Entrevista Techboard: Gerenciamento de locais e pessoas em tempo real

Neste momento de pandemia, evitar contatos e aglomerações se tornou uma regra. Por isso, soluções que realizam automação de equipamentos de forma automática e remota, e ferramentas que otimizam processos mostrando apenas eventos críticos, se tornaram recursos importantes para enfrentar esse novo cenário mundial. Para falar sobre esses e outros assuntos, conversamos com José Roberto Dias, Chief Commercial Officer na Techboard Latam.

Revista Segurança Eletrônica: O que vem mudando no mercado de segurança eletrônica e o que as tecnologias atuais podem ajudar na contenção do vírus?

José Roberto Dias: O mercado dinâmico da segurança eletrônica não para de crescer ano a ano e um dos motivos de destaque é o desenvolvimento de novas tecnologias que surgem a cada dia. O reconhecimento da pandemia pela OMS fez as empresas de segurança olharem para seus produtos e soluções e entenderem que estavam prontas, ou quase prontas, para ajudar.

Revista Segurança Eletrônica: Como a Techboard se posicionou mundialmente com a pandemia?

José Roberto Dias: Pelo conhecimento profundo de tecnologia, a Techboard controla totalmente o desenvolvimento de hardware e software das soluções e equipamentos. Neste momento de pandemia que atingiu o mundo, a Techboard foi reconhecida, por um decreto ministerial na Itália, como empresa essencial para as cadeias de fornecimento. Tomou as medidas necessárias para proteção dos funcionários e retomou as atividades, garantindo o atendimento da demanda. O reconhecimento da Techboard mostrou que a tecnologia é o encontro entre ciência e engenharia e que traz benefícios à sociedade em geral quando o gerenciamento de locais e pessoas em tempo real é necessário.

Revista Segurança Eletrônica: Mas, o que tem a ver a segurança eletrônica com a saúde?

José Roberto Dias: Tudo! A supervisão e gerenciamento remoto total, que no passado era considerado um plus, ou até um luxo, hoje é fundamental e o nosso appliance DigiEye (solução para gerenciamento remoto de vídeo, áudio, alarmes e comunicações) está aí para essas aplicações completas. Neste momento da pandemia onde existe a necessidade de menos contato e menos pessoas nas operações, fica mais destacada a capacidade do DigiEye na programação em fases horárias, o nível de automação de equipamentos como portas, iluminação, ar condicionado para cada período determinado. Instituições bancárias no mundo, inclusive no Brasil, usam o sistema DigiEye para garantir a abertura e o fechamento de milhares de postos e agências automática ou remotamente, acionar alarmes ou a saturar o ambiente com fumaça, partindo de uma central de monitoramento.

Revista Segurança Eletrônica: Com a redução de pessoal, como gerenciar as empresas e os negócios que tenham áreas sensíveis, produtivas e linhas de montagens, como indústrias em geral?

José Roberto Dias: Com a tecnologia ProdEye, recém lançada na Itália, é possível a otimização dos processos de produção, tornando a empresa mais eficiente com menos gente nas linhas de produção, apoiando o combate ao vírus. O sistema identifica apenas eventos críticos, informando as causas que determinam a redução da produtividade ou uma diminuição no desempenho de uma linha de produção. As gravações de vídeo são objetivas, práticas, possíveis de repetição, transmissíveis e, portanto, permitem identificar a causa do problema, como se “eu estivesse presente”, embora realmente sem o acompanhamento presencial.

Revista Segurança Eletrônica: Quais são os segmentos beneficiados pelo ProdEye?

José Roberto Dias: Fabricantes de bebidas, alimentos e indústria farmacêutica são algumas das beneficiadas pelo sistema, dentre outras que tenham linhas de montagens.

Revista Segurança Eletrônica: Além do DigiEye e ProdEye, quais as principais aplicações de soluções Techboard que apoiam a contenção do vírus?

José Roberto Dias: Um sistema de reconhecimento facial patenteado e altamente sofisticado, Reco 3.26. Como exemplo de case temos o “Sistema Automático de Reconhecimento de Imagem – SARI” para o Ministério do Interior da Itália e a Polícia Estadual, avaliado como um dos melhores do mundo. As nossas câmeras térmicas, que estão em teste no país, podem ser integradas como alarme no appliance DigiEye ou serem utilizadas stand-alone. Essas são outras soluções importantes que evitam o contato do usuário com equipamentos.

