Assistentes de voz: promova o diálogo com segurança e inteligência

Por Vanderlei Rigatieri

Um estudo realizado pelo instituto britânico Juniper Research revelou que as residências e corporações inteligentes não são mais um sonho distante, e que os assistentes de voz cada vez mais farão parte de nossas vidas. A Internet das Coisas (IoT) deixou de ser um conceito meramente abstrato, a ponto de os analistas estimarem um aumento de 1.000% no número de aparelhos vendidos em todo o mundo até o ano de 2023 – o que, em termos práticos, representará 25 milhões de unidades. A tendência, segundo a mesma pesquisa, é que haja uma maior integração entre os aparelhos conectados e os assistentes de voz, transformando-os em um hub central nos projetos de automação.

Tamanha facilidade tem um preço – que, acredite, pode ser bem alto caso você não esteja preparado para pagar. Porque, ao contrário do que muita gente pensa, não basta querer usar um assistente de voz. É preciso, antes de tudo, pensar na função real que este produto terá, e qual a forma mais segura de aproveitar todas as suas funcionalidades. Em outras palavras, os assistentes de voz facilitam a vida dos usuários à medida que demandam cuidados mais do que redobrados no que concerne à segurança. Isso é de suma importância nos projetos empresariais, que envolvem desafios como a confidencialidade das informações, índices de produtividade e a educação dos funcionários para o uso racional de novas tecnologias.

Uma organização que deseja implantar o assistente de voz precisa envolver todas as suas áreas em uma equipe multidisciplinar – desde o departamento de tecnologia até o RH e, mais além, o corpo jurídico – antes de qualquer processo de implantação. Assim, a segurança não estará comprometida, seja em termos trabalhistas, financeiros ou organizacionais. E quando falamos em segurança, é preciso observar dois aspectos: o primeiro, que demanda conhecimento das características técnicas dos produtos (tais como criptografia, senhas e possibilidade de reconhecimento biométrico de voz); e o segundo, que requer a plena compreensão de como essas tecnologias serão de fato úteis e quais os seus limites e dimensões. Somente assim os gestores poderão efetivamente testar todas as aplicações, elaborar as métricas e determinar o escopo do projeto, alinhando expectativas e realidades e dimensionando o impacto que a adoção de tais soluções trará a pessoas, processos e resultados.

Da mesma forma que acompanhamos a revolução gerada pelo mouse, vivenciamos a revolução dos assistentes de voz. Este é o momento em que precisamos aprender a usar com responsabilidade estes dispositivos. Pode parecer banal, mas um telefonema de negócios que envolve informações confidenciais pode ser gravado inadvertidamente por um microfone que sem querer foi ativado, e os dados podem ser registrados em um servidor que, por sua vez, pode não estar 100% protegido. Também é importante monitorar como os assistentes de voz afetam a rede em termos de tráfego, segurança, desempenho, performance dos equipamentos e produtividade dos funcionários. Não se deve levar em conta unicamente a produtividade que essa tecnologia trará às empresas; é preciso pesar os prós e contras relacionados à infraestrutura. Empresas de capital aberto também precisam considerar que a adoção de novas tecnologias pode influenciar no preço das ações – para o bem e para o mal.

O mercado brasileiro já dá sinais de alinhamento ao cenário descrito no estudo divulgado pela Juniper Research, e o setor corre contra o tempo para atender à crescente procura pelos assistentes de voz. Isso também se aplica a nós, seja na busca por novas parcerias, seja na simples observação de panoramas. Por outro lado, é preciso cada vez mais educar os usuários corporativos no que diz respeito ao uso racional de tais dispositivos e, principalmente, instituir a cultura de análise de riscos. Assim, todos estarão protegidos, e as tecnologias poderão ser plenamente aplicadas. Por ora, uma coisa é fato: os assistentes de voz vieram para ficar, e quem souber usá-los com inteligência e segurança estará sempre um passo à frente em inovação e competitividade.

Vanderlei Rigatieri é presidente da WDC Networks

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