Drone: Exército Brasileiro recebe primeiro sistema de aeronaves remotamente pilotadas

Após alguns meses dedicados para testes internos, a Aviação do Exército recebeu o primeiro Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas Categoria 2 (SARP). A solenidade aconteceu no hangar do 2º Batalhão de Aviação do Exército, local no qual três aeronaves foram demonstradas. O evento contou com a visita do General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, Comandante Militar do Sudeste, e do General de Exército Eduardo Antônio Fernandes, Comandante Logístico.

Segundo General Tomás: “Esta tecnologia está colocando o Exército Brasileiro em outro patamar em termos de tecnologia, inteligência e aquisição de alvos. Vai nos ajudar muito nas operações na faixa de fronteira, operações em ambientes urbanos e nas operações convencionais mesmo”.

Drone Nauru 1000C foi produzido pela XMobots, fabricante brasileira

O General de Brigada Anysio Luiz Crespo Alves Negrão, Diretor de Material de Aviação do Exército, explicou: “O processo começou em 2019, um trâmite longo seguindo todo processo de aquisição previsto nas nossas normas. Foram cumpridos todos os requisitos, depois o acompanhamento e, hoje, a gente conclui este processo com o recebimento, que é a última fase da aquisição. A partir de agora, podemos dizer que o SARP 2 é do Exército Brasileiro”.

O dispositivo conta com 8 metros de envergadura, 3 metros de comprimento, com potencial para alcançar velocidade máxima de até 110 km/h. Com relação à autonomia, possui condições para oferecer 10 horas de operações.

A máquina possui oito motores com baterias independentes, e peso máximo de decolagem de 150 kg. Foi produzida pela XMobots, companhia brasileira que realiza monitoramento aéreo, e desenvolve equipamentos para missões que necessitam de operações em cenários variados — inclusive resistindo às condições naturais adversas, como chuva leve e neblina.

“É um impulso de tecnologia que vai nos dar melhor capacidade operacional. Vamos ter condições no futuro de melhorar a parte logística”, disse o General Fernandes.