Ingram Micro tem presença estratégica na distribuição de tecnologia no Brasil

Distribuidora amplia sua atuação com soluções de segurança cibernética, nuvem e inteligência artificial, apoiando integradores e revendas na era da transformação digital


A segurança cibernética nunca foi tão crucial para empresas de todos os setores. Com o aumento dos ataques digitais e a rápida evolução tecnológica, organizações precisam não apenas de soluções eficazes, mas também de parceiros estratégicos que as ajudem a enfrentar os desafios de um ambiente digital cada vez mais complexo.

Nesta entrevista com Alexandre Nakano, diretor de Desenvolvimento de Negócios em Cibersegurança e Redes da Ingram Micro, discutimos o atual cenário do mercado brasileiro, os desafios enfrentados pelas empresas e as tendências que moldarão a segurança cibernética nos próximos anos. Ele também detalha como a Ingram Micro, uma distribuidora mundial de tecnologia, tem ampliado seu portfólio e investido em inteligência artificial e automação para fortalecer a proteção digital de seus clientes.


Revista Segurança Eletrônica: Como a Ingram Micro avalia o mercado de distribuição de tecnologia no Brasil atualmente? Quais os principais desafios e oportunidades?

Alexandre Nakano: O mercado de distribuição tem mostrado uma evolução significativa, especialmente com a aceleração da digitalização das empresas em diversas áreas. Vemos um cenário de crescimento contínuo, impulsionado pela demanda por soluções de cloud, segurança cibernética e automação. Contudo, os desafios persistem, como a instabilidade econômica, as flutuações cambiais e a complexidade tributária, que exigem muita adaptação e flexibilidade por parte dos distribuidores. Ao mesmo tempo, há oportunidades notáveis, como a expansão da transformação digital em setores como saúde, educação, e-commerce e finanças. Além disso, a adoção crescente de soluções de inteligência artificial, big data e Internet das Coisas (IoT) representa uma chance de diversificação de portfólio e inovação nos serviços oferecidos aos clientes.

Revista Segurança Eletrônica: Como a segurança cibernética evoluiu dentro do portfólio de vocês nos últimos anos?

Alexandre Nakano: Nos últimos anos, a segurança cibernética se consolidou como um dos pilares do portfólio da Ingram Micro. Com o aumento exponencial de ciberataques e a maior complexidade das ameaças digitais, a empresa tem ampliado sua oferta de soluções de segurança para incluir desde firewalls e antivírus até plataformas avançadas de proteção contra ransomware, proteção de endpoints e segurança de nuvem. Também temos incorporado novas tecnologias, como Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning, para melhorar a detecção e a mitigação de ameaças em tempo real. Além disso, a empresa tem focado em apoiar os parceiros e clientes com programas de treinamento e consultoria para garantir uma implementação eficaz dessas soluções.

Revista Segurança Eletrônica: Como você avalia o mercado de cibersegurança no Brasil? Quais são as principais ameaças que as empresas precisam enfrentar e quais são os setores mais vulneráveis a ataques cibernéticos?

Alexandre Nakano: O mercado de cibersegurança no Brasil está em expansão, mas ainda enfrenta desafios consideráveis – como a falta de conscientização em relação à importância da proteção de dados e a escassez de profissionais qualificados. A avaliação de riscos cibernéticos tem se tornado uma prioridade para muitas empresas, mas a complexidade das ameaças tem aumentado. As principais ameaças incluem ataques de ransomware, phishing e exploração de vulnerabilidades em sistemas desatualizados ou mal configurados. Setores como saúde, governo e educação são particularmente vulneráveis devido à grande quantidade de dados sensíveis que manipulam e, em muitos casos, pela falta de infraestrutura robusta de segurança. O setor financeiro, por sua vez, continua sendo um alvo constante de ataques devido à alta lucratividade das informações que trafegam nesse ecossistema.

Revista Segurança Eletrônica: Como a Ingram Micro tem ajudado seus clientes a se protegerem nesse cenário cada vez mais complexo?