Revista Segurança Eletrônica: A Techboard tem um lançamento mundial, a SANIFOG, fale mais sobre essa solução.

José Roberto Dias: O appliance DigiEye pode acionar a SANIFOG no horário em que o ambiente estiver fechado ao público. A SANIFOG é um gerador de névoa que, além da função tradicional de segurança com a névoa preenchendo o ambiente invadido, tem agora a função sanitizante, precipitando os vírus e bactérias que estão no ar e permitindo a limpeza das superfícies, alia eficiência com economia.

Revista Segurança Eletrônica: E como funciona a solução SANIFOG?

José Roberto Dias: Para a aplicação tradicional de segurança, a SANIFOG atua com alta velocidade e mais densidade da névoa, preenchendo ambientes em 3 ou 5 segundos, impedindo os roubos que, estatisticamente, ocorrem em menos de 3 minutos. Para a aplicação de sanitização, o alto grau de difusão da SANIFOG permite que o fluido pulverizado atinja até as áreas de difícil acesso ou de “sombra” dentro das instalações, tais como: parte traseira dos móveis, interior das prateleiras de livros, embalagens, garrafas e objetos e, em geral, tudo o que está em contato direto com o ar.

Revista Segurança Eletrônica: E quanto à economia, a solução SANIFOG precisa de mão de obra especializada para a operação e substituição de cilindros?

José Roberto Dias: A SANIFOG traz economia, pois não requer a intervenção de um operador especializado, reduz os custos das limpezas em tempos e menos produtos, bastando passar pano com produtos recomendados para desinfecção final. A substituição dos cilindros é simplificada, bastando abrir o compartimento, extraindo o cilindro vazio e trocando-o por um novo, com mais facilidade do que trocar um cartucho de impressora.

Revista Segurança Eletrônica: Quais as vantagens da SANIFOG sobre outras soluções de neblina, fumaça ou névoa?

José Roberto Dias: É a única solução sanitizante que se utiliza de cilindros, que por serem pressurizados, preenchem muito mais rapidamente o ambiente, além de deixar a névoa mais densa e mais duradoura. A névoa não deixa residual, não agride equipamentos eletroeletrônicos e a fórmula não é toxica. Os cilindros são fabricados em alumínio, são invioláveis, tornando o equipamento mais seguro, sem possibilidade de adulteração do conteúdo.

Revista Segurança Eletrônica: E os custos das outras soluções, como perceber que os investimentos trarão resultados no apoio ao combate a pandemia?

José Roberto Dias: A relação custo benefício é garantida! Analisemos: menos pessoal de segurança e menos equipamentos são necessários, o número de intervenções é reduzido e os investimentos iniciais são preservados ao longo do tempo. O appliance DigiEye permite que sistemas de CFTV, analógicos ou digitais, eventualmente já instalados e equipamentos de automação, inclusive hospitalar, sejam aproveitados e gerenciados no mesmo sistema: respeito ao legado! O reconhecimento facial Reco 3.26, além dos valores competitivos, permite que qualquer câmera seja aplicável, não exige a compra de servidor separado, já é integrado no DigiEye, podendo aplicar até duas câmeras no nosso appliance.

Aliás, como a solução de reconhecimento facial é compatível com a GPDR (General Data Protection Regulation – Regulamento Geral de Proteção de Dados), não arquiva a imagem, por meio de um algoritmo transforma em um código encriptado. Assim, a empresa usuária garante a economia em ações e processos na justiça pela utilização indevida de dados.

Revista Segurança Eletrônica: Como a Techboard atua comercialmente?

José Roberto Dias: A política comercial da Techboard é B2B 4.0, onde os contatos e os relacionamentos são recorrentes e mais frequentes com as mesmas empresas e pessoas. Colaboramos com os especificadores e projetistas com o fornecimento de informações precisas de aplicação e arquitetura das soluções e produtos. Também valorizamos a cadeia, treinamos, homologamos, fornecemos total apoio em PoC e analisamos RFP. Os parceiros homologados recebem indicações de clientes finais para o atendimento, além de entendermos as “dores” deles, analisando novas funcionalidades e customizações.

Revista Segurança Eletrônica: E como a Techboard apoia os clientes na hora da compra das soluções?

José Roberto Dias: Um forte destaque para a Techboard é o apoio financeiro aos clientes, com preços de fábrica e locação de todas as soluções e produtos. Se necessário, locamos ou vendemos diretamente ao cliente final, devidamente autorizado pelo integrador, visando evitar a bitributação.

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