Maior projeto de segurança eletrônica de 2021

Companhia Hidrelétrica do São Francisco está investindo na implantação dos novos sistemas de CFTV e radares para monitorar suas subestações que abrangem oito estados no Nordeste

A Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) está investindo na implantação de solução de videomonitoramento e radares para monitorar suas subestações no Nordeste. A Teltex iniciou em junho as obras do projeto que é pioneiro no Brasil, sendo responsável por 74 subestações.

Uma das maiores concessionárias de serviços do Brasil, a Chesf faz parte do Grupo Eletrobrás, com um parque de geração de 10.457,43 MW de potência instalada, sendo composto por 12 usinas hidrelétricas e 14 usinas eólicas. Além desse sistema de geração, composto por 26 usinas e subestações elevadoras, a Chesf possui um sistema de transmissão com abrangência em oito estados do Nordeste.

A busca pela maior observabilidade, controlabilidade e segurança de suas subestações e do seu sistema de transmissão fez da Chesf o maior cliente de segurança eletrônica de 2021, com a instalação de novos sistemas de CFTV IP e detecção de intrusão por radares em suas subestações.

Vencedora de parte do certame, a Teltex Tecnologia iniciou em junho as obras de instalação do sistema de videomonitoramento, com a finalidade de dar suporte à operação das subestações da empresa, além de segurança física e patrimonial. A Teltex irá implantar um dos Centros de Supervisão de Imagens e Eventos – CSIE, focados na segurança física e patrimonial, localizado na sede da companhia, no Recife (PE). Além disso, o projeto prevê o envio de imagens para os Centros de Operação da Chesf.

Para a Chesf, o projeto traz maior eficiência operacional, economicidade e automatização de processos. Com um sistema integrado e funções de análises inteligentes de imagens, a companhia pode não só atender a operação do sistema elétrico em tempo real, como incrementar a segurança das subestações com menores custos operacionais, controlar a entrada de pessoas autorizadas nesses locais e fiscalizar o uso correto de EPIs pela equipe.

Os novos sistemas a serem instalados contam com câmeras internas e externas de última geração, incluindo modelos Speed Dome para monitoramento do perímetro, integradas com radares capazes de detectar a aproximação de pessoas, veículos e drones. Alto falantes para alarmes e transmissão de mensagens dos CISE também compõem o sistema. Cada subestação irá contar ainda com sistema de armazenamento local das gravações e uma estação de monitoramento própria.

Os radares de detecção de intrusão das subestações têm capacidade de detecção de até 1.000 metros, dependendo da localidade. O sistema que trata e monitora os alertas dos radares direciona, automaticamente, as câmeras PTZ do perímetro para o local de detecção, acionando alertas no CISE e para as equipes de segurança.

As imagens e eventos são transmitidos para os CISE de Pernambuco e Paulo Afonso, por uma rede privada de comunicação da Chesf, e monitoradas através dos novos videowalls que também fazem parte do projeto. O sistema que fará o controle de todas os dispositivos será o Digifort, que já é o VMS em uso pela Chesf em suas outras aplicações de videomonitoramento.

O projeto representa um desafio grandioso para a Teltex, com a montagem de dez equipes compostas por técnicos, coordenadores e almoxarifes, além da ampliação das equipes de back office, representando a abertura de 200 novos postos de trabalho. Além da contratação desses profissionais, a preparação das equipes foi outro grande desafio.

Como os serviços são prestados em um ambiente de altíssima periculosidade e sem o desligamento de qualquer sistema de alta tensão, as equipes participaram de treinamentos intensivos de segurança por três semanas, antes de iniciarem os trabalhos de campo. As equipes foram certificadas nas NRs 10, 12, 33 e 35, que incluem trabalho em altura, em eletricidade, espaço confinado e em máquinas e equipamentos. Também receberam um intenso treinamento de primeiros socorros para casos de queda, eletrocussão e até ataques de animais peçonhentos.

Com toda a preparação realizada, as equipes da Teltex já estão em campo, dando o start nas obras que deverão se estender por 60 meses, entre implantação, suporte técnico e operação do monitoramento.

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