Passo a passo para conseguir um orçamento de segurança patrimonial maior

Aprovar um bom orçamento para segurança pode ser um real desafio. É comum encontrar empresas que não enxergam a área como prioridade e preferem “pagar para ver”. Por mais que expliquemos como uma segurança preventiva, ou até mesmo preditiva, sai SEMPRE MAIS BARATA que ações reativas, muitos gestores ainda destinam recursos insuficientes para uma boa gestão dessa área.

Isso até que alguma ocorrência gere danos graves à empresa. E, na maioria das vezes, esses incidentes poderiam ter sido evitados. Tudo isso começa na aprovação do orçamento.

Normalmente, os orçamentos são anuais e aprovados no fim do ano ou até mesmo nos primeiros meses do próximo. Durante essa fase é primordial transmitir de forma clara a importância da segurança para o bom funcionamento de toda a empresa. Abaixo, criamos um passo a passo que te auxiliará durante este processo e te dará uma chance maior de conseguir aprovar o orçamento pretendido.

Passo 1: Faça Uma Análise de Risco (De Verdade)

O primeiro passo para uma segurança patrimonial de alta eficiência, tanto em termos de assertividade como de custos, sempre será a análise de riscos. Nesta etapa, realizamos um diagnóstico completo de 4 fatores: os ativos, as ameaças, as vulnerabilidades e os riscos. De forma resumida são:

ATIVO: É qualquer coisa que tenha valor para a organização e deve ser protegido. Pode se tratar de equipamento e materiais, instalações físicas, operações e atividades, informações e até mesmo pessoas.

AMEAÇAS: São acontecimentos que podem causar perdas ou danos a um ativo da organização se concretizados. Diferentes ameaças possuem potenciais de dano diferentes e devem ser tratadas de formas distintas.

VULNERABILIDADE: É qualquer falha no sistema de segurança patrimonial que possibilite uma ameaça em potencial ser concretizada.

RISCO: São as consequências e/ou prejuízos potenciais existentes caso uma ameaça venha a se concretizar.

Somente com essas informações em mãos é possível determinar quais os ativos mais sensíveis a serem protegidos e construir um plano de ação eficiente. Decisões tomadas sem uma análise de riscos bem feita tem um alto risco de não serem assertivas e acabarem desperdiçando parte preciosa do seu orçamento.

“Ok. Eu já fiz uma análise de riscos. Qual o próximo passo?”

Já fez mesmo? Infelizmente, é bastante comum ver decisões importantes sobre a segurança sendo tomadas com base exclusivamente no que proprietários e gestores acreditam ser o correto. Sim, a experiência e vivência da realidade da empresa na hora de decidir é muito importante, porém, mesmo assim, é essencial que esta análise seja feita com base em dados e uma metodologia estruturada.

Utilizamos bastante o Método William T. Fine por ser um modelo de se medir a criticidade de um risco de forma objetiva e com parâmetros numéricos já determinados. E o melhor: ele também possui parâmetros de justificativa de investimento, ou seja, uma equação matemática que te mostra se vale a pena investir na redução de determinado risco ou não.

Vale a pena investir parte do orçamento para reduzir determinado risco? Ele será somente reduzido ou eliminado? Se o risco se concretizar, as consequências justificam o investimento? Ou é melhor utilizar este recurso para solucionar outro problema de segurança mais grave?

A tomada de decisão sobre o que fazer na área da segurança pode envolver inúmeras variáveis e se tornar uma tarefa bem difícil. Com um modelo a ser seguido, fazer uma análise realista do cenário fica bem mais fácil.

A análise de riscos será a base para sua projeção do orçamento e também sua maior justificativa na hora de brigar por ele. Por isso, empenhe tempo e recursos necessários para que ela seja feita com a maior qualidade e reflita a realidade de forma mais fidedigna possível.

