Eventos de grande fluxo exigem atenção redobrada e sistemas integrados de segurança

Por Marco Antônio Barbosa

Todas as atenções do mundo estão voltadas para a Copa, que acontece até o dia 18 de dezembro no Catar, reunindo atletas e torcedores para um mês de muita festa e competição. Apesar de todo esse clima de confraternização, eventos de grande proporção como este precisam de um cuidado maior quando falamos de gestão de acesso e controle de segurança.

O grande número de pessoas reunidas desafia os sistemas e possibilitam buracos no monitoramento que podem se transformar em tragédias. Na última final da Liga dos Campeões da Europa, em maio deste ano, Real Madrid e Liverpool se enfrentaram no Stade de France, em Paris. Antes do jogo, houve uma grande confusão de torcedores que invadiram o estádio. O problema acarretou atrasos, além de muitas pessoas feridas e presas.

O mesmo local foi alvo de três explosões durante a série de atentados que a cidade sofreu em 2015, que culminaram em diversos mortos na casa de shows Bataclan. No campo, jogavam França e Alemanha.

Mas não são só eventos de futebol que são alvos de terrorismo. Em 2013, uma explosão causou a morte de três pessoas e feriu outras 264 durante a Maratona de Boston, nos Estados Unidos, perto da linha de chegada da prova.

A preocupação das autoridades deve ser redobrada, já que é muito fácil se camuflar no meio da multidão, e esses locais precisam contar com sistemas de segurança integrados, que possam mapear todo o perímetro com câmeras, catracas, cancelas, entre outras tecnologias. Outra ferramenta importante nestes eventos são os bollards. Eles podem evitar a circulação de veículos não autorizados em locais públicos, como as Fan Fests (espaços com telões para o público confraternizar e assistir aos jogos).

Atualmente, o avanço das possibilidades tecnológicas, como por exemplo uma internet mais veloz, contribui para que esses sistemas fiquem ainda mais eficientes. Reconhecimento facial em locais de aglomeração ajudam muito a prevenir a ação de pessoas suspeitas.

Entretanto, todos os produtos precisam ser pensados e personalizados. Um setor de inteligência que possa entender os riscos e desenhar um planejamento estratégico de todo o setor de segurança é essencial. Nenhuma máquina pensa sozinha. As pessoas que operam todo o complexo da Copa do Mundo precisam estar preparadas para utilizar todas as possibilidades da melhor forma possível, para evitar perímetros descobertos.

Com tudo isso em mente, o Catar teve anos de preparação para antever e minimizar os riscos. Esperamos que o evento seja um sucesso, com muita segurança para todos e muita alegria dentro de campo. Do apito inicial até o levantar da taça na grande final.

Marco Antônio Barbosa é especialista em segurança e diretor da CAME do Brasil. Possui mestrado em Administração de Empresas, MBA em Finanças e diversas pós-graduações nas áreas de Marketing e Negócios.

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