5 soluções de segurança para hospitais para evitar incidentes e crises
Por Paulo Murata, gerente sênior de Segurança Empresarial na ICTS Security
O setor de saúde no Brasil, em especial os hospitais, passou por grandes desafios nos últimos dois anos devido ao combate da pandemia da Covid-19. Um dos aspectos observados durante o período foi a negligência em temas importantes para o correto funcionamento das operações.
De acordo com a Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), dados financeiros de crescimento, retração, margem líquida e outras foram reportadas, porém uma, em especial, chamou a atenção: a despesa total por paciente-dia, que vem aumentando desde 2019, sendo que aproximadamente 50% desse montante vêm dos gastos com mão de obra.
Com a retomada da normalidade nos hospitais, os responsáveis pelas operações de segurança pessoal e patrimonial precisam analisar novamente seus riscos e vulnerabilidades para o entendimento de oportunidades de melhoria e otimizações de despesas. Abaixo estão cinco soluções imprescindíveis para toda unidade hospitalar no quesito segurança patrimonial e pessoal.
1. Políticas, Normas e Procedimentos de Segurança: tais diretrizes precisam estar formalizadas e com conteúdo em perfeita sintonia com a governança do negócio. A padronização de procedimentos e a eficiente comunicação com os colaboradores podem mitigar riscos importantes que comprometem desde a integridade física das pessoas como também a imagem da empresa.
Neste sentido, podemos evidenciar os procedimentos de controle de acesso à unidade e às áreas sensíveis dentro do hospital que, se forem geridos e suportados por tecnologia e profissionais treinados, trarão mais tranquilidade para os clientes, terceiros e colaboradores.
2. Treinamento e capacitação para a equipe de segurança: quando falamos de segurança, as equipes de vigilância, portaria, controladores de acesso e recepção são figuras que atuam na operação do dia a dia e, caso não estejam com o perfil alinhado às melhores práticas, a chance de haver problemas corriqueiros e que podem acarretar crises é grande. Seja um bom dia, um pedido de desculpa, um tratamento mais humanizado, uma resposta mais assertiva em caso de divergências, cada detalhe faz diferença e a busca pela perfeição necessita de esforço, dedicação e principalmente planejamento para que os treinamentos sejam constantes e naturalmente incorporados na operação.
3. Câmeras em pontos sensíveis: toda unidade hospitalar possui áreas sensíveis nas quais o acesso, permanência e circulação são restritos e, ou, os processos e equipamentos que estão alocados dentro deste espaço são confidenciais, valiosos ou simplesmente não podem ser acessados por pessoas despreparadas. As câmeras de monitoramento de ambientes são importantes ferramentas para os gestores de segurança dos hospitais, pois veiculam imagens que podem ser armazenadas e utilizadas em processos internos, entendimento de situações e apurações de incidentes, além de, comprovadamente, atuarem na inibição de atos ilícitos quando devidamente anunciadas.
4. Inteligência com base em analíticos de imagens: atualmente a inteligência é a palavra da vez dentro das áreas de segurança empresarial. É preciso ter em mente que a segurança patrimonial e pessoal precisa pensar de forma preventiva e esgotar suas possibilidades na prevenção e tratamento de incidentes e crises. Para que um gestor de segurança possa empregar esforços e investimentos em prevenção, é necessária uma gama de informações sólidas que possam refletir de forma clara e objetiva o que está acontecendo dentro da unidade e quais são as vulnerabilidades utilizadas num possível incidente.
5. Canal de Incidentes de Segurança (CIS): este canal é uma importantíssima ferramenta de captação, tratamento e geração de indicadores de incidentes de segurança.
É evidente que, além dessas, existem outras opções de soluções. Mas a dica é que os gestores das unidades hospitalares façam uma análise de acordo com cenário atual da segurança e tenham em mente que as soluções devem garantir a previsibilidade e a gestão de crises e de incidentes às instalações.
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