Os desafios da liderança feminina em setores tradicionalmente masculinos

Em celebração ao Dia Internacional da Mulher, a TecBan, empresa de soluções que integram o físico e o digital, gerando eficiência para o ecossistema financeiro, conversou com dezenas de executivas que ocupam posições de liderança em suas diferentes unidades de negócio. Com isso, a companhia busca inspirar outras mulheres com a história de vida e trajetória profissional dessas líderes.

Uma delas, Aurineide Bessa, hoje é Gerente Regional de Operações na TBForte, empresa de transporte de valores da TecBan, mas enfrentou muitos desafios na construção de sua carreira. “O mercado exige que a mulher se prove diariamente em setores tradicionalmente masculinos, ainda hoje”, apontou a profissional. Atualmente, ela está à frente de um time de mais de 1000 pessoas, sendo grande parte vigilantes homens, e afirma que existe um movimento muito mais leve e consciente, que acolhe melhor a mulher que ocupa uma posição como a sua.

“Dentro de empresas de transporte de valor, geralmente, há mulheres no RH e na tesouraria, mas não na operação.”

Aurineide, que é migrante do Sertão Nordestino, chegou em São Paulo em 1985 e, depois, foi pioneira como mulher em operações de transporte de valores. Com isso, nas empresas por onde passou, enfrentou fortes dúvidas e questionamentos dos colegas em relação à sua capacidade de atender ao que o cargo demandava, sobretudo dos colegas em cargo de liderança e gestão. “Eu era vista antes como mulher para depois ser percebida como profissional”, lembrou.

Ela passou por experiências em que precisou se provar aos líderes e aos subordinados, se impondo e exigindo respeito, o que fez com que muitos a interpretassem como brava, sendo apontada até como ‘pior do que homem’. “Eu pensei em desistir várias vezes, pois é muito difícil precisar se provar todos os dias. Hoje ainda existe isso no mercado, mas há também um movimento muito mais leve e consciente”.

Oportunidade e reconhecimento

Quando assumiu um cargo de gestão pela primeira vez, ela entendeu que estava sendo reconhecida como profissional, o que foi reforçado quando assumiu a gerência na TBForte. Hoje, com a carreira que construiu no setor, Aurineide é reconhecida não só pelos colegas da empresa, mas também pelo mercado de transporte de valores.

Aos 51 anos, Aurineide, que é mãe, é responsável pela estratégia e pela maior operação da TBForte, cuidando de 11 bases operacionais, que incluem o Estado de SP, além do Sul, Norte e Centro-oeste. Ao todo, são cerca de 1200 pessoas sob sua liderança. Sua trajetória e sucesso abrem espaço para que outras mulheres se invistam na construção de carreiras, mesmo em setores predominantemente masculinos, como o de segurança e transporte de valores.

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