Avantia explora mercado do agronegócio e implementa soluções de segurança inteligente no campo

Empresas têm apostado em tecnologias avançadas para reduzir riscos e aumentar a produtividade

Por Fernanda Ferreira

O agronegócio é uma das atividades mais lucrativas do Brasil e tem sido a roda motriz da economia. Somente em 2020, o segmento alcançou participação de 26,6% no PIB brasileiro, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

O isolamento social para conter a Covid-19 despertou no setor a necessidade de adotar tecnologias que reduzam a dependência de mão de obra e que aumentem a produtividade. Dessa forma, a Avantia identificou um aumento de 20% do setor agro na busca por sistemas inteligentes que, entre muitos exemplos, podem evitar falsos alarmes, identificar o uso incorreto de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), detectar invasões e ajudar na gestão visual de processos passíveis de evolução.

Para saber mais sobre o assunto, conversamos com Maurício Ciaccio, Diretor Comercial das regiões Sul e Sudeste da Avantia, que falou sobre a atuação da empresa nesse segmento.

Revista Segurança Eletrônica: Como surgiu a iniciativa de apostar no mercado agro?

Maurício Ciaccio:  Entendemos que o mercado agro é um setor crescente, prova disso são os números. Foi o único segmento que obteve resultados positivos no ano passado. Outro ponto que nos impulsionou a apostar no setor é que as empresas têm buscado tecnologias para aumentar a segurança do trabalho no campo. Como temos a proposta de realizar um monitoramento proativo com soluções tecnológicas avançadas, as companhias começaram a enxergar uma forma de ter um novo modo de fazer segurança em uma região que não estava abastecida com inovação.  

Revista Segurança Eletrônica: Como a Avantia trabalha essa segurança agro?

Maurício Ciaccio: A aplicação da solução é muito direcionada. A grande necessidade que a área tem mostrado é a de monitoramento remoto das suas propriedades, preocupação com perímetro e com áreas sensíveis, por exemplo, viveiros de mudas que podem interromper a criação e roubos de equipamentos, como defensores agrícolas e insumos, são alguns riscos inerentes a operação que causam sérios prejuízos. Com isso, passamos a ofertar uma solução de monitoramento proativo, colocamos inteligência na ponta e trazemos informação rapidamente para a tomada de decisão, não só a implantação de analíticos de vídeo ou de áudio, e até utilização de drones, radares e minas terrestres para monitoramento mais efetivo de uma área. 

Revista Segurança Eletrônica: Recentemente vocês fizeram um projeto de segurança na Coamo, maior cooperativa agroindustrial singular da América Latina. Quais soluções foram implantadas no projeto?

Maurício Ciaccio: Uma das preocupações da Cooperativa Coamo era a prevenção de riscos de acidentes com colaboradores, invasão de perímetro e gestão visual de processos. Áreas que não tinham informação em tempo real do que estava ocorrendo passaram a utilizar um monitoramento proativo. O projeto criará uma base de dados de segurança por meio de câmeras que contam com Inteligência Artificial e técnicas de Machine Learning para prevenção de riscos de acidentes com colaboradores, inclusive controlando o uso correto de EPIs, invasão de perímetro e gestão visual de processos.

Revista Segurança Eletrônica: A Avantia conta com quais parceiros no mercado de segurança para realizar projetos como esse?

Maurício Ciaccio: A Avantia tem 23 anos de atuação. Além de ser uma integradora de soluções, que busca as mais modernas e inovadoras soluções do mercado, nós desenvolvemos as nossas próprias soluções para análise de imagens e vídeo, baseadas em Inteligência Artificial, que podem ser customizadas de acordo com a necessidade de cada cliente. As nossas soluções também podem ser implementadas nos equipamentos existentes, oferecendo uma economia razoável e otimização de recursos.

Revista Segurança Eletrônica: Quais as vantagens para o cliente do mercado agro em aplicar monitoramento proativo?

Maurício Ciaccio: Primeiro é mudar esse pensamento em relação ao monitoramento proativo, esquecendo do modelo antigo. A ideia é colocar inteligência nos equipamentos existentes, aproveitando o legado e buscando efetividade e melhoria de processo, ou seja, quanto mais rápido a empresa tem acesso à informação, mais rápido é possível tratá-la.

Hoje não só tratamos do assunto segurança, mas também de monitorar processo, como checar se as pessoas estão utilizando os EPIs corretamente e até se estão portando máscara.

Revista Segurança Eletrônica: A Avantia tem planos estratégicos para ampliar sua atuação no mercado agro em 2021?

Maurício Ciaccio: A Avantia vem entregando soluções para vários segmentos e vemos muitas possibilidades no agronegócio. O setor do agro precisa de inovação e a segurança eletrônica tem muito a agregar, pois vai além da segurança, atuando efetivamente no resultado do negócio. Temos muitas possibilidades e o nosso objetivo é agregar ao máximo, ampliando a visão do produtor rural para todos os sentidos.

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