Passo 2: Crie Um Planejamento de Segurança

Após a análise de riscos você já deve ter definido quais os ativos mais sensíveis a serem protegidos e quais os riscos mais críticos a serem neutralizados. Essas informações são extremamente importante pois vão:

1. Determinar todas as ações de seu planejamento de segurança;

2. Determinar qual o orçamento necessário para se instaurar ou manter uma segurança eficiente.

O planejamento de segurança é justamente onde você vai propor ações e estratégias a serem implementadas ou mantidas. Aqui, soluções das mais diversas naturezas podem ser utilizadas de forma separada ou em conjunto. De forma geral, um planejamento de segurança pode conter:

VIGILÂNCIA PATRIMONIAL: Monitoramento do local com vigilantes, armados ou não, que podem contar com o auxílio de equipamentos eletrônicos.

SEGURANÇA ELETRÔNICA: Equipamentos eletrônicos envolvidos no esquema de segurança. Estes podem servir a várias funções como monitoramento (CFTV), o controle de acesso (identificação eletrônica de funcionários), reação a incidentes (sensores de presença e alarmes), entre outros.

SEGURANÇA FÍSICA: Medidas de segurança que utilizam barreiras físicas de proteção, como serpentinas, portões, muros, portaria, entre outros.

SERVIÇO DE INTELIGÊNCIA: Obtenção de informações e dados úteis para a atuação e planejamento da segurança.
Agora é a hora de utilizar sua experiência e criatividade. Também é essencial que você pesquise soluções para segurança disponíveis no mercado, além de pensar a melhor forma de utilizá-las a seu favor.

Sempre falamos como as soluções mais caras muitas vezes – se não na maioria delas – não são a melhor opção. Normalmente, um mesmo problema pode ser resolvido de diversas formas, por isso sempre tenha ao menos duas soluções distintas com orçamentos distintos também.

Isso vai ajudar na hora de aprovar seu orçamento: caso a opção mais cara não seja aceita, você terá uma “proposta B” a ser apresentada. No fim das contas, é melhor conseguir a aprovação de uma solução mais barata que solução alguma.

Passo 3: Busque Soluções Tecnológicas

É comum que no Brasil soluções de alta tecnologia sejam vendidas a preços bem altos, não é verdade? Pense no preço dos smartphones dentro e fora do país. Mas poucos percebem que no mercado de segurança acontece um fenômeno inverso e você deve usá-lo a seu favor.

Infelizmente, o Brasil é conhecido por ter uma forte cultura de violência. Porém, é este mesmo cenário que impulsiona a adoção e popularização de tecnologia de segurança no país, e que acaba por baratear seu custo de forma mais rápida que em outros países.

A lógica é simples, em locais onde a cultura de violência não é tão forte, a preocupação com segurança também não. Um ótimo exemplo é a tecnologia de monitoramento com vídeo analítico. Baseada em inteligência artificial e deep learning, o vídeo analítico é capaz de analisar as imagens das câmeras e identificar elementos específicos, como uma pessoa ou automóvel, de forma autônoma. Ou seja, é como se suas câmeras se transformassem em agentes de segurança preventiva que sempre te avisam quando algo está fora do normal.

Em muitos países com índices de criminalidade baixos, essa tecnologia continua a ser vendida a preços elevados e é utilizada quase que exclusivamente pelo poder público e mega organizações. Já aqui no Brasil, a mesma tecnologia de alta precisão é comercializada pela SVA Tech de forma acessível e tem se tornado uma aliada de grandes e pequenas empresas.

Passo 4: Reaproveite Seus Equipamentos

Durante a aprovação de um novo orçamento é a hora perfeita para propor a expansão de sistemas ou modernização de equipamentos. Investimentos na segurança são extremamente necessários, mas isso não quer dizer que você precisa jogar dinheiro fora.

É exatamente isso que acontece em inúmeras empresas ao comprar novos equipamentos e se desfazer completamente dos que já possui sem fazer uma boa análise primeiro. Preste atenção, esta dica realmente pode te economizar milhares de reais.

