Conselho Nacional de Justiça muda sistema de segurança depois da invasão de ciberterroristas
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anunciou a mudança de seu sistema de segurança, além de acessos e senhas, depois da invasão de ciberterroristas, sofrido no dia 04 de janeiro, quando a credencial de um funcionário foi utilizada para publicar um mandado de prisão falso, contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ataque foi descoberto porque o mandado de prisão era assinado pelo próprio ministro, como se ele tivesse mandado se prender.
Em nota, publicada em seu site, o CNJ informa aos usuários de seus sistemas que, “em razão da necessidade de atualização da política de segurança da informação, associada à gestão da identidade e controle de acesso ao Sistema de Controle de Acesso – CNJ Corporativo, base de credenciais aos demais sistemas depositados na Plataforma Digital do Poder Judiciário Brasileiro (PDPJ-Br), foi implementada a revogação das senhas de acesso a todos os sistemas”.
Todas as senhas usadas no CNJ passaram a adotar um novo padrão de complexidade. Essa mudança, segundo informa o Conselho, irá exigir “renovação periódica, com a exigência, nos próximos dias, do segundo fator de autenticação (MFA). Para restabelecer o acesso aos sistemas do CNJ, os usuários deverão utilizar a funcionalidade “recuperação de senha”.
A invasão foi considerada grave porque o CNJ é um órgão de apoio à Justiça e a invasão a seu sistema permitiria acesso a todos os processos, decisões e ações da Justiça, em todos os níveis, por exemplo, cancelando condenações e ações, ou, como foi o caso, criando condenações, mandados de prisões e ações falsas contra qualquer pessoa.
A princípio, ao que parece, a ação se limitou a “fazer uma brincadeira” com Alexandre de Moraes, mas não está descartada a hipótese de que a ação tenha sido feita no sentido de ocultar outras invasões, alterando decisões e ações judiciais já que 97, 2% das ações judiciais do país atualmente são feitas eletronicamente e estão dentro do sistema do CNJ.
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