Coronavírus: como as câmeras térmicas podem auxiliar no combate a disseminação da doença

Por Thiago Henrique dos Santos

A pandemia do coronavírus, que teve início no final do ano passado na China e já se espalhou pelo mundo todo, tem causado inúmeros problemas e desafios. O uso da tecnologia é crucial para auxiliar nas ações e iniciativas contra o avanço da doença, com destaque para as câmeras térmicas que medem a temperatura com precisão, identificando quando uma pessoa está com temperatura acima do normal.

As câmeras térmicas são um tipo de equipamento que permite mostrar imagens feitas a partir da radiação de calor emitida por um corpo. Qualquer corpo que esteja acima do zero absoluto (-273 ºC) emite radiação infravermelha. Quanto mais radiação seja emitida, maior será também a temperatura do corpo. Deve-se considerar que este tipo de radiação não é visível ao olho humano, já que corresponde a um espectro de radiação fora da luz visível. Sendo assim, as câmeras térmicas são um dispositivo que, graças às emissões de raios infravermelhos, forma imagens luminosas que são visíveis pelo olho humano, permitindo assim enxergar radiação de uma pessoa, animal ou objeto que, em condições normais, não conseguiríamos ver.

Os equipamentos podem ajudar a identificar pessoas com os sintomas do COVID-19 como, por exemplo, a febre. Os equipamentos medem a temperatura com precisão para criar alertas quando alguém está com temperatura acima do normal. Isso ajuda a identificar rapidamente possíveis doentes e evitar que eles entrem em locais com grande fluxo de pessoas (fábricas e metrô, por exemplo), protegendo outros indivíduos que estão ali.

Essa tecnologia já está sendo usada no Brasil: dois dos principais espaços de entrada no Distrito Federal estão sendo monitorados com auxílio de medidores de temperatura por infravermelho desde 14 de março. Os três equipamentos estão sendo utilizados para detectar a presença de coronavírus em pessoas que desembarcarem e embarcarem, no Aeroporto Internacional de Brasília e na Rodoviária Interestadual. Os aparelhos são operados pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), por meio do Grupamento de Proteção Ambiental dos Bombeiros. Além de voos domésticos, os bombeiros estão monitorando passageiros de viagens internacionais. Vários outros países já tomaram ações parecidas como, por exemplo, no aeroporto de Belgrado, capital da Sérvia, que implementou desde janeiro o uso de câmeras termais para identificar possíveis pacientes com sintomas da doença. A Turquia também está preparando uma série de ações, como o uso de câmeras térmicas para identificar pessoas com febre em aeroportos.

Além de aeroportos, grandes empresas também estão investindo nessa tecnologia. Podemos citar como exemplo a companhia Vale que informou sobre a instalação de câmeras térmicas nas portarias de suas unidades em cinco Estados (RJ, MG, PA, ES e MA) com o objetivo de identificar pessoas que estejam com alta temperatura corporal.

Equipamentos

Existem vários tipos de modelo disponíveis no mercado, desde os mais simples, indo para os mais sofisticados. Além de fabricantes chineses, existem empresas nacionais desenvolvendo e produzindo essa tecnologia. A catarinense Intelbras é uma delas. A empresa possui equipamentos de alta qualidade, alguns deles embarcados com outras tecnologias que tornam as câmeras ainda mais eficazes.

A câmera térmica híbrida VIP 7401 TH MT é um deles: ela identifica o calor do local, de equipamentos e de pessoas em conjunto com captação de imagens em alta resolução, tonando a vigilância de ambientes mais segura e assertiva. Possui lente dupla – térmica e comum – detectando incêndios e temperatura, o que pode ajudar a detectar pessoas com febre em aeroportos, imigração, locais de grande circulação, como shoppings centers, estações de trem e etc.

Outros produtos podem ser utilizados juntos com as câmeras térmicas, deixando o sistema de detecção de temperaturas ainda mais seguro. Os medidores de temperatura corporal são um bom exemplo: sua avançada tecnologia permite controlar a temperatura de uma superfície alvo, criando um referencial importante para a câmera térmica. Esse equipamento auxilia a câmera a tornar a medição ainda mais precisa (±0,3°C), identificando mínimas variações de temperatura de pessoas, determinando assim alguém febril e, consequentemente, suspeito de estar doente.

Gravadores IP com inteligência artificial também podem ser um bom aliado na luta contra o coronavírus. O modelo SVR 7116 IA da Intelbras é um gravador inteligente de alta capacidade com reconhecimento facial embarcado e capacidade de comunicação com câmeras térmicas. Esse equipamento é compatível com as inteligências de vídeo das câmeras LPR, contagem de pessoas, mapa de calor, entre outras, facilitando o monitoramento e entregando informações a mais do ambiente. Além disso, é capaz de realizar reconhecimento facial em até quatro canais utilizando câmeras comuns. O gravador possui também a função de busca forense, que identifica características da pessoa como gênero, idade, expressão facial, tipo e cor de roupa, entre outras. Ele ainda conta com inteligência artificial, que detecta pessoas e veículos que cruzem uma linha.

Para completar, a solução incluí um software de gestão de todo o sistema, o Defense IA. Além de gerenciar toda a solução térmica e de reconhecimento facial, também é um poderoso software de videomonitoramento centralizando todas inteligências e equipamentos de segurança da empresa.

Com a pandemia afetando cada vez mais pessoas ao redor do mundo, todos os recursos devem ser usados para combatê-la. Acredito que se as câmeras térmicas e outras soluções forem usadas com maior frequência, elas se tornarão uma forte aliada no combate contra o coronavírus e outras doenças.

Thiago Henrique Silva dos Santos é Analista de Produtos e Negocios Câmeras IP da Intelbras, empresa brasileira desenvolvedora de tecnologias e líder em Segurança Eletrônica na América Latina.

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