Apesar da alta de assaltos, brasileiro investe pouco em segurança residencial

Chega período de férias e a preocupação de deixar a casa vazia aumenta. E não é por menos. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, em São Paulo, as quadrilhas organizadas atacam uma residência a cada 3 dias.

Mesmo com o alto índice de criminalidade, o brasileiro ainda não é o mais precavido quando o assunto é segurança. Estima-se que somente 15% das residências no país utilizam sistemas eletrônicos de segurança, enquanto que na Europa 85% dos imóveis contam com algum monitoramento. Esses dados demonstram o potencial que o mercado brasileiro ainda tem para explorar e continuar mantendo o crescimento ao longo dos últimos anos. Em 2015, o setor movimentou mais de R$ 5,4 bilhões.

Segundo levantamento feito pelo Sindicato das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança do Estado de São Paulo (SIESE – SP), em 2016, o setor de segurança eletrônica movimentou a ordem de mais de US$ 900 milhões. Para este ano, a expectativa do órgão que representa o setor é de que o mercado paulista mantenha o ritmo de ascensão e atinja um crescimento de pelo menos 5% em relação ao ano passado.

Portão 100% seguro
Outro aspecto importante para a segurança de imóveis está relacionado ao portão de garagem. Atualmente tem sido comum a invasão do imóvel através do arrombamento do portão, principalmente no modelo basculante. Para minimizar este tipo de ocorrência, a Peccinin, marca fabricante de automatizadores, implementou um novo recurso em sua linha para basculantes que é o trilho antiarrombamento. “O novo desenho do acionador dificulta a ação dos bandidos. Outro recurso bastante utilizado são as travas eletromagnéticas para portão. Ao acionar a abertura do portão automatizado a trava libera o portão e ao fechar o portão, a trava impede que ele seja aberto manualmente”, explicou David Girelli, gerente de marketing da Nice Brasil.

Alarme via aplicativo de celular
Um novo recurso que tem surgido com tendência são os sistemas de alarmes automonitorados por aplicativos. Este sistema permite ao usuário controlar o sistema de segurança do seu imóvel através do smartphone e receber alertas em caso de ocorrência de alguma invasão, indicando qual o sensor e respectivo cômodo foi invadido. O sistema ainda possibilita ao usuário criar recursos de automação como abrir o portão da garagem ou até mesmo acionar uma lâmpada através do smartphone. “A Genno lançou a nova linha de alarmes Cloud que oferece todos estes recursos aos usuários, com uma solução simples e amigável de ser configurada e possibilidade de utilização de sensores com ou sem fio”, disse Girelli.

Eletrificador
Pode ser considerada uma solução com ótimo custo benefício e eficaz. Em geral, eles podem ser instalados com uma sirene que dispara ao detectar uma tentativa de invasão e são acionados via botões no painel ou por controle remoto. “Além disso, existe uma grande variedade de produtos com diversos recursos incorporados. A Genno, marca do grupo Nice possui centrais de eletrificadores com alarme e discadora incorporados que possibilitam agregar sensores adicionais ao sistema. Assim, o eletrificador dispara a sirene e também disca para um número de telefone pré-programado em caso de detecção”, falou David.

Sensores Infravermelhos ativos
Outra maneira de proteção do imóvel são os sensores IVA (Infravermelho Ativo). Estes produtos são a melhor alternativa para quem não quer fios ou arames prejudicando a estética do imóvel. Os sensores criam uma barreira virtual de infravermelho e disparam em caso de detecção de uma invasão. Para isso, devem estar instalados com um sistema de alarme. Estes sensores podem cobrir um muro de até 100 metros em linha reta com até 10 feixes de detecção. Também pode ser utilizado em conjunto com a cerca elétrica. “O valor de uma instalação vai depender muito das características do imóvel e da quantidade de pares de sensores necessários para cobrir o perímetro que se deseja proteger. O valor do par de sensores pode variar de R$250 até cerca de R$2 mil, dependendo do alcance, nível de sensibilidade e quantidade de feixes”, concluiu Girelli.

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