Antes de sair renovando seu equipamento, inspecione tudo o que possui e veja o que pode ser reaproveitado. Se você não possui conhecimento técnico sobre os equipamentos em questão – CFTV, por exemplo – é essencial contar com um técnico especialista que saberá te orientar sobre quais materiais manter. Até mesmo contratar um técnico terceirizado pode render uma economia maior que o preço pago pelo serviço.

Reaproveitar seus equipamentos. Mantenha isso em mente na hora de buscar novas tecnologias e soluções inovadoras também. Uma mesma tecnologia pode ser oferecida de diferentes formas no mercado, e algumas delas são mais caras que outras.

O vídeo analítico, por exemplo, é oferecido embarcado em câmeras, NVRs, servidores ou em nuvem. Todas as opções têm seus prós e contras e qual a melhor opção para você vai depender das características específicas da sua operação de segurança.

À primeira vista, câmeras IP com análise inteligente de vídeo embarcada podem parecer opções mais práticas, mas você deve levar em conta que são equipamentos bem caros, com menor poder de processamento e que te fornecerão a tecnologia restrita àquela câmera somente.

Já a tecnologia embarcada em hardwares como NVRs e servidores terá uma capacidade de processamento bem maior e o principal: te permiterá agregar inteligência ao sistema sem precisar alterar suas câmeras! Soluções como o SmartVision, permitem aplicar vídeo analítico até mesmo em sistemas analógicos com DVRs. Sempre busque por soluções que te darão versatilidade e, claro, otimizarão seu orçamento.

Passo 5: Hora de Defender Seu Orçamento

Durante a aprovação do orçamento da empresa para o próximo ano, não será apenas você que estará atrás de recursos. Todas as áreas da companhia precisam justificar seus investimentos e pleitear uma fatia do recurso financeiro – que é sempre limitado.

É muito provável que você tenha que defender os investimentos em segurança para diretores ou gerentes. Essa é uma fase crucial e todos os passos que fizemos até aqui vão te ajudar a transmitir a mensagem certa.

ANÁLISE DE RISCOS: Ao apresentar de forma objetiva quais os riscos que empresa corre e quais os prejuízos potenciais, os tomadores de decisão estarão mais cientes da importância da segurança para a companhia como um todo e como os danos futuros podem ser bem maiores que o investimento que você está propondo.

PLANEJAMENTO DE SEGURANÇA: Aqui você apresentará as soluções possíveis para os problemas diagnosticados e quanto irá custar para colocar todo o plano de ação em prática.

SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS: Apresente quais as soluções inovadoras você recomenda que passem a ser utilizadas pela empresa. Deixe sempre muito claro o porquê de o investimento naquela solução valer a pena: pode ser a melhoria em assertividade, redução de custos, redução do tempo de resposta da equipe, etc.

REAPROVEITAMENTO DE EQUIPAMENTOS: Além dos benefícios da tecnologia, ressalte de será possível o reaproveitamento dos equipamentos que a empresa já possui. Isso demonstrará como você já se preocupou em otimizar os custos da sua proposta e acredita que ela realmente é necessária.

Defendendo seu orçamento através deste passo a passo, fica fácil para diretores e outros tomadores de decisão entenderem de forma clara e concisa a sua proposta, aumentando suas chances de conseguir um bom orçamento para a área de segurança. De forma simples, você vai explicar:

1. Qual o problema
2. Qual a solução
3. Qual tecnologia tornará a solução mais eficiente e/ou barata
4. Como adquirir a tecnologia com custos otimizados

Sabemos da grande importância da segurança para uma organização, porém, infelizmente, ela pode ser subestimada. São muitos os incidentes e prejuízos que poderiam ter sido evitados mas não foram por negligência e falta de investimento em problemas sérios.

A boa notícia é que esse cenário pode ser revertido se a mensagem certa, baseada em análises confiáveis e dados, for entregue aos tomadores de decisão. Espero que este artigo te ajude a conquistar um segurança patrimonial ainda melhor e boa sorte!

Fonte: SVA Tech

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