Tecnologia pode ajudar a transformar o setor de segurança

A segurança pública – ou a falta dela – é uma das quatro maiores preocupações entre os brasileiros, segundo apontam as últimas pesquisas de Retratos da Sociedade Brasileira, realizadas pelo IBOPE para a Confederação Nacional das Indústrias (CNI, 2018 e 2019). O País é um dos mais violentos do mundo, estando em 124º lugar no ranking de segurança pessoal apurado pelo Índice de Progresso Social (IPS, 2018) da organização norte-americana The Social Progress Imperative, que mede a capacidade dos países em satisfazerem as necessidades sociais e ambientais de seus cidadãos.

Não é, portanto, uma coincidência que o mercado de segurança patrimonial é um dos que mais cresce no Brasil, uma vez que está diretamente relacionado à crise de segurança pública e à descrença da sociedade sobre as políticas de combate ao crime. Desse modo, a tendência é que esse crescimento continue nos próximos anos, impulsionado pela perspectiva de retomada do crescimento econômico do País.

A tecnologia, por sua vez, será a grande aliada do segmento, não apenas em benefício da otimização dos serviços fornecidos pelas empresas de segurança privada, como também na disponibilização das soluções inovadoras ao cidadão comum. Um exemplo disso é o recente transporte de um órgão realizado por um drone em Baltimore, nos EUA, que foi implantado numa paciente com falência renal. Tal tecnologia, antes reservada apenas a entidades governamentais e militares de inteligência, está se popularizando cada vez mais e sendo aplicada em novos setores.

O uso de smartphones e outros dispositivos móveis interconectados, bem como as tecnologias neles embarcadas e em constante evolução, são um componente importante nesta revolução que impactará sobremaneira o setor de segurança, tanto no campo patrimonial e privado, quanto no pessoal. Recursos como inteligência artificial, realidade aumentada, big data, reconhecimento facial e de voz, leitor de códigos de barras e NFC, gravação de vídeos e áudios, entre outros, já fazem parte de algumas soluções de aplicativos para rastreamento e monitoramento de pessoas e bens, com baixo investimento e facilidade de implementação e operação.

A Findrs, por exemplo, é uma startup de São Paulo com foco no desenvolvimento de soluções para esse mercado. Mais do que um aplicativo, lançou uma plataforma robusta que interconecta smartphones e outros dispositivos, a partir de um banco de dados armazenado na nuvem e que gera informações em tempo real de ocorrências e geolocalização, auxiliando as empresas de segurança a monitorarem seu corpo de vigilância e os locais protegidos. Os projetos podem ser estruturados conforme a necessidade de cada cliente ou empreendimento, mapeados para coberturas indoor (via sensor Find) ou outdoor (via GPS), possibilitando a extensão do serviço para o rastreamento de frotas e empresas transportadoras de carga. Além do monitoramento de acessos por cerca virtual e a comunicação intra-rede com disparo de mensagens de áudio, vídeo e botão de pânico.

Considerando que o segmento de sistemas de segurança eletrônica vem crescendo a taxas médias anuais de 11% nos últimos dez anos, as inovações estão só começando. A internet das coisas (do termo em inglês Internet of Things – IoT) já é uma realidade e vem caminhando também para uma integração total dos sistemas de segurança, rumo à formação das cidades inteligentes que, a partir dessa perspectiva, possam trazer consigo uma efetiva abordagem sobre a segurança pública e, consequentemente, a melhoria da qualidade de vida de toda a população.

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