Analítico de vídeo: entenda o que é e como funciona

Cada vez mais aplicado em locais onde há segurança eletrônica, o analítico de vídeo é uma inteligência artificial usado para detectar situações suspeitas de forma automática

Em um sistema de CFTV (Circuito Fechado de Televisão)uma câmera de videomonitoramento (VMS) que, apenas, registra as imagens em tempo real, por exemplo, pode não ser mais o suficiente para fazer a segurança de um ambiente.

Quando elaboram projetos de segurança, empresas e condomínios já pensam em implantar inteligência artificial (IA) no sistema de monitoramento. Isso significa ter câmeras IP (digitais) e softwares com os chamados analíticos de vídeo.

Mas o que é isso? Analítico de vídeo é uma parte do sistema de videomonitoramento (VMS) que analisa as imagens e detecta, automaticamente, situações suspeitas ou eventos fora do padrão de comportamento.

O sistema pode ser utilizado para detecção de pessoas, para definir uma área onde não pode ter gente (neste caso, se alguém é flagrado cruzando uma linha desenhada pelo sistema, um alerta é gerado), identificar uma pessoa específica etc.

Um dos pontos fortes da análise inteligente de vídeo é que, independentemente da quantidade de câmeras, o sistema avalia as imagens em tempo real.

Ou seja, o sistema de segurança trabalha de forma autônoma, sem depender, totalmente, dos operadores da central de segurança para identificar comportamentos considerados fora do padrão de segurança.

Assim que o sistema detecta e identifica um evento, como a invasão de uma área controlada, envia, imediatamente, um alerta de ocorrência à operação. Depois disso, a equipe de segurança pode atuar no caso.

É possível configurar uma série de analítico de vídeo. Cada um pode detectar e identificar eventos diferentes durante 24 horas. Veja agora como funciona e o que pode ser feito.

O que faz o analítico de vídeo

O analítico de vídeo, ou vídeo análise, é um tipo de IA. Ou seja, recebeu uma inteligência durante a sua programação. Isso permite ao sistema identificar nas imagens das câmeras de segurança pessoas, veículos, animais e até comportamentos que nós, seres humanos, julgaríamos como anormais ou suspeitos.

Uma casa de shows, por exemplo, pode usar para saber se há elevação no número de pessoas; um banco, para detectar movimentação em um horário mais sensível; a polícia, para identificar veículos suspeitos ou adulterados.

Uma infinidade de configurações pode ser feita. Por isso, você vai ver logo abaixo alguns dos analíticos mais usados por quem tem um sistema de segurança eletrônica inteligente.

Barreira virtual

Muitos operadores também chamam de cerca virtual. Esse analítico pode servir para áreas por onde não devem circular pessoas ou, até mesmo, veículos. Caso contrário, quando alguém ou carro, por exemplo, encosta ou ultrapassa essa cerca, um alerta é gerado.

Como isso é feito? Basicamente, o operador de videomonitoramento desenha uma linha virtual no local para onde a câmera está apontada. Depois disso, o sistema vai julgar como atitude suspeita tudo o que que cruzar essa demarcação.

Contagem de pessoas

Esse analítico conta as pessoas em um ambiente. É uma tecnologia usada, principalmente, em shoppings e supermercados para fins de marketing, já que é possível identificar comportamentos: onde tem mais pessoas, por qual corredor eles mais passam etc.

Conveniente para este período de pandemia porque, neste caso, quando a quantidade de pessoas em um espaço ultrapassa o número adequado, o operador recebe um alerta. Com isso, ele pode acionar a segurança física que vai ao local para dispersar a aglomeração.

Detecção de movimento

Talvez seja o analítico de vídeo mais usado, independentemente do setor. Exemplo: locais (ou horários) onde não pode haver nenhum tipo de movimentação. Caso contrário, o sistema alerta o operador de segurança que houve a violação dessa regra.

Pode ser configurado, por exemplo, no horário noturno, em frente a uma vitrine de uma loja de eletrônicos. Como é um período de pouca movimentação nas ruas, esse analítico pode deixar o operador mais alerta casos suspeitos comecem a passar pela área monitorada.

Reconhecimento de placas

Na maioria dos casos, é identificado pelo nome em inglês: License Plate Recognition (LPR). É o analítico de vídeo que faz a leitura de placas veiculares. Em síntese, estacionamentos, praças de pedágio e órgãos de segurança pública aplicam esse analítico.

