% a 10% do tempo de produção disponível a um custo total de até US$ 50 bilhões por ano”, afirma José Castro, Vertical Manager | Building, Industrial & Utilities da Genetec Brasil.

Segundo o executivo da Genetec, para amenizar estes impactos, é interessante implementar uma solução forte gestão de segurança e controle para que as companhias de manufatura protejam seus ativos, melhorem a segurança no local de trabalho e reduzam o impacto de acidentes. Uma opção é a solução de segurança física unificada ­- Genetec™ Security Center, que pode ajudar a reduzir a frequência e a duração das interrupções, contribuindo para essas industrias nos processos de transformação digital.

Em outra pesquisa recenteda Deloitte, 72% dos executivos entrevistados disseram acreditar que a maior incerteza para a indústria de manufatura são as interrupções contínuas na cadeia de supply chain. “As empresas podem aumentar a resiliência da área de supply chain usando a tecnologia de tagging e monitorando a frota para rastrear o material valioso conforme circula pelas instalações. A marcação envolve a afixação de tags ou etiquetas em ativos para identificar cada um individualmente e monitorar localizações em tempo real. O monitoramento da frota permite que as companhias recuperem, armazenem e revisem todos os dados do veículo, facilitando a sua localização e controle. Ambas as soluções podem ajudar a reduzir as interrupções causadas pelo desaparecimento ou roubo de ativos”, explica Castro.

O uso de uma plataforma de segurança unificada, juntamente com soluções como o plug-in TagTracker e o Security Center Fleet Monitoring da Genetec, pode reduzir os tempos de inatividade não planejados, tornando as operações mais seguras. Especificamente, ao fornecer insight às equipes de segurança física sobre em que ponto se encontram os ativos ao longo da cadeia, os fabricantes podem mitigar possíveis roubos ou perdas no processo de distribuição e tornar os processos de investigação de incidentes mais rápidas e fáceis.

Transformação digital e a importância da cibersegurança

Adotar a digitalização e migrar para processos mais conectados, eficientes e preditivos nas instalações pode ajudar os fabricantes no crescimento dos negócios e proteção da lucratividade a longo prazo. Em 2022, 45% dos executivos de manufatura entrevistados pela Deloitte afirmaram que estão prevendo aumento na eficiência operacional como resultado dos investimentos atuais em Internet Industrial das Coisas (IIoT) visando a redução das interrupções, aproveitando os benefícios de máquinas conectadas e processos automatizados.

“Maior conectividade e automação também podem aumentar a quantidade de dados que disponíveis aos fabricantes, pois a maioria dos dispositivos IoT e IIoT são transformados em sensores com capacidade de coleta de dados. Os fabricantes podem usar esses dados para gerar insights em tempo real que aumentando sua vantagem competitiva”, detalha Castro. Ele informa que ao usar um sistema de segurança unificado para coletar e analisar dados de fontes variadas, fornece uma visão mais completa de seus processos e ajudá-los a tomar decisões importantes sobre como melhorar a eficiência. Eles podem usar os dados para desenvolver modelos precisos de previsão e planejamento, melhorar decisões estratégicas e realizar manutenção preditiva, o que diminui o tempo de inatividade não planejado e aumenta a vida útil das máquinas.

Esses dados também podem ajudar os fabricantes a cumprir os regulamentos governamentais. Nos EUA, por exemplo, a Agência de Proteção Ambiental (EPA) determinou a redução nos hidrofluorcarbonos (HFCs) em 15% de seus níveis na linha de base até 2036. O monitoramento dos níveis de produtos químicos regulamentados em instalações de fabricação, como os HFCs para resfriamento e refrigeração, pode ser feito por meio da coleta de dados e analíticos. O não compliance com quaisquer regulamentos pode resultar em multas exorbitantes, bem como em tempo de inatividade e atrasos na produção.

“É importante lembrar que o aumento da interconectividade pode tornar as empresas mais vulneráveis a interrupções causadas por ataques cibernéticos, pode ter um impacto significativo na produção. Além disso, os fabricantes correm o risco de ter suas operações totalmente interrompidas e de perder dados valiosos e propriedade intelectual”, ressalta Castro. Para ajudar a mitigar esses riscos, os fabricantes devem planejar a inclusão de soluções de segurança física ciber-blindadas como parte de sua abordagem abrangente de cibersegurança, reduzindo a vulnerabilidades e protegendo contra ameaças que podem levar a violações de dados caras e devastadoras.

É interessante considerar a segurança para o perímetro

A proteção de perímetro é a primeira linha de defesa contra invasões que levam a atrasos dispendiosos, porque é preciso coordenar respostas eficazes a ameaças para limitar possíveis interrupções. O fato é que, cada vez mais, as plantas que produzem materiais altamente sensíveis ou valiosos correm o risco de sofrer invasões em diversas fontes. Um hacker ou agente malicioso pode utilizar drones para acessar redes sem fio e causar interferência, bem como obter acesso a informações proprietárias e segredos comerciais. Como acontece em qualquer intrusão, o efeito dessa invasão gera atrasos que afetam a eficiência e a produção geral de um fabricante.

“Mitigar os riscos de invasões requer uma solução de segurança física que torne a investigação e a resposta a incidentes mais ágeis e efetivos. Acelerar os processos e torná-los mais eficientes contribui na retomada das operações com o mínimo tempo de inatividade suportadas por soluções de segurança com tecnologia de detecção de intrusão para áreas de Segurança Restrita (RSA), incluindo sistemas baseados em radar e laser, que são importantes na proteção do perímetro”, ressalta Castro.

É fundamental também manter os colaboradores seguros

Embora a segurança no local de trabalho sempre tenha sido uma prioridade para os fabricantes, ela se tornou mais importante depois da pandemia. Como todo mundo, os fabricantes se concentraram em manter as precauções básicas de segurança, incluindo a aplicação de medidas de distanciamento social no chão de fábrica e a higienização dos espaços de trabalho. Aumentaram também o monitoramento de pessoas entrando e saindo de instalações, bem como de locais perigosos. “Com seus sistemas de controle de acesso (ACS), os fabricantes podem garantir que as pessoas corretas tenham o acesso certo às áreas específicas. Isso assegura por exemplo, que apenas pessoas devidamente treinadas acessem equipamentos sensíveis ou materiais potencialmente perigosos”, aponta Castro.

De acordo com o executivo da Genetec, trabalhar com uma solução de segurança física unificada significa que os fabricantes estão visando modernizar e simplificar seu processo de gestão de acesso aumentando a eficiência operacional e evitando interrupções dispendiosas. Com uma solução de gerenciamento de acesso e identidade física, como o Genetec ClearID™, os fabricantes fortalece as políticas de segurança ao automatizar as solicitações de visitantes e, ao mesmo tempo, melhorar o fluxo de pessoas. E, com trilhas de auditoria detalhadas de cada visita, as equipes de segurança podem investigar incidentes rapidamente e ajudar a colocar a produção de volta nos trilhos.

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