Reconhecimento facial não identificou impostores nos aeroportos dos EUA em 2020

São duas conclusões possíveis — ou os sistemas de reconhecimento facial usados pelo governo estadunidense são bem fracos ou a quantidade de imigrantes ilegais que tentam entrar no país com documentos falsos caiu drasticamente. De acordo com o mais recente relatório da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (U.S. Customs and Border Protection ou CBP), o algoritmo não identificou um único impostor em aeroportos em 2020.

Segundo o órgão, por mais que a pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) possa ter reduzido a entrada e saída de pessoas no país, foram analisados nada menos do que 23 milhões de rostos ao longo do ano passado — o que equivale a quatro milhões a mais em comparação com 2019. Só foram detectados impostos em vias terrestres, e, mesmo assim, a contagem total ficou abaixo de 100 pessoas.

Desde que a identificação facial foi implementada nas fronteiras dos EUA, em 2018, a CBP barrou sete impostores tentando entrar no país em vias áreas e 285 em vias terrestres. Embora os algoritmos só tenham entrado em vigor recentemente, a ideia remonta a Lei Patriótica de 2001, que requisitou verificações biométricas (como impressões digitais e análise de íris) para autenticar a identidade de imigrantes.

“A tecnologia de comparação facial biométrica da CBP pode ter um impacto direto e positivo na capacidade da indústria de viagens de retomar as operações após a pandemia, pois um componente chave para a recuperação é restaurar a confiança do consumidor de que viajar é uma prática segura”, garantiu o órgão. A instituição gastou US$ 16,67 bilhões durante seu último ano fiscal, que corresponde de outubro de 2019 a setembro de 2020.

Embora o sistema pareça um tanto eficaz, vale lembrar que ele já recebeu críticas do próprio Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos; em 2018, uma coleção de 184 mil rostos do banco de dados da CBP acabou vazando na web. Na época, os protetores fronteiriços se desculparam afirmando que um fornecedor de tecnologia “desconsiderou os termos de seu contrato e os princípios éticos normais de negócios”.

Fonte: CPBOneZero

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