No caso de estacionamentos, quando uma placa autorizada passa pela câmera, a cancela é aberta automaticamente. Polícias de trânsito, por exemplo, também usam para identificar veículos adulterados ou com restrição de furto e roubo que passam por uma rodovia monitorada. 

Objeto abandonado

Neste caso, o operador demarca uma área no software. E se algo ficar ali por muito tempo (também determinado por quem opera o sistema), a plataforma de segurança envia um alerta informando que há um objeto “estranho” naquele local.

Pode ser aplicado em rodoviárias, estações ferroviárias e de metrô, além de aeroportos. Além disso, a inteligência também pode ser usada em calçadas ou nos arredores de prédios públicos e privados.

Analítico de vídeo embarcado ou via software

Acima de tudo, é importante saber que existem dois modelos básicos de uso do analítico de vídeo: embarcado e via software. No primeiro, a inteligência está presente no próprio equipamento, como uma câmera de segurança, por exemplo; no segundo, a análise faz parte das configurações do próprio software de videomonitoramento.

Analítico embarcado

Câmeras com essa tecnologia embarcada são relativamente mais caras em comparação com equipamentos mais simples. Mas há ganhos porque um equipamento com analítico faz mais do que, somente, registrar imagens.

Recursos citados acima, como barreiras virtuais e reconhecimento de placas, são alguns exemplos de analíticos presentes em equipamentos. Quando essa câmera é instalada e configurada, ao detectar uma situação suspeita, gera um alerta na tela de monitoramento.

Esse modelo apresenta duas vantagens: o processamento é feito pelo próprio equipamento, ou seja, não há sobrecarga de servidores e, consequentemente, da operação de videomonitoramento. O resultado disso é a redução de falhas de sistema.

O outro ponto é que no D-Guard, software da Seventh que centraliza e gerencia imagens de videomonitoramento, o uso desses analíticos embarcados não obriga ao cliente a compra de novas licenças, diferentemente de outras soluções do mercado que cobram por analítico. Em outras palavras, o usuário vai reduzir gastos.

O uso eficaz dos analíticos embarcados não exclui a necessidade de softwares VMS mais robustos. Porque soluções mais consolidadas no mercado de segurança eletrônica possibilitam configurar esses analíticos de forma mais inteligente e proativa, facilitando o trabalho da operação. 

Analítico via software

Diferentemente do primeiro modelo, em que a inteligência embarcada da câmera envia a informação de situação suspeita para o sistema, no analítico via software o computador recebe as imagens, analisa e encaminha o alerta, caso detecte uma anomalia.

Ou seja, o software não é mais um mero receptor da informação, mas reage e analisa a imagem que chega. Na prática, não há tanta distinção em comparação com o analítico embarcado, mas aqui também há pontos positivos e negativos que precisam ser avaliados.

Quando a pessoa usa o analítico via software, qualquer câmera, até mesmo as mais antigas, pode ser usada, já que a inteligência está presente no programa de computador. Quer dizer que é possível economizar na aquisição de equipamentos.

No entanto, o software consome mais recursos e processamento dos servidores. O que pode ser um problema em operações com quantidades significativas de equipamentos por conta da sobrecarga do sistema.

Por que usar analíticos de vídeo

É importante lembrar que no modelo de videomonitoramento tradicional, o operador monitora a tela o tempo todo à espera de que algo aconteça. Já com o analítico, a operação não tem de ficar procurando um problema porque é avisada quando algo é flagrado.

o analítico de vídeo, como mostrado ao longo do texto, trabalha em tempo real e durante 24 horas. Por isso é um sistema de segurança eletrônica mais assertivo e autônomo, que faz o trabalho ir além da proteção. Em suma, num período de transformação digital como o atual, quanto mais inteligência, maior a segurança.

Quer entender melhor como funcionam os analíticos? Converse com um dos especialistas da Seventh e entenda como a operação de videomonitoramento pode ficar mais inteligente e segura com o uso do D-Guard, a poderosa plataforma para gerenciamento de imagens.

A Seventh é uma empresa de tecnologia que desenvolve softwares e aplicativos para a segurança eletrônica. As soluções criadas pela empresa, que faz parte do Grupo Intelbras, estão presentes em mais de 30 mil projetos de segurança de empresas e condomínios do Brasil.

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