Em Foco Segware: Novo CEO, expansão internacional e investimento em integração

Segware inicia plano de crescimento da marca nos Estados Unidos com novo CEO e novos lançamentos para o mercado de segurança eletrônica

Por Fernanda Ferreira

Há dois anos a Segware iniciou o processo de expansão da sua marca nos Estados Unidos, com a aquisição de 49% da empresa por Daniel Neeleman. Agora a Segware entra em um momento de crescimento em território norte-americano, com aumento dessa participação para 85% do negócio. Além disso, a companhia acaba de nomear um novo CEO e anunciar lançamentos com foco na integração de soluções. Para falarmos sobre esses e outros assuntos, conversamos com Luciano Moraes, o novo CEO da Segware.

Revista Segurança Eletrônica: O que aconteceu na Segware nesse último ano?
Luciano Moraes: Nos últimos dois anos nós organizamos a nossa casa, melhoramos alguns aspectos que precisavam ser aperfeiçoamos e começamos a nossa expansão internacional nos Estados Unidos. Ao nosso lado tivemos David e Daniel Neeleman, que nos ajudaram bastante nos dando acesso a distribuidores mundiais, além de conhecimentos valiosos sobre o mercado americano. Eu fiquei por oito meses nos Estados Unidos estudando o setor, visitando empresas de pequeno a grande porte e conhecendo empresas de tecnologia que aplicam para o segmento de segurança eletrônica, resumindo, foi um ano de muito preparo intelectual. Agora é um momento de crescimento, nós já temos boas tratativas com empresas americanas para utilizar a nossa plataforma e acredito que nos próximos dois anos teremos muito sucesso no mercado americano também.

Revista Segurança Eletrônica: Recentemente você passou de CFO para CEO da Segware. Como foi essa mudança?
Luciano Moraes: Eu atuo no mercado de segurança desde 2002 e conheço o segmento muito bem. Os últimos dois anos foram para o meu preparo pessoal, para entender o mercado de tecnologia aplicado a segurança eletrônica e, quando decidimos realizar essa troca na gestão, acabou sendo algo natural.

Revista Segurança Eletrônica: O que muda nas suas atividades no novo cargo?
Luciano Moraes: Desde quando começamos a sociedade, o Luiz Henrique Bonatti sempre quis deixar o negócio participativo. Em um primeiro momento eu fiquei responsável pelo setor financeiro como CFO, entretanto, ao longo de toda a minha carreira a minha maior habilidade sempre foi a área comercial, por isso eu pedi para participar também desse setor. É obvio que como ele era o CEO nessa ocasião, as decisões finais eram dele, mas em termos de trabalho, nós sempre dividíamos. O que muda agora é que eu passo a assumir a responsabilidade pelo desenvolvimento e, por conta disso, devo entender de assuntos que até então não faziam parte da minha rotina, como programação e tópicos relacionados a tecnologia do dia a dia.

Revista Segurança Eletrônica: E para o mercado, o Luiz continua no conselho?
Luciano Moraes: Tanto para o mercado como para a empresa o Luiz Bonatti continua no conselho. O fator do Luiz estar no conselho é porque ele tem um capital intelectual interessante que a empresa precisa. Tê-lo no conselho não é porque ele também é sócio, mas sim porque é um excelente profissional.

Revista Segurança Eletrônica: O que vem de novidades para o mercado?
Luciano Moraes: O mercado de segurança eletrônica ficou por muito tempo ligado somente a segurança, mas ele passa por um período de mudança muito grande. A evolução internet em qualidade e as empresas de hardware se desenvolvendo com produtos novos e modernos, acabou fazendo com que nós colocássemos o pé na área de automação, não com hardware, mas com uma plataforma de software que nos permite conectar tudo. Nós vamos lançar uma plataforma que fará a integração com outros hardwares de controle de acesso, alarme, automação, fazendo com que a empresa de segurança eletrônica, o nosso cliente, consiga em uma única plataforma gerir todos esses dispositivos. Se eu economizo plataforma e tenho rapidez na prestação de serviço, automaticamente eu permito que meu cliente economize e consiga ganhar mais. Ao oferecer maior integração com outros dispositivos, estamos entrando de fato na era IoT (Internet das Coisas).

