Autenticação por biometria e inteligência artificial

Por Fernanda Ferreira

Buscando inovação e melhoria nos processos, a Unike atua em diversos segmentos, como segurança, varejo e saúde, com soluções que melhoram a experiência do cliente em diferentes situações, como autenticação de acesso em um edifício ou no consumo de alimentos em um evento.

Para falarmos sobre esse assunto, entrevistamos o empreendedor André Barretto, fundador e CEO da Unike, que conta com mais de oito anos de experiência em soluções de identificação e autenticação biométrica.

Revista Segurança Eletrônica: Poderia apresentar a Unike para os nossos leitores?

André Barretto: A Unike Technologies é uma FricTech – startups que atuam na indústria dos negócios frictionless, sem atrito – que utiliza tecnologias de autenticação por biometrias, inteligência artificial e visão computacional para melhorar a experiência em diversas jornadas das pessoas, como consumo, acesso, etc. A Unike faz parte da Blockpar, uma Venture Builder com diversas startups em diferentes estágios.

Revista Segurança Eletrônica: Como é a atuação da Unike na área da segurança?

André Barretto: Nós atuamos em qualquer mercado que busque a inovação e melhoria da experiência nos seus processos, entretanto, atualmente temos uma presença mais forte nas áreas de educação, varejo, acessos, entretenimento, saúde e meios de pagamento. Além da unike.PAY, utilizada em processos de pagamentos, a startup ainda conta com as seguintes soluções:

• unike.FUN: substitui os ingressos de eventos, cinemas, etc, permitindo desde a entrada até a saída do usuário uma experiência única sem a necessidade de papéis e/ou celulares para comprovações/autenticações, além de trazer mais eficiência e eficácia para a gestão da realização do evento.

• unike.ID: visa facilitar o acesso físico a estabelecimentos diversos, como condomínios corporativos e residenciais. Benefício para um cadastro único e qualificado. Elimina processos de identificação em portarias, como o “sem parar” de automóvel, além de proporcionar uma Gestão e Analytics completos dos acessos para funcionários (incluindo registro de ponto) e visitantes.

• unike.SHOP: voltada para a inteligência de dados (analytics), ajuda a identificar e analisar anonimamente tendências e perfis de consumidores que circulam em shoppings, centros comerciais, lojas, supermercados, etc, ajudando na elaboração de estratégias de marketing.

• unike.EDU: possibilita a identificação e autentificarão passiva de estudantes física ou virtualmente (em plataformas EAD). Dessa forma, é possível realizar ações como confirmação de presença em salas de aulas, provas e eventos com mais facilidade e conveniência.

• unike.CONTROL: solução “filha” da unike.ID, criada no início da pandemia com o intuito de resolver alguns problemas dos novos tempos: medição de temperatura a distância, verificação do uso de máscara associada a identificação através de reconhecimento facial e todos as outras funcionalidades da unike.ID.

Revista Segurança Eletrônica: Como as soluções da Unike podem colaborar com os projetos de segurança?

André Barretto: A Unike nasceu com o propósito de melhorar a experiência das pessoas, dessa forma, nosso foco principal sempre foi a conveniência que o uso de tais tecnologia pode trazer, entretanto, uma vez que criamos uma metodologia baseado em tecnologias fortes e precisas de autenticação e identificação, a segurança é a principal consequência desse processo.

Por outro lado, segurança e conveniência sempre estiveram em um “cabo de guerra”. Se nós aumentamos a segurança, tiramos a conveniência e vice-versa.

Dessa forma, na história, tudo que foi baseado em processos seguros foi visto com repudia pelos usuários por se tratar de um inconveniente. A contribuição da Unike nesse mercado é justamente minimizar esse conflito com uma proposição de equilíbrio pautado na Tecnologia (biometrias, localização indoor, etc), na Educação (trazer conhecimento e esclarecer essas novas visões) e no Compliance Jurídico (a preocupação, presente desde a concepção da ideia, em estar de acordo com todas as regras de proteção dos dados e privacidade, conforme estabelecido pela LGPD).

