Como deixar pequenos prédios e condomínios mais seguros contra incêndios utilizando produtos e soluções de qualidade e baixo custo

Por Bruno Machado Teixeira

Nos últimos meses, incêndios em residências, prédios e empresas têm sido frequentes: a destruição de um apartamento da rua Haddock Lobo (SP), o desabamento de um prédio de 24 andares na região do Largo do Paissandu, no Centro de São Paulo (SP) e o incêndio de um galpão de uma rede farmacêutica no Rio de Janeiro são apenas alguns exemplos de incidentes que ocorreram em maio deste ano.

Diante destas ocorrências, muitas pessoas chegam a pensar que incêndios em imóveis são inevitáveis. A realidade é totalmente diferente: o fogo, tanto em ambientes residenciais, como em condominiais ou empresariais pode e deve ser evitado por meio de produtos e soluções de alta qualidade e baixo custo.

Sistemas de prevenção de incêndio, que incluem rotas de fuga, iluminação, extintores e hidrantes, portas antifogo, são quesitos legais que devem ser cumpridos. Porém, trabalhar na prevenção, segurança dos ocupantes de imóveis, clientes, moradores, mesmo em áreas ou em imóveis que não sejam obrigatórios, trarão inúmeros benefícios. Atuar preventivamente não custa tão caro, e pode ser um processo simples: assim como nos prevenimos em questão de segurança, podemos tornar ambientes mais protegidos com um sistema preventivo de incêndios que deve ser encarado como um benefício e não como um gasto desnecessário.

Prédios de até quatro andares, tanto residenciais quanto empresarias, podem se tornar mais seguros na prevenção de incêndios com um sistema de alarme e de detecção da fumaça. Mesmo que o detector não seja obrigatório nos halls internos dos andares em alguns tipos de edifícios, sua presença indicará com rapidez a existência de um problema e diminuirá muito seus efeitos. Prédios mais novos já trazem esses dispositivos, porém eles podem ser instalados em imóveis mais antigos de forma prática, rápida e com baixo custo. Detectores de fumaça endereçáveis produzidos com base nas normas vigentes da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) são financeiramente acessíveis.

Em países como Austrália e Estados Unidos, detectores de fumaça são obrigatórios em casas e apartamentos, independentemente do tamanho do imóvel. No Brasil, não existe regulamentação sobre o assunto. Já que os detectores de fumaça servem para alertar o início de um possível incêndio, dando mais tempo para as pessoas combaterem o fogo ou então buscarem um local seguro para abrigar-se, eles também são ideais para uso em imóveis residenciais. Detectores de fumaça para uso residencial são baratos e de fácil instalação.

Outra forma de aumentar a segurança dos ocupantes de imóveis, clientes, funcionários, é manter o ambiente com iluminação de emergência adequado, o que inclui rotas de fuga bem sinalizadas. Atualmente, existem vários produtos disponíveis, de alta qualidade e de fácil instalação – plug and play – basta ter uma tomada e conectar o equipamento.

Além da sinalização, outra eficiente solução são as centrais de alarme de incêndios. Uma boa dica para síndicos e administradores prediais é convidar uma revenda de confiança para visitar o imóvel e verificar qual central de alarme de incêndio pode ser utilizada: existem equipamentos bem econômicos, com poucos pontos de detecção ideais para ambientes menores, como prédios baixos, pequenas e médias empresas ou que requerem poucas características de gestão de sinistro. Já para ambientes maiores, que possuam inúmeras entradas e saídas, o uso de uma central endereçável são recomendáveis.

Um bom sistema preventivo de incêndio além de proteger a vida dos ocupantes e o patrimônio também pode gerar um desconto considerável em seguros corporativos e residenciais. Se o risco de incêndios for baixo, empresas geralmente oferecem dedução no valor das apólices de seguro. Se o risco for alto e os equipamentos/soluções não estejam adequados ou mal instalados, as companhias não irão assegurar o estabelecimento.

Além da economia, também existe um respaldado civil e criminal no caso de algum sinistro: se tudo está em ordem, não haverá responsabilização por negligência ou omissão. Temos que tratar esta questão de uma forma bem assertiva, pois muitos de nós pensamos que este tipo de situação nunca acontecerá conosco.

Ambientes mais seguros e devidamente habilitados para funcionar com itens fundamentais na prevenção e combate a incêndios trarão inúmeros benfeitorias para todos. Se bem planejado, estruturado e instalado, o custo será extremamente acessível. Desvincular a área de incêndio da obrigatoriedade só trará benefícios, afinal de contas, não existe benefício maior que a segurança da nossa família, amigos, condôminos e colegas de trabalho.

Bruno Machado Teixeira é gerente do Segmento Iluminação e Incêndio da Intelbras e trabalha na empresa há mais de 16 anos. Formado em Engenharia de Produção pela UFSC, possui MBA em Comércio Exterior pela FGV.

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