Alexandre Nakano: Temos atuado como um parceiro estratégico na proteção das empresas contra ameaças cibernéticas, oferecendo um portfólio de soluções que abrange desde proteção de endpoints, redes, dados e aplicações, até soluções avançadas de monitoramento e resposta a incidentes. A empresa também tem investido em parcerias com fornecedores líderes do mercado, garantindo que seus clientes tenham acesso às tecnologias mais recentes e eficazes. Além disso, a Ingram disponibiliza serviços de consultoria e treinamento, ajudando as empresas a implementar políticas de segurança cibernética robustas, alinhadas às melhores práticas e exigências regulatórias, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Revista Segurança Eletrônica: Quais as principais tendências em segurança cibernética para 2025 que as empresas brasileiras precisam acompanhar?

Alexandre Nakano: Para 2025, as tendências em segurança cibernética estarão fortemente ligadas à evolução das ameaças digitais e ao desenvolvimento de novas tecnologias. Entre as principais tendências estão:

• Segurança baseada em Inteligência Artificial e Machine Learning: essas tecnologias permitirão a detecção e a resposta automatizada a ameaças em tempo real.

• Proteção de dados em ambientes híbridos e multinuvem: à medida que as empresas adotam soluções de nuvem híbrida, será fundamental garantir a proteção de dados em ambientes mais dispersos e complexos.

• Zero Trust Architecture: o modelo de “Confiança Zero”, que exige autenticação e autorização constantes, será cada vez mais adotado para proteger redes corporativas.

• Ameaças em dispositivos IoT: com o aumento de dispositivos conectados, novas vulnerabilidades precisam ser mapeadas e mitigadas.

Empresas brasileiras precisam estar atentas à evolução desses tópicos para se protegerem de forma eficaz.

Revista Segurança Eletrônica: Como a Ingram Micro está se preparando para atender às novas demandas trazidas pela Inteligência Artificial e pela automação no mercado de segurança?

Alexandre Nakano: Estamos nos preparando para essas novas demandas ao incorporar soluções de inteligência artificial e automação em nosso portfólio de segurança. Temos investido em ferramentas que utilizam IA para prever e detectar ameaças antes que elas causem danos significativos. Além disso, estamos ampliando a oferta de soluções que permitem a automação de processos de segurança, como respostas a incidentes e análise de vulnerabilidades, o que não só melhora a eficiência, mas também reduz os custos operacionais das empresas. Também estamos oferecendo suporte para ajudar nossos clientes a integrar essas tecnologias de forma adequada e eficaz em suas infraestruturas de segurança.

Revista Segurança Eletrônica: Como vocês ajudam revendas e integradores a se manterem atualizados frente à rápida evolução tecnológica?

Alexandre Nakano: Possuímos programas de capacitação contínuos para revendas e integradores, oferecendo acesso a treinamentos, webinars e workshops sobre as últimas inovações tecnológicas. Além disso, fornecemos materiais de apoio, como whitepapers e estudos de caso, para que nossos parceiros possam entender melhor como implementar as soluções mais recentes. Também promovemos uma forte colaboração com nossos parceiros, oferecendo suporte técnico e estratégico para que eles possam adaptar suas ofertas às necessidades dos clientes, mantendo-se competitivos em um mercado que evolui rapidamente.

Revista Segurança Eletrônica: Como a Ingram Micro enxerga o futuro da distribuição de tecnologia no Brasil?

Alexandre Nakano: O futuro será marcado por uma demanda crescente por soluções integradas e baseadas em nuvem, além de um foco maior em automação e inteligência artificial. Acredita que a transformação digital das empresas brasileiras continuará a impulsionar o mercado de tecnologia e que as distribuidoras terão um papel cada vez mais estratégico, oferecendo não apenas produtos, mas também serviços de valor agregado, como suporte técnico, consultoria e soluções personalizadas. A evolução da segurança cibernética também será um fator determinante, com as empresas buscando parceiros que possam garantir a proteção de seus dados e operações de maneira eficaz.

Revista Segurança Eletrônica: Gostaria de deixar um recado final aos nossos leitores?

Alexandre Nakano: A transformação digital é uma realidade. Em um cenário de crescente complexidade cibernética, a segurança nunca foi tão importante. A Ingram Micro está comprometida em fornecer as soluções mais inovadoras e seguras para apoiar as empresas brasileiras na jornada de adaptação a esse novo ambiente. Ao escolher seus parceiros estratégicos, é crucial considerar a expertise e a capacidade de inovação que eles podem oferecer. Prepare-se para o futuro, proteja seus dados e, juntos, vamos construir um ambiente digital mais seguro e eficiente para todos.

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