Revista Segurança Eletrônica: Como a Unike tem que reinventado com as novas exigências do mercado em relação a controle de acesso sem toque?

André Barretto: Eu, como empreendedor, estou no mercado de autenticação/identificação desde 2012 e parte desse trata do controle de acesso, que vem sofrendo mudanças e evoluções a cada dia e tornando-se cada vez mais exigente. O controle de acesso sem toque e sem atritos já é uma realidade e catalisado pelas exigências da pandemia tornou-se quase que obrigatório, o que para nós é muito gratificante e recompensador, uma vez que a Unike já nasceu nesse cenário e com esse propósito. Dessa forma foram necessárias muito poucas “reinvenções”.

Há algumas semanas, por exemplo, nós fomos responsáveis pelo controle de acesso da Porsche Cup no autódromo de Interlagos que além de oferecer toda a segurança no cumprimento das regras exigidas pelas autoridades (o novo normal), o acesso inteligente da Unike proporcionou a conveniência aos participantes do evento.

A DHL é um cliente que trabalhamos em diferentes frentes. Além de monitorarmos e fazermos a gestão dos acessos dos seus milhares de colaboradores e visitantes, ao lado deles e da MyView, empresa especializada em automação de drones, desenvolvemos o MyView D4 Touchless Delivery. Projeto baseado em inteligência artificial, para atuar na linha de frente do combate ao coronavírus, além de acenar para o futuro das entregas em domicílio.

As startups buscam reduzir o atrito (friction, em inglês) no acesso a produtos e serviços, além de aprimorar a conveniência do usuário/cliente graças à eliminação do atrito. Não só no Brasil, como também no Vale do Silício, nós já somos referência nesse mercado. E ficamos muito felizes com o status.

Revista Segurança Eletrônica: Como funciona a política comercial da empresa?

André Barretto: É bastante eclética. Uma vez que estamos propondo algumas quebras de paradigmas na forma como pessoas de relacionam (como instituições com seus clientes, funcionários, etc), não existe uma regra de como isso irá funcionar, sendo assim nós também estamos muito abertos a ouvir e desenhar a quatro mãos, com nossos clientes, modelos que façam sentido para ambos. Costumo dizer aos nossos clientes: “Temos uma página em branco em cima da mesa e precisamos desenhar juntos nela”, o que torna cada acordo comercial distinto.

Dessa forma temos negociações que vão desde modelos fixos até transacionais e variáveis, respeitando principalmente os propósitos dos clientes e o DNA da Unike.

Revista Segurança Eletrônica: Quais são os planos futuros da empresa para o mercado de segurança?

André Barretto: Nos últimos quatro meses colocamos inúmeros produtos na “rua”. Justamente porque entendemos a real necessidade do cliente antes de sugerir a solução. Nesses últimos meses, a grande maioria foram soluções ligadas a necessidades trazidas pela COVID-19, como: reconhecimento facial para entrada de estabelecimentos, aferição de temperatura a distância e automatizada, solução para auxiliar no trabalho remoto, como é o exemplo de empresas de telemarketing, entre outros.

Para o futuro, pretendemos continuar fazendo as melhores entregas para os nossos clientes e mercado, trazendo inovação e melhorias nas soluções já existentes, como por exemplo pagamentos invisíveis e instantâneos (com a evolução com o PIX), etc.

Já para o mercado de Segurança, especificamente, pretendemos colocar em prática um roadmap de evoluções previstas no projeto da unike.ID que trarão ainda mais conveniência aos participantes e usuários. Falando de novos lançamentos, ainda não temos novidades previstas.

Revista Segurança Eletrônica: Gostaria de deixar um recado final?

André Barretto: Mais uma vez é muito importante frisar que nós nascemos com o propósito de melhorar a experiência nas jornadas em variados momentos do dia a dia das pessoas, como por exemplo, na entrada de um show, cinema e até mesmo em um prédio comercial, no passeio em shoppings centers, na experiência de uma noite em um bar, balada, restaurante e também com pagamentos utilizando reconhecimento facial e tecnologia de posicionamento indoor. Sempre considerando a biometria como catalisador e com o compromisso tecnológico que isso aconteça sem atrito.

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