Tecnologia em condomínios garante segurança nas festas de fim de ano
Por Walter Uvo
Quando o fim do ano se aproxima, a movimentação sobre o que fazer nos dias de folga entre o Natal e o Ano Novo é certa. Há famílias que se programam durante meses, optando por visitar os parentes, viajar para longe ou ainda ficar em casa. As crianças e adolescentes entram em período de férias escolares por mais de um mês e não são todos os pais que conseguem a mesma quantidade de dias livres, portanto é um período que mexe com inúmeras famílias.
Nas comemorações de fim de ano, aumenta o fluxo de visitantes nas áreas de uso comum dos condomínios. Por isso, mesmo aquelas famílias que têm a possibilidade de fazer uma viagem se deparam com a questão de deixar o imóvel fechado, o que torna o ambiente propício para os furtos, seja por estar vazio ou pelo condomínio receber um grande número de estranhos.
É evidente a necessidade de cuidado por parte da administração do condomínio, como não liberar a entrada de estranhos sem um cadastro. Essa ação deve, no mínimo, exigir uma documentação prévia dos visitantes. Porém, ainda que haja um pouco mais de cautela, é notável que o que colabora para a eficiência de ações como furtos e arrastões é ter à frente da segurança um ser humano, que fica exposto, com sua vida em risco. É no sentido de elevar a segurança do local que as portarias são o item mais importante para ter um resultado efetivo de controle das situações. Quem possui uma portaria remota no condomínio tem mais tranquilidade no que se refere à entrada de estranhos quando o imóvel fica vazio.
Além do mais, ainda que haja algum problema na ausência dos moradores, com o sistema de integração de imagens salvas na nuvem, todas as ações ficam registradas e não podem ser excluídas. Além desses serviços, que contribuem para preservar a segurança dos moradores, hoje existem até aplicativos que facilitam a rotina do condomínio. Destinado exclusivamente aos moradores, o aplicativo pode ser acessado de qualquer lugar, permitindo incluir solicitações no sistema, ter acesso às câmeras e até fazer cadastro de visitantes.
Se a questão for a entrada de um estranho no condomínio, o morador gera pelo aplicativo um código QR e o envia ao visitante — assim, a entrada fica liberada, o que gera mais confiança de que a pessoa foi realmente autorizada para entrar. Com essa tecnologia, aliada à segurança, sair de casa por uns dias ou ficar longe dos adolescentes no período das férias deixa de ser um grande problema e leva aos moradores mais tranquilidade.
Acompanhando as mudanças da revolução tecnológica, é notável que ter muitas câmeras e listas imensas com nomes cadastrados não são medidas suficientes para promover a segurança se há apenas um porteiro responsável por todas as demandas do condomínio.
Por isso falar em promoção da segurança nos condomínios hoje vai além da central de monitoramento e até de novidades, como aplicativos. Outro serviço que tem se popularizado é a biometria, digital do morador que fica “salva” dentro de um sistema central permitindo o registro dos acessos de qualquer pessoa que tenha entrado ou saído do prédio, inclusive dos horários exatos.
Apenas em São Paulo, estima-se que apenas mil dos 35 mil condomínios existentes, os moradores usam impressão digital, senha ou controles para entrar. O que pode diminuir até em 22 vezes a probabilidade de a portaria ser enganada por alguém mal-intencionado. É exatamente a mesma medida adotada nos bancos para fazer alguma transação, saque ou qualquer outro procedimento.
Importante destacar que a portaria remota (e a biometria) ajuda a reduzir os custos com a segurança, pois o sistema integrado a alarmes, câmeras e outros dispositivos permite que ocorrências de problemas em equipamentos sejam resolvidas de uma forma mais rápida. Primeiro porque a manutenção sai mais em conta por estar dentro de um mesmo plano de contrato, e segundo porque elimina a necessidade de contratar empresas terceirizadas.
Para se ter uma ideia, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE), a portaria remota tem crescido no Brasil cerca de 150% ao ano, fato que contribui para o potencial dessa tecnologia ser cada vez mais utilizada e desenvolvida no país.
Contudo, diante da discussão, é necessário diferenciar para não confundir os serviços: portaria remota é diferente do sistema conhecido como portaria eletrônica ou virtual. Nesta, os acessos ao condomínio são feitos por um interfone externo, com o número do apartamento ou casa que o visitante disca e é autorizado pelo morador a entrar — o que pode fragilizar a segurança, pois o morador não é especializado no serviço e ainda pode correr o risco de uma criança atender e liberar a entrada de estranhos.
Fica cada vez mais claro que o investimento em tecnologia voltada para o segmento de condomínios é capaz de otimizar as funções e atividades do porteiro. Se a questão for o aumento do fluxo de pessoas como acontece em épocas festivas iguais às de fim do ano, trazer visitas, viajar para longe ou deixar alguém nas férias em casa deixa de ser uma grande preocupação — uma vez que o morador consegue acompanhar a rotina do seu condomínio. Os residenciais que apostam na tecnologia como suporte e auxílio nas tarefas diárias do local saem na frente quando o assunto é promover o bem-estar e ter controle sobre a segurança local.
Walter Uvo é especialista em tecnologia de segurança de condomínios da MinhaPortaria.Com
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