Outra grande novidade é que adquirimos duas empresas nos EUA na área de tecnologia, que em breve divulgaremos os nomes. Isso quer dizer que além da Segware, os sócios estão investindo em companhias de tecnologia nos EUA que já possuem maior habilidade na área de automação e gestão de outros dispositivos. A ideia é incorporar as tecnologias dessas empresas americanas na Segware, que funcionará como um grande hub (ponto de conexão), ou seja, soluções que íamos desenvolver daqui dois anos, vamos disponibilizar em três meses. E quem vai ganhar com isso? O mercado e os nossos clientes!

Revista Segurança Eletrônica: Um ponto importante que o mercado valoriza é o gestor ser acessível e você sempre foi muito aberto para a realização de parcerias. Isso muda com a sua nova posição na Segware?
Luciano Moraes: Eu tenho esse perfil forte de firmar parcerias, de sentar e discutir, e a ideia é intensificar isso. Se há empresas que são muito boas em hardware, eu vou tentar ter um relacionamento com elas o mais estreito possível, porque isso vai agregar mais valor para ambos os lados. Vamos intensificar a nossa postura de integrar com o mundo. O que estamos fazendo agora é entender o que faz mais sentido em curto, médio e longo prazo. Com certeza teremos um trabalho face to face com o mercado de um modo geral.

Revista Segurança Eletrônica: Teria alguma mensagem que gostaria de deixar para o leitor da revista sobre o crescimento da Segware?
Luciano Moraes: Eu vi de perto o segmento de segurança crescer. Eu costumo brincar que meu perfil no Linkedin (rede social de negócios) é verdadeiro, tudo que está ali eu realmente fiz. Eu vejo o setor crescer e também vejo a luta do empresário que trabalha na área. Quando comecei neste mercado eu vendia um alarme monitorado a 80 reais, que na época, era o valor do salário mínimo no Brasil. Após 15 anos, o salário mínimo passou de 80 para mil reais, mas a mesma mensalidade de alarme não acompanhou esse aumento, e em alguns casos, é possível negociar com grandes redes o mesmo valor de mensalidade que eu praticava há uma década e meia. O que eu quero dizer com isso? Que o meu serviço ficou estagnado em relação ao salário mínimo do país, entretanto, o custo operacional aumentou e as empresas precisam ter uma operação inteligente para que possam suportar esses novos custos em detrimento de não ter o mesmo aumento nos seus serviços.

A mensagem que eu deixo para o mercado é a seguinte: inove, trabalhe com bons parceiros, procure criar uma operação que seja tecnologicamente inteligente, não por si só, mas para que essa inteligência reflita em uma operação boa e econômica para que consiga ter margem suficiente para reinvestir no negócio e perpetuar por muito tempo. E é isso que queremos levar para o mercado, uma plataforma com a qual os profissionais consigam perceber que pulam etapas. A plataforma da Segware tem um valor diferenciado, mas em compensação economiza diversas etapas, automaticamente poupa recursos e dessa forma consegue ter uma operação mais rápida, mais eficiente e com um custo mais baixo.

Até hoje estivemos muito voltados para dentro da empresa, trabalhando somente no nosso quintal e agora gostaríamos de levar para o mercado auxílio, conhecimento, tratativa, cursos, falar de negócios, investimento, etc. Eu sou advogado há mais de seis anos, por isso poderia ajudar os profissionais do mercado explicando mais sobre tributo, por exemplo. Capacitação é algo que o mercado precisa muito e vou me colocar à disposição como empresa e como profissional. Também gostaria de frisar que a Segware não é uma empresa dos sócios. Ela é o que é porque tem pessoas muito competentes que o mercado pouco conhece e, uma das minhas missões, é mostrar para o mercado que nós temos profissionais muito bons, com nome e sobrenome, como por exemplo, o Fabio dos Anjos que conhece a solução da Segware por completo e é um parceiro de longa data, o Fernando Madruga, um dos pilares do desenvolvimento, Renato Martins, que morou oito meses nos Estados Unidos absorvendo conhecimento para trazer para dentro da nossa plataforma, o Maike Cunha, que sem sombra de dúvidas é o profissional mais hábil para controlar uma operação em uma central de monitoramento porque foi responsável por 35 mil unidades monitoradas, enfim, temos pessoas muito boas na empresa que adoram o que fazem e tornam a nossa vida muito mais fácil.

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