O Efeito Borboleta nos Negócios
Por Alexandre Chaves
Recentemente, uma manchete chamou minha atenção: “Por que a empresa dona do Ozempic está no centro de uma transformação global?”. Essa simples pergunta nos leva a refletir sobre a importância de entender como tendências emergentes e mudanças pontuais podem desencadear impactos profundos em diversos setores da economia. Para líderes de qualquer segmento, captar esses sinais é vital.
Para contextualizar, o Ozempic é um medicamento originalmente desenvolvido para o tratamento de diabetes, ajudando a controlar os níveis de açúcar no sangue. No entanto, o que o trouxe ao centro das atenções foi um efeito colateral inesperado: a perda significativa de peso. Hoje, ele se tornou uma febre entre aqueles que buscam emagrecimento rápido, mudando completamente sua posição no mercado. Claro, o uso desse tipo de medicamento exige sempre acompanhamento médico, especialmente devido aos potenciais riscos à saúde.
Vale destacar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em uma década, mais da metade da população global estará acima do peso. Com esse cenário, o surgimento de um medicamento eficaz contra a obesidade faz todo o sentido, não só do ponto de vista da saúde pública, mas também como uma transformação nos negócios.
É aqui que entra o conceito do “efeito borboleta”, uma metáfora poderosa que descreve como uma pequena mudança em um setor pode provocar um impacto global, afetando empresas e cadeias produtivas de maneiras inesperadas. No caso do Ozempic, as consequências vão muito além da indústria farmacêutica. Imagine, por exemplo, companhias aéreas podendo aumentar o número de assentos em suas aeronaves devido à redução no peso médio dos passageiros. Ou ainda, o impacto nas gigantes alimentícias como McDonald’s, Nestlé e BRF, que poderão ver uma queda na demanda por alimentos, afetando, por sua vez, toda a cadeia produtiva, incluindo o setor agrícola.
Essas mudanças podem parecer distantes, mas é fundamental refletir sobre como elas podem impactar o seu mercado. O conceito de “VUCA” (Volatility, Uncertainty, Complexity, Ambiguity) resume bem o mundo em que vivemos. As transformações são constantes, e muitas delas, como a Inteligência Artificial (IA) e o 5G, não estão sob nosso controle. Resta-nos, portanto, aprender a navegar por essas ondas de mudança.
Recentemente, ouvi uma comparação interessante feita por um empresário indiano: a invenção da IA pode ser vista de maneira semelhante à invenção do refrigerador. Quem realmente capitalizou essa inovação foi a Coca-Cola, que entendeu como usá-la a seu favor. E você, o que fará diante das mudanças que estão acontecendo no mundo agora?
Alexandre Chaves
Diretor de Novos Negócios & Estratégias da Avantia – Tecnologia e Segurança.
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