UPM aprimora operações de controle de acesso com tecnologia de autenticação móvel
Um dos grandes desafios das fábricas e plantas industriais é encontrar a forma mais rápida e segura de identificar os funcionários que diariamente entram nas suas instalações, especialmente quando se trata de uma empresa com as dimensões da UPM, companhia de origem finlandesa que conta com 54 plantas de produção e mais de 19 mil colaboradores em todo o mundo.
A UPM atua em vários setores: biorrefinaria, energia, papel, madeira, entre outros, focando sempre no meio ambiente e na energia renovável. Na América do Sul, a empresa está presente na Argentina, no Brasil, Chile e Uruguai.
Na cidade de Fray Bentos, Uruguai, a UPM conta com uma fábrica de celulose de primeira linha, que, entre outras coisas, produz 8% de toda a energia do Uruguai. Muitos trabalhadores entram nas instalações dessa fábrica via transporte coletivo (ônibus) contratado pela própria empresa, mas havia uma grande dificuldade no processo de identificação: os funcionários precisavam descer do veículo na portaria, que fica a 1,5 quilômetros dos escritórios, passar pelas catracas um a um, para então subir novamente no ônibus e continuar o trajeto até a planta.
Esse processo implicava vários transtornos. Para começar, não era possível validar a identidade das pessoas de forma correta no momento da entrada. Havia também a questão da comodidade: descer do ônibus, fazer fila para passar por uma catraca e voltar para o veículo é desagradável, especialmente durante o inverno e em época de chuva.
Sendo assim, com o fator tempo, e considerando que cerca de 800 pessoas entram diariamente na fábrica, o local de registro acabava ficando muito congestionado, o que se traduzia em várias horas perdidas para a empresa a cada ano.
“Na tentativa de superar essas dificuldades, a UPM usou placas com baterias que simulavam um leitor de mão, algo rudimentar, que era muito incômodo para os vigias e tinha muitas falhas, um sistema que acabou não dando certo”, explica o engenheiro Michel Grudzien, diretor da Alutel Mobility, empresa desenvolvedora da solução tecnológica e integradora do sistema de controle de acesso adotado na fábrica da UPM em Fray Bentos.
Para acabar com esses inconvenientes, a Alutel Mobility sugeriu a UPM uma solução baseada em leitores de mão combinada com o uso de credenciais Seos® por parte de todos os funcionários da UPM Fray Bentos.
Agora, a integração permite que os vigias subam nos veículos e identifiquem os trabalhadores ali mesmo, validando a identidade das pessoas e as autorizações de entrada.
Essa solução consiste em leitores móveis que podem ser tablets (Android ou iOS) com um leitor de cartões inteligentes HID® OMNIKEY® incorporado, fazendo a leitura das credenciais Seos® da HID Global, físicas ou digitais. Os leitores móveis funcionam com um app chamado Alutel Mobile.
“No caso específico dos cartões de identificação, a UPM definiu seu padrão de segurança e qualidade com a utilização dos cartões Seos® associados ao formato CP1000 iCLASS SE® para, assim, poder ter as funcionalidades de gestão de informação dentro das credenciais da forma mais segura possível”, afirma o engenheiro Michel Grudzien.
Por outro lado, a solução de leitores de mão integra-se com diferentes plataformas de controle de acesso de primeira linha a nível global, como a utilizada pela UPM. O usuário simplesmente passa o cartão de identificação pelo tablet, e o dispositivo reconhece se a pessoa pode entrar ou não, mostrando as cores verde ou vermelha, conforme o caso. O dispositivo também mostra a foto do usuário, para evitar possíveis roubos de identidade, e guarda a posição do GPS.
“O leitor é bastante intuitivo. A tela tem dois botões, um para gerar os eventos de entrada e outro para os de saída. Ao pressionar o botão de entrada, o dispositivo pede que se passe o cartão (verifica se o cartão está registrado no sistema) e apresenta as informações da pessoa. É fácil de usar. Em geral, os clientes aprendem sozinhos a utilizar a solução”, menciona Michel Grudzien.
Os dispositivos móveis podem ser usados em modo desconectado, algo bastante conveniente para realizar o processo de autenticação de forma remota em localizações geográficas onde não há conectividade. “No modo desconectado, os leitores de mão podem registrar e armazenar até 0,5 milhão de eventos de até 100 mil pessoas e validar os dados até que seja conectado novamente ao servidor”, afirma Michel.
Para a Alutel Mobility, a implementação desse tipo de solução é simples. Basta um dispositivo móvel (tablet) para o hardware. A instalação do software não requer estrutura física, uma grande vantagem para uma empresa que precise implementar o controle de acesso em locais abertos ou remotos em pouco tempo. “Quando recebemos a confirmação de um projeto, agendamos a instalação com o cliente, fazemos a conexão remotamente e nos conectamos ao servidor para fazer a configuração e verificar se o sistema funciona da forma correta. Depois, o cliente constitui uma equipe de trabalho para supervisionar e testar o produto”, acrescenta Grudzien.
A Alutel Mobility também oferece um tablet de fabricação própria chamado RAGTAB, que tem um sistema operacional Android e vem com o leitor HID Global integrado.
Além de minimizar o tempo de entrada dos colaboradores, para a UPM, era fundamental contar com um sistema de leitura de identidades que tivesse conectividade permanente e pudesse ser sincronizado em tempo real com sua base de dados. Ou seja, que não houvesse defasagem entre o que o cartão armazena na memória e a sua base central.
“Também é importante que nossos seguranças possam controlar o acesso dessa forma e diminuir a possibilidade de invasões”, afirma Gerardo Galimberti, diretor de segurança da UPM Pulpa.
Por outro lado, o diretor da Alutel Mobility acrescenta que, além do que é utilizado ou não, “o sistema também é uma ferramenta que pode ser usada no caso de evacuações e para dar suporte aos vigias em questões logísticas”.
Para Gerardo Galimberti, inovar e desenvolver soluções sob medida não é algo simples. São projetos que demandam tempo e dedicação. Segundo ele, a chave para materializar esse tipo de ideia é ter bons parceiros.
“O fluxo diário de trabalhadores que entram na fábrica é de 800 pessoas, aproximadamente, número que pode subir para 2 mil, se contarmos as paradas de manutenção. Entretanto, nem todos usam o sistema de autenticação móvel, já que muitos trabalhadores vêm por seus próprios meios. Nesses casos, a verificação é feita com um cartão pessoal Seos® e um leitor convencional instalado nas portarias na altura das janelas dos carros”, acrescenta Gerardo.
Depois da primeira verificação, os funcionários também utilizam o cartão de identificação para entrar nas diferentes áreas da fábrica que contam com controle de acesso, servindo como uma assinatura digital em um sistema de autorizações desenvolvido pela UPM.
Essa solução tem sido usada há mais de um ano. Atualmente, o sistema de leitores de mão registra cerca de 14 mil eventos por mês na fábrica da UPM Fray Bentos.
Notícias Relacionadas
Outsourcing de mobilidade expande no mercado de segurança
Solução conta com aparelhos de fabricação própria e sistema de gestão e controle de smartphones corporativos Por Fernanda Ferreira A…
Clube da Segurança proporciona uma imersão na cultura e experiência da Disney
Evento exclusivo contou com a palestra de um colaborador que atua há 7 anos na área de segurança de um…
Como as fechaduras digitais aumentam a segurança em uma casa inteligente
Por Henrique Braz Rossi À medida que as casas inteligentes se tornam cada vez mais populares no Brasil, as inovações…