Copacabana e Maracanã ganham sistema de câmeras de reconhecimento facial
Agora é para valer: Copacabana , na Zona Sul, recebeu neste domingo uma expansão do sistema de câmeras de reconhecimento facial . O Big Brother da Polícia Militar já havia sido implementado durante o carnaval, com o uso de nove câmeras por apenas dez dias. Agora, o número de equipamentos quase triplicou: são 25.
O monitoramento já está sendo feito 24 horas por dia e continuará pelos próximos quatro meses. A operação também foi implementada de forma inédita no entorno de estádios de futebol do estado durante a final da Copa América , entre Brasil e Peru, no Maracanã , como antecipou o colunista Ancelmo Gois .
A expectativa para a vigilância no Maracanã, feita por 12 câmeras, vai além da procura por foragidos da Justiça . A iniciativa visa impedir a entrada de torcedores que estão proibidos de frequentar o estádio. Caso a pessoa esteja no entorno, a Polícia Militar será acionada. A fiscalização valerá para todos os jogos e, até mesmo, para os dias sem eventos esportivos.
Através de um sistema integrado ao banco de dados da Polícia Civil, em questão de segundos as câmeras escaneiam os rostos de transeuntes e os comparam com os de procurados pela Justiça. Quando o software, disponibilizado em convênio estabelecido com a empresa de telefonia Oi, considera as imagens semelhantes, emite um alerta e informa o grau de confiabilidade.
“Aparecendo na tela o aviso, os policiais que estão dentro do centro de comando acionam um efetivo nas ruas para realizar a abordagem técnica e segura. O suspeito pode ser de alta periculosidade, precisando de cuidados especiais por parte dos agentes para garantir a segurança de todos e até deles mesmos. Temos sempre de agir com cautela”, afirma o porta-voz da Polícia Militar, coronel Mauro Fliess.
As câmeras fazem a análise de traços do rosto das pessoas como, por exemplo, a distância entre os olhos, o tamanho do crânio e outras características. Esse é o princípio dos sistemas de identificação facial. O uso de bonés e óculos escuros não impede o flagrante do equipamento tecnológico.
Com base instalada no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), 12 agentes por turno têm a missão de acompanhar as imagens. A corporação realizou treinamentos de capacitação nos últimos meses e tem 100 agentes para o trabalho.
Aeroporto é o próximo
O próximo local a receber o programa de reconhecimento facial será o Aeroporto Santos Dumont. Por enquanto, a PM ainda avalia os melhores pontos, mantidos em sigilo, para instalar as câmeras. Ao longo dos quatro meses de experimento, o programa atingirá capacidade máxima, com cerca de 140 equipamentos.
“Não queremos pessoas que estejam devendo à Justiça andando livremente por aí. Pode ser que um envolvido na Lava-Jato seja identificado por estar fugindo. A câmera vai se deparar com foragidos de todos os tipos. O objetivo é reduzir os índices de criminalidade”, comenta Fliess.
Apesar do monitoramento constante, o cidadão que não tem qualquer pendência na Justiça não terá o registro de passagem pelos locais. O equipamento, quando não encontra uma combinação do rosto com o banco de dados da Polícia Civil, descarta a informação. Dessa forma, evita-se que haja invasão de privacidade. A escolha dos locais não foi por acaso. O início, ainda no Carnaval, em Copacabana, deu-se por questões estratégicas, como a fluidez das vias de entrada e saída do bairro.
Copacabana também está no topo dos roubos a pedestres na Zona Sul, que subiram nos primeiros quatro meses deste ano, e é a campeã em assaltos a transeuntes no estado. Números do Instituto de Segurança Pública (ISP) revelaram que o total desse tipo de crime no bairro cresceu 95,5% no quadrimestre em relação ao mesmo período do ano passado.
Fonte: O Globo
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