Caro ou Barato? Preço x Valor
Recentemente li um artigo de um respeitado amigo do mercado de segurança que mencionava, após sua visita a ISC West em Las Vegas, que um determinado equipamento ainda era muito caro no Brasil, fazendo-me refletir e escrever este artigo.
Responda-me o amigo leitor: 20 mil dólares por um sensor de perímetros é caro ou barato? E uma câmera de CFTV por R$ 100,00 é cara ou barata? Um alarme de R$ 500,00 é caro ou barato? Uma câmera de CFTV, tipo speed dome, vendida em 1999 por mais de 19 mil dólares é cara ou barata? Não, não responda ainda. Vamos antes nos permitir parar, pensar, abrir nossa mente e refletir juntos sobre o conceito de Preço e Valor e no decorrer do artigo responderemos juntos a essas quatro perguntas iniciais, combinado?
É muito comum associarmos o conceito de caro ou barato ao preço de um produto, e isso é uma grande armadilha, afinal Preço é o que você paga e Valor é o que você leva.
Enquanto o preço representa a quantidade de dinheiro que o cliente irá ou não investir para a aquisição de um produto ou serviço, sendo assim um dado “palpável” e que pode ser quantificado, o valor não é o produto em si, mas algo atribuído ao produto ou serviço em razão das suas expectativas e necessidades.
Assim podemos afirmar que Caras são as coisas pelas quais você pagou mais do que elas valem para você, enquanto que Baratas são as coisas pelas quais você pagou menos do que elas lhe proporcionam em bem-estar, status, conforto, reconhecimento, segurança e tranquilidade; e pasmem, geralmente não é o preço que determina uma decisão de compra, mas seu valor.
Você mesmo, se precisasse presentear uma pessoa amada com um chocolate, compraria 500 gramas de chocolate em barra por R$ 20,00 ou pagaria R$ 50,00 por uma caixa de bombons finos de apenas 100 gramas? A percepção e diferença de preço e valor ficam muito evidentes nas nossas decisões do dia a dia, mas nem sempre paramos para analisá-las e por vezes as esquecemos quando tratamos de assuntos profissionais, tomando decisões equivocadas.
Mas vamos então começar a responder as perguntas do início do artigo.
O ano é 1999 e eu te pergunto: quanto vale cada vitória da Seleção Brasileira de Futebol? A conquista de um campeonato mundial? A alegria de milhões de brasileiros? A visibilidade para cada patrocinador em uma conquista invicta de uma Copa América? A exposição vitoriosa na mídia mundial e a consequente valorização dos passes dos jogadores nos seus respectivos clubes?
Foi respondendo a essas perguntas que o Prof. Vanderlei Luxemburgo, em uma reunião na sede da Confederação Brasileira de Futebol no Rio de Janeiro, adquiriu uma Speed Dome Kalatel em um tripé móvel por US$ 19,000.00, como também criou na CBF, sob minha supervisão, um departamento de análise de imagens geradas, para que se pudesse aplicar correções táticas e técnicas na seleção brasileira de futebol.
Fui então convidado para ministrar o treinamento de manuseio do sistema (que gravava as imagens em fitas VHS com Time Lapse cassete recorder) na Copa América de 1999 no Paraguai, fazendo parte da delegação brasileira e convivendo no dia a dia com os atletas e comissão técnica, todos hospedados em Foz do Iguaçu.
Apenas 19 mil dólares mais todas as minhas despesas pagas, que geraram matérias na imprensa nacional, além do meu contato com atletas como Roberto Carlos, Ronaldo “Fenômeno”, Dida, Vampeta, Cafu, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho, entre outros. Barato demais, não é? Percebam que eu não vendi uma câmera, vendi a possibilidade de correções táticas e técnicas da Seleção Brasileira de Futebol, usando uma câmera speed dome como ferramenta de geração de imagens, já que a visão do técnico fica horizontalizada durante o jogo. Quanto vale isso?
E uma câmera de CFTV de R$ 100,00, é barata ou cara? Depende do propósito para o qual está sendo utilizada. Se for uma câmera que não consiga gravar as imagens da invasão da minha empresa, não me ajude a identificar os suspeitos, nem tenha conseguido persuadir os meliantes a não me assaltar, é cara! Gastei tempo e dinheiro para instalá-la e, na hora que precisei, não funcionou. E mesmo que fosse de graça ainda assim seria cara, pois não me ajudaria em nada! Entretanto, uma mesma câmera de R$ 400,00 é barata para ter a tranquilidade de ver meu filho no berço e conseguir ter instantes de paz e privacidade com minha esposa.
Da mesma forma e, na mesma linha de raciocínio, o alarme “baratinho” de R$ 500,00, se não for capaz de diagnosticar e fazer cessar, ou ainda, dar ciência a uma central de monitoramento externa de que minha casa está sendo invadida, é caro, muito caro. Custou as joias da família, as economias guardadas, o espancamento de um parente, um trauma familiar para o resto da vida. Muito caro, caríssimo! Os R$ 500,00 mais mal investidos da minha vida!
Já um alarme de R$ 6.000,00 que me salvou de um assalto, que está integrado com a automação da minha casa, facilitando o dia a dia da minha família, nos trazendo conforto, comodidade e segurança, é barato e eu o recomendo a todos meus amigos.
Por fim, respondendo ao primeiro item citado: 20 mil dólares por um sensor externo de perímetros, é caro ou barato?
Neste caso estamos nos referindo ao SR500 da Magos, um equipamento com tecnologia militar israelense, de alta confiabilidade, onde um único sensor IP é capaz de dar segurança a uma área de 250 mil metros quadrados, detectando alvos em quaisquer condições climáticas, incluindo situações adversas (à noite com muita chuva, neblina, nevoeiros), já integrado a sistemas de CFTV de mercado. Em um projeto bem dimensionado pode reduzir significativamente o número de postos de segurança, melhorando a eficácia e o resultado final da segurança. Diferentemente de soluções tradicionais, é muito simples de instalar e configurar, necessita de baixíssima infraestrutura e sua manutenção é quase nula. Projetos externos que demorariam meses são entregues em dias.
Agora vamos analisar. Considerando-se o baixíssimo tempo de execução e entrega, os custos que deixaram de ser gastos com mobilização das equipes de instalação durante todo o período, as manutenções periódicas reduzidas, a eventual redução de custos com postos de segurança e a alta satisfação do cliente…faça as contas e me responda: o sensor baseado em tecnologia de radar é caro ou barato?
Kleber Reis é empreendedor, consultor, palestrante, escritor, mergulhador, engenheiro formado pela FEI, especialista em segurança eletrônica com 29 anos de atuação no mercado.
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