PMDF vai usar câmeras de monitoramento nos uniformes

Segundo Secretaria de Segurança Pública, equipamento vai gravar som e imagens durante abordagem policial. Uso é baseado nos protocolos da PM de São Paulo

A Polícia Militar do Distrito Federal vai usar câmeras de vídeo acopladas aos uniformes nos mesmos moldes que a PM de São Paulo. A informação foi divulgada pela Secretaria de Segurança Pública do DF.

De acordo com a pasta, o equipamento será acoplado à parte superior da roupa dos militares, e vai gravar imagens e áudio durante as abordagens. Ainda não há data para a medida entrar em prática, mas o processo para a compra das câmeras já foi iniciado.

“A minuta de licitação para escolha da empresa que vai operar o serviço está em análise na Procuradoria-Geral do DF”, diz o GDF.

Em São Paulo, a PM usa câmeras fixadas ao peito do policial. O equipamento grava ininterruptamente o trabalho nas ruas.

Fortalecer laços com a comunidade

Segundo o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, “o equipamento fortalece os laços de confiança com a comunidade”. Já o major Marcos Braga, presidente da comissão responsável pelo estudo para a implementação das câmeras em Brasília, diz que o uso serve também para proteger os policiais.

“Foi observado no mundo inteiro que as câmeras diminuem a resistência das pessoas durante as abordagens policiais; se por um lado o equipamento fiscaliza as ações do agente, por outro, monitora o cidadão também”, diz o major.
Ainda segundo Braga, as ações gravadas também fortalecem a coleta de provas para o Judiciário, além de serem importantes para legitimar as ações da PM.

O contrato

O estudo técnico para a aquisição dos equipamentos pelo governo do Distrito Federal prevê a contratação de uma empresa que fará o gerenciamento de todo o processo. Essa mesma empresa também será responsável pelo monitoramento, transmissão e armazenamento das gravações.

Ela deve fornecer as câmeras, o suporte para acoplar o equipamento na farda, baterias e licença de software. A previsão é que as imagens sejam armazenadas em nuvem.

“Quando termina o serviço, o policial devolve o equipamento e o coloca no suporte para o descarregamento das imagens do dia”, diz o major Marcos Braga. O trabalho deve começar com um projeto-piloto, com cerca de 300 câmeras.

“À medida que for amadurecendo o processo, a expansão será gradativa, até atingir uma quantidade que atenda todo o efetivo policial que está nas ruas”, diz o militar.

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