Portaria Remota: Condomínio Inteligente
Com dois mil moradores, o Smart Residence realiza 100 mil liberações de acesso por mês e reduziu 35% dos custos administrativos após a aplicação da portaria remota da Porter.
Por Fernanda Ferreira
O Smart Residence, localizado em Águas Claras, em Brasília, é um condomínio de alto padrão, com 482 apartamentos e uma estrutura completa de lazer com serviços pay-per-use, ou seja, o morador paga à parte pelos serviços que usar, como personal trainer, cabelereiro e aulas de danças. Construído em uma área de 10 mil m², o condomínio conta com duas torres e aproximadamente 2 mil moradores.
Por conta do tamanho do complexo e quantidade de moradores, o condomínio estava enfrentando dificuldades em administrar o controle de acesso, tanto veicular como de pedestres. Nos finais de semana, não era possível identificar quem estava na piscina e no salão de festas, na entrada de veículos, carros entravam de “carona” atrás do veículo de um morador e estacionava na vaga de outros condôminos, gerando transtornos na rotina do prédio. “Tivemos um caso que entraram no condomínio e pegaram um jet ski de uma das vagas e levaram embora, e nunca conseguimos achar o infrator”, relatou Leonardo Conte, síndico do Smart Residence.
Diante de todos esses problemas, a administração do condomínio procurou a franqueadora Porter Portaria Remota para aplicar o sistema de portaria a distância no prédio. “O fator determinante para mudarmos o conceito da portaria foi a segurança. Qualquer esquema tem falhas, mas se você retirar a impessoalidade desse atendimento, flui melhor. O porteiro, ao longo do tempo, começa a ganhar intimidade com os moradores, com os prestadores de serviço, uma coisa natural porque você vê a pessoa todos os dias. E com a portaria remota, ela estando longe, só de você não ter aquele contato visual, já diminui o risco de ter cumplicidade e displicência em deixar alguém não cadastrado, alguém alheio ao dia a dia do condomínio entrar”, explicou o síndico.
A unidade Porter de Águas Claras é quem realizou o projeto e também quem administra o condomínio. Na aplicação da portaria foram instaladas 28 câmeras, 12 fechaduras eletroímãs, 18 interfones para comunicação com a central de monitoramento, controladoras de veículos, DVRs, switches de 24 portas, nobreaks, totens veiculares, uma cancela na entrada veicular para evitar o fenômeno “carona” que acontecia anteriormente, além de 12 motores de giro para as portas de pedestres e dois motores veiculares industriais de alta velocidade.
“Nós administramos 12 portas de pedestres e dois portões veiculares, e para garantir a segurança, instalamos motores de giro, tudo automatizado. Tivemos um exercício com o Corpo de Bombeiros que testou e aprovou o nosso sistema, certificando o Smart Residence com a norma NBR9077, que se refere a saídas de emergência em edifícios. A portaria é integrada ao sistema de incêndio, dessa forma quando o alarme é acionado, todas as portas se abrem para as pessoas trafegarem normalmente e não ter nenhum tipo de incidente”, disse Douglas Oliveira, franqueado da Porter em Águas Claras.
Controle de Acesso
O sistema de portaria remota utilizado pela Porter é tecnologia Kiper, empresa referência no mercado de solução para o controle e gerenciamento do acesso de condomínios à distância.
Para fazer a gestão de acesso do condomínio, a Porter optou por utilizar o sistema de TAGs, tecnologia similar a um token que possui codificação exclusiva para cada morador. Já para os visitantes e prestadores de serviço, a liberação é feita via central de monitoramento. O morador é acionado pela central por telefone fixo ou celular (conforme preferência) e após a autorização o visitante é liberado. O morador também pode liberar uma visita mesmo não estando no apartamento. “Se o morador viajou, por exemplo, e esqueceu de deixar a pessoa autorizada, nós fazemos uma conferência entre visitante e morador via smartphone, e gravamos a autorização de liberação e o condômino é responsável por essa pessoa”, explicou Douglas.
O controle de acesso por QR Code também será implementado no condomínio nas próximas semanas, dessa forma o morador precisa apenas entrar no aplicativo da portaria e gerar o código para conseguir liberar a porta. No caso de festas, é possível enviar um QR Code para uma visita, com o dia e hora específica, e o código dá direito a entrada do visitante (uma única vez) na data e horário determinado.
Os TAGs e controles veiculares possuem a função pânico. Caso o morador esteja em perigo, bastará ela acionar a função de alarme e em tempo real a central de monitoramento identificará que esse morador está em perigo e imediatamente acionará a polícia. A Polícia Militar de Águas Claras disponibiliza linhas diretas ao comando que facilita imensamente essa interação”, contou o franqueado.
Para sempre manter o sistema funcionando, a forma de comunicação entre a central de monitoramento e o condomínio é feito via cabos próprios de fibra ótica, que proporciona uma comunicação rápida e sem retardos. Caso haja uma interrupção na transmissão de dados, há no condomínio equipamentos instalados que garantem o funcionamento localmente, sem prejuízos aos moradores.
São realizados ao todo, cerca de 100 mil liberações de acesso por mês no condomínio, entre moradores, visitantes, entregadores e prestadores de serviço, sendo que a espera entre o acionamento da central pelo visitante até o atendimento da base remota leva cerca de 8 segundos.
Redução de Custos
O Smart Residence contava com uma estrutura de oito funcionários trabalhando na portaria, e após a instalação do novo sistema o efetivo reduziu pela metade. Por ser um condomínio que oferece serviços, é necessário manter profissionais para fazer a gestão de pessoas, como receber encomendas, acompanhar prestadores de serviço, controlar o salão de festas e as piscinas, rondas noturnas, etc. “Se calcularmos o valor que gastávamos antes, com a quantidade de agentes de portaria que reduzimos, tivemos uma economia de 30% a 35%”, contou Leonardo.
Receptividade dos Condôminos
Segundo o síndico, a adaptação dos moradores com o sistema de portaria remota não foi tranquila. Nos três primeiros meses, Leonardo pensava diariamente em desistir do contrato. “As eclusas do condomínio se assemelham muito as portas bancárias. Só pode entrar uma pessoa por vez ou um núcleo familiar, e as pessoas ficavam muito incomodadas com isso, porque de certa forma atrasa, é mais demorado, precisa ficar do lado de fora, isso criou um embaraço muito grande no começo. Até difundirmos a ideia e fazer eles entenderem que era uma questão de segurança, demorou cerca de 90 dias, e hoje, decorrido um ano e meio, ninguém mais reclamada, 80% aprova e não vive mais sem o sistema”, disse.
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