Especialista em videomonitoramento inteligente aponta tendências em inteligência artificial, reconhecimento facial e adoção de VSaaS em nuvem
Os investimentos anuais em TIC (tecnologias da informação e comunicação) ultrapassarão os US$ 4 trilhões em todo o planeta, segundo o Gartner, mantendo uma média de crescimento de 3,5% nos últimos anos. Somente em inteligência artificial, a China e os Estados Unidos juntos investiram mais de 10 bilhões de dólares no ano passado e continuarão assim por mais dez anos pelo menos, segundo fontes oficiais.
Um dos grandes desafios das empresas a partir de 2020 será como utilizar toda estas ferramentas de inteligência artificial aliadas a TIC para melhorar a agilidade corporativa e acelerar a competitividade empresarial bem antes dos concorrentes implantarem estas soluções. As plataformas deverão atingir uma alta maturidade em ambientes empresariais até 2025.
Segundo o diretor e fundador da Avantia, engenheiro especialista em tecnologia da informação, Sílvio Aragão, a tendência é que o mundo corporativo recorrerá agressivamente às ferramentas de Inteligência Artificial (IA) às suas operações e processos, tornando a vida dos clientes e dos seus profissionais mais simples e segura.
Com a entrada da conectividade da rede móvel 5G, e a queda do custo em escala internacional dos dispositivos munidos de tecnologia IoT, além da melhora constante da capacidade de memória e de processamento, bilhões de aparelhos serão capazes de transmitir vídeos, além de dados, oferecendo aos executivos e suas operações a oportunidade de transformar diversas linhas operacionais muito rapidamente. No âmbito público, além de potencializar e qualificar seus serviços governamentais, a inteligência artificial e suas aplicações têm o maior potencial de tornar ambientes urbanos muito mais seguros.
Reconhecimento facial para encontrar desaparecidos
Segundo o Gartner, nos próximos anos haverá uma redução de 80% de pessoas desaparecidas em mercados maduros em comparação com 2018, devido ao reconhecimento facial disponibilizado por soluções baseadas em IA e câmeras inteligentes. Estes equipamentos são conectados a redes de centrais de monitoramento mistas e semiautomáticas (inteligência digital com classificação e adição de supervisão humana) para execução da pronta-resposta baseados em protocolos operacionais variados.
“Os avanços da tecnologia permitirão às autoridades a identificação, principalmente, de crianças perdidas e idosos, e indivíduos perigosos à solta mesmo em grandes conjuntos de população com superaglomerações em eventos públicos ou de pequenos fluxos privados, como prédios empresariais ou áreas urbanas de maior incidência de casos como parques, praças e terminais de ônibus por exemplo”, avalia Aragão.
Video Surveillance como Serviço nas plataformas de nuvem
Ainda que a solução esteja cada vez mais próxima da maturidade tecnológica, os principais players do mercado permanecem investindo alto para conquistar rapidamente uma curva mais rápida de adoção e serem os primeiros a acelerar a escala internacional.
Os principais players globais como Amazon, Microsoft, AliBaba, Tencent, Baidu, Google, Hikvision, Dahua, acreditam que o carro-chefe a partir de 2020 será a utilização de videomonitoramento para otimização de processos e aumento de eficiência em operações de segurança aliados a plataformas de cloud computing de alta disponibilidade. Isto permitirá dispositivos conectados a 5G ou dispositivos inteligentes em rede com inteligência embarcada em hardware mais baratos e para usos mais comuns, à medida que cloud computing vem se tornando uma plataforma de computação cada vez mais convencional também para vídeos.
“As organizações implementam rotineiramente plataformas baseadas em nuvem. Com a simplicidade da utilização que as soluções atualmente já possuem e vem alcançando, as empresas estão criando centros de excelência em cloud e identificando com mais rigidez as ofertas de seus potenciais parceiros-fornecedores”, salienta Aragão.
Inteligência Artificial para aumentar produtividade
As melhores soluções estão aderindo ao reconhecimento inteligente de áudio contextual (gritos, tiros, arrombamentos ou quedas), detecção/classificação de pessoas e objetos em vídeos em tempo real e atendimento ao consumidor com a abordagem de IA.
Indo desde a autonomia de decisão para alertas digitais em substituição a alarmes monitorados não inteligentes (que geram muitos erros falsos-positivos) utilizando grandes volumes de dados e vídeos – até a identificação e classificação de não-conformidades em operações de uso de EPI (equipamentos de proteção individual) ou erros de procedimentos em áreas de carga/descarga de mercadorias até a entrada automática de veículos autorizados e a identificação dos profissionais internos aos veículos.
A IDC estima que a América Latina apresentará taxas de crescimento acima de 45% nos próximos dois anos no uso da inteligência artificial destacando investimentos das empresas dos segmentos de finanças, saúde e instituições de segurança públicas, principalmente.
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