Rio ganhará 10 mil novas câmeras de monitoramento e terá Centro de Operações da prefeitura ampliado

A cidade do Rio de Janeiro vai se encher de tecnologia. Serão 10 mil novos olhos eletrônicos nas ruas, 40% deles com leitor facial, mais de 12 vezes o número atual de câmeras da prefeitura. O município terá ainda cinco mil pontos de wi-fi e nove mil sensores georreferenciados. O Centro de Operações Rio (COR), na Cidade Nova, também será ampliado, ganhando mais 1.400 metros quadrados, 50% a mais do que o existente. O projeto é resultado da Parceria Público-Privada (PPP) de iluminação pública: o programa Luz Maravilha.

Os investimentos serão do consórcio Smart Luz, formado por cinco empresas, que firmou a PPP com a prefeitura em abril de 2020. Segundo a secretária municipal de Infraestrutura, Kátia Souza, em agosto começam as obras de expansão do COR. A previsão é que, até março de 2022, estejam concluídas tanto as obras, como os processos de compra, instalação e configuração de equipamentos, além de testes e ajustes finos.

“O Rio será uma cidade inteligente com o Luz Maravilha. O projeto do novo prédio do COR terá a certificação LEDD e contará com a reutilização da água e eficiência energética”, disse Kátia Souza, acrescentando que as intervenções serão feitas com o COR em funcionamento.

Chefe executivo do COR, Bruno Ramos, explica que a prefeitura tem 800 câmeras, sendo 300 desativadas. Ele garante que, até o fim do ano, os reparos necessários serão feitos para que as inoperantes voltem a funcionar. Estão ainda interligados ao COR equipamentos particulares: 50 do consórcio Porto Novo, e 14 (orla) da Surf Conect.

As prioridades para a instalação das 10 mil nova câmeras, parte deles com alertas, estão sendo definidas em reuniões com as diversas secretarias. Contudo, há locais certos.

“Os grandes corredores de tráfego, por exemplo, terão câmeras. Os que já têm, como as avenidas das Américas e Ayrton Senna (Barra) terão mais. Queremos levá-las ainda para as Zonas Norte e Oeste e para Paquetá. Outros pontos em que serão instaladas são áreas onde acontecem bolsões de alagamento e lugares onde manchas de segurança indicam a ocrrência de pequenos delitos”, explica Ramos. “Usaremos os tipos de inteligência artificial adequados para ver o que queremos enxergar, dentro do conceito de cidade inteligente, mas seguindo os dispositivos da Lei Geral de Proteção de Dados”.

Quanto ao wi-fi, orla, praças, escolas e hospitais municipais estão entre os lugares previstos, embora a lista esteja sendo fechada.

“A velocidade mínima da internet será 512 Kbps (quilobits por segundo). Serão até 200 pessoas conectada por ponto. Queremos atingir um milhão conectados ao mesmo tempo”, estima o presidente da Rioluz, Bruno Bonetti.

Mais um telão

Em relação aos sensores, esclarece Bonetti, serão instalados quatro mil de resíduos sólidos, em bueiros, e cinco mil de sinais, para melhorar o fluxo de trânsito.

Já a expansão do COR prevê a instalação, na sala de controle, no andar térreo, de mais um telão, com 14 metros quadrados. Serão mais bancadas operacionais, com 24 posições de trabalho e 20 monitores. O novo telão ficará ao lado do painel existente, que tem 65 metros quadrados e cem monitores. Haverá ainda mais um monitor de LED de 75 polegadas acima do videowall — atualmente são quatro telas do tipo nessa posição.

De acordo com o projeto, o primeiro andar do novo prédio vai abrigar um Datacenter. Ele será capaz de processar um alto volume de dados, como quantidade de chuva, fotos e vídeos de ocorrências, além de informações capturadas pelos novos sensores georreferenciados. No mesmo equipamento, serão processados os streamings das novas câmeras.

Segundo Bonetti, até agora foram implantadas 20% (90 mil) das 450 mil luminárias de LED previstas pelo Luz Maravilha, sendo dada prioridade às áreas de comunidade e periferia. Os investimentos totais são de R$ 1,4 bilhão, e a concessão é de 20 anos. O consórcio tem duas fontes de receita. À medida em que avançar na modernização dos pontos de luz, ganha uma participação cada vez maior nas receitas da Contribuição Social da Iluminação Pública (Cosip), recolhida no pagamento das contas da Light, que pode chegar a 54,5% da Cosip.

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