Empresa apresenta modelo de negócio que viabiliza financeiramente projetos de segurança em condomínios residenciais e comerciais

Seja para atualizar o parque de câmeras para digitais ou ainda implementar uma portaria remota, qualquer projeto de segurança conta com uma coisa em comum: precisa de verba para se tornar realidade. Pensando nisso, Igor Rascovsky, CEO da CondCred, criou um modelo de negócio que viabiliza a parte financeira de um projeto para condomínios residenciais e comerciais. Na entrevista abaixo, Igor explica como a empresa funciona, quais condomínios são elegíveis, entre outros assuntos.

Por Fernanda Ferreira

Revista Segurança Eletrônica: Poderia explicar como conheceu o mercado de condomínios?
Igor Rascovsky: Eu sempre atuei no mercado financeiro e da área de tecnologia. Fiz ciências da computação na IME-USP, me casei e fui morar em um prédio com 11 unidades, sendo um apartamento por andar; era um edifício antigo, próximo a região da Avenida Paulista, em São Paulo. Como havia poucos moradores, o valor do condomínio era muito caro e isso incomodava todos os condôminos, por isso começaram a surgir ideias do que fazer para reduzir os custos do prédio, e a questão do autoatendimento começou a ser discutida – na época não existia o conceito de portaria remota. Percebemos que esse era o melhor caminho para reduzir as despesas do prédio, ao mesmo tempo que ganharíamos mais segurança, pois teríamos um atendimento realizado por câmeras, biometria e controle de acesso. Entretanto nos deparamos com um grande desafio: o alto custo para rescisão dos funcionários e a compra dos equipamentos de segurança para realizar o projeto. Lembro que não tínhamos dinheiro para fazer esses investimentos, nós tivemos que parcelar todos os valores, aplicar recursos do caixa do condomínio, etc. Após dois meses, o síndico comunicou que estava saindo do prédio e que eu assumiria a sua posição. Isso foi há 8 anos, eu era recém-casado, o mais jovem dos moradores, e nunca poderia imaginar que esse seria o meu ponto de partida para começar a atuar no mercado condominial.

Como eu havia passado por essa experiência, comecei a enxergar os desafios dos complexos residenciais para fazer um projeto, como a necessidade de realizar rateios entre os moradores, ou seja, aumentar o valor do condomínio, o que afeta diretamente o crescimento da inadimplência; a falta de aprovação dos bancos para fornecer um financiamento, entre outros.

Eu segui a vida, mas essas ideias continuaram na minha cabeça, foi quando eu e um colega decidimos há dois anos criarmos a CondCred, uma empresa que financia condomínios que precisam de recursos financeiros para realizarem qualquer tipo de investimento.

Revista Segurança Eletrônica: E como funcionar a CondCred?
Igor Rascovsky: A CondCred ajuda o condomínio a viabilizar a parte financeira do projeto. Nós buscamos ser a solução financeiro do condomínio, para qualquer necessidade. Parcelamos qualquer necessidade, normalmente em até 60 meses, isso direto com o condomínio. O condomínio faz o projeto que ele achar que precisa ou que deve ser feito e nós entramos com os recursos financeiros. Se o condomínio precisa fazer uma reforma na fachada, por exemplo, e a empresa de engenharia não tem o capital de giro para absorver 24, 36 ou 48 meses de parcelamento, nós colocamos os recursos financeiros no caixa do condomínio, e ele pode usar esse crédito até para negociar com a empresa um valor melhor, fazer contratos menores, e conseguir bons descontos. Dessa forma, o integrador pode oferecer uma proposta de portaria remota, por exemplo, e caso o condomínio não tenha o recurso, ele apresenta a CondCred para viabilizar o projeto.

Esse ano me tornei CEO da companhia para expandir o negócio nacionalmente e em outras frentes. Já ajudamos condomínios no Brasil inteiro que precisavam implantar o modelo de portaria remota ou ainda comprar as placas para inserir o sistema de energia solar, mas não tinham o recurso necessário em caixa e então decidiram usar o nosso crédito para tornar o projeto realidade e, com a diminuição das despesas mensais que esses projetos proporcionaram, realizar o pagamento das parcelas para a CondCred.

Revista Segurança Eletrônica: O que um condomínio precisa ter para ser aprovado nesse financiamento?
Igor Rascovsky: Hoje fazemos uma análise de crédito bastante simples e rápida. Normalmente trabalhamos com um prédio que tem pelo menos 12 meses de vida para analisarmos o histórico e do ponto de vista financeiro o condomínio tem que ter a capacidade financeira de honrar as parcelas das quais ele está contratando. Queremos que o condomínio tenha uma vida financeira saudável, que ele faça o que precisa ser feito, mas por outro lado que as parcelas caibam no bolso do prédio.

Revista Segurança Eletrônica: Quem tem interesse em conhecer as condições da CondCred, onde deve buscar mais informações?
Igor Rascovsky: Nós temos o nosso site (www.condcred.com.br), que tem informações sobre a empresa, também estamos em todas as redes sociais e contamos com alguns representantes no Brasil que levam a CondCred para outros estados e cidades.

Revista Segurança Eletrônica: O financiamento pode ser feito em até quantas parcelas?
Igor Rascovsky: Hoje nós trabalhamos em até 60 meses com o pagamento da primeira parcela podendo ser para 90 dias.

Revista Segurança Eletrônica: Como funciona a taxa de juros?
Igor Rascovsky: Trabalhamos com modelo flexível de taxa, depende do perfil do condomínio, do valor que está sendo solicitado, do número de parcelas, etc.

Revista Segurança Eletrônica: Gostaria de acrescentar mais alguma coisa para os nossos leitores?
Igor Rascovsky: É muito importante que os condomínios e os síndicos profissionais coloquem a CondCred como uma opção para a concretização do seu projeto, é uma forma de financiar o que precisa sem fazer o que se fazia há alguns anos, que em qualquer necessidade era necessário fazer um rateio extra, esperar o recebimento desse rateio, para depois viabilizar o projeto. O nosso modelo é: faça agora. Você que está como síndico, como conselheiro, como integrador, dá para fazer agora. Eles precisam saber que existe uma opção.

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