Fundador da SenseTime quer tornar “inteligente” toda câmera de segurança no mundo

Centenas de horas de trabalho humano, revisando vídeos captados por câmeras de segurança, procurando por uma pessoa desaparecida ou um suspeito de um crime. Segundo Bing Xu, co-fundador da SenseTime, a aplicação de inteligência artificial em conjunto com tecnologia avançada de reconhecimento facial pode encerrar esse árduo processo e facilitar o trabalho policial no mundo todo.

“Humanos podem usar essas ferramentas para procurar apenas certas coisas ou objetos ou pessoas, e então só ter de assistir essas partes do vídeo,” disse Bing, em evento da Founders Forum, uma rede privada que reúne os principais empreendedores, CEOs e líderes do mundo digital, fundada por Brent Hoberman, em Nova York. “Estamos falando de acabar com milhares de horas de trabalho humano para resolver casos policiais.”

“Hoje, todas as câmeras são dummies. Precisamos transformá-las em inteligentes,” completou.

A SenseTime é uma empresa de Hong Kong, fundada em 2014, que trabalha com inteligência artificial, em especial no setor de segurança. Rapidamente, transformou-se na startup de IA mais valiosa do mercado, avaliada em US$ 7,5 bilhões.

A tecnologia tem consequências sociais profundas. Afinal, pode ser usada também por governos autoritários empenhados não em aumentar a segurança, e sim em exercer maior controle sobre a vida dos cidadãos.

Segundo Xu, existem mais de 250 milhões de câmeras de segurança instaladas pelo mundo. Na China, 30 milhões dela são apenas para vigilância policial.

“A ideia é expandir nos Estados Unidos e Europa, e resolver desafios relacionados à performance e precisão,” disse.

Câmeras de segurança, como conta Xu, não são apenas para uso policial. Setores variados podem aplicar a tecnologia. Uma loja pode usar reconhecimento facial para entender melhor o perfil de sua clientela. “Imagine identificar a quantidade de clientes mulheres, homens, e entender o que aquela loja tem de vender mais em uma certa região,” disse Xu.

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