Como os equipamentos de segurança estão se adaptando para o controle da Covid-19 na retomada das atividades

Por Eduardo Soares

A pandemia do coronavírus trouxe uma nova realidade de convivência e hábitos para as pessoas e empresas, que foram obrigadas a se reinventarem e se adaptarem com medidas de segurança, levando à quebra de paradigmas e inovações.

Neste quesito, as tecnologias da segurança eletrônica se tornaram grandes combatentes à Covid-19. Alguns sistemas, que antes eram somente utilizados para segurança patrimonial e pessoal, agora representam um forte aliado para a detecção e prevenção ao coronavírus, pois mitigam o risco de um possível contágio dessa doença, que para muitos pode ser letal.

As soluções de CFTV (Circuito Fechado de Televisão), usadas no apoio aos varejistas para entender melhor o comportamento do cliente, passou a contribuir para a análise do número de pessoas numa determinada região, como também indicando quantas pessoas estão entrando ou saindo de uma área, de forma controlar o distanciamento social. A inteligência artificial vem nesta esteira como uma tendência, sendo aplicada juntamente às câmeras para detectar se as pessoas estão respeitando o distanciamento recomendado e se estão usando máscaras.

As câmeras termográficas, que permitem monitorar uma ampla área, aferindo a temperatura de vários indivíduos simultaneamente, também possibilitam o controle da doença. No Aeroporto de Vitória, no estado do Espírito Santo, foi adotada essa tecnologia para tornar viável a verificação da temperatura corporal, providência que seria complexa com a utilização de termômetros manuais.

Equipamentos de controle de acesso, com reconhecimento facial e da palma da mão para reconhecer digitais sem contato, estão integrados com medidores de temperatura corporal, tornando-se uma única solução, o que permite o acesso sem o contato físico com o equipamento para alertar sobre pessoas que estão com o nível de temperatura corporal considerado acima do normal e se estão utilizando máscaras. A Air France, por exemplo, está checando a temperatura antes do embarque.

Drones também são fortes aliados no combate ao vírus. Em áreas públicas, como ruas e praças, eles são utilizados para monitorar remotamente e em tempo real se há aglomerações, que, por meio de alto-falantes, solicitam o distanciamento social e alertam sobre a importância de ficar em casa. Em Recife, capital do estado de Pernambuco, a solução já foi adotada e, em São Sebastião, no litoral paulista, alguns drones contam com câmeras termográficas para a varredura na costa litorânea aferindo a temperatura das pessoas, o que possibilita a identificação de possíveis contaminados.

Outra operação de prevenção do contágio é a pulverização de desinfetante utilizando drones em áreas públicas, como vem sendo realizado nas ruas do município de Osasco, na região metropolitana de São Paulo. Em ambiente privado, a Secretaria de Serviços Urbanos de Cuiabá, no Estado do Mato Grosso, fez a desinfecção de aproximadamente quarenta condomínios residenciais como forma de prevenir a propagação do coronavírus.

Outras tecnologias vêm se adaptando para contribuir com o combate à Covid-19, como o gerador de neblina que, normalmente, são utilizados para proteger áreas fechadas contra a intrusão de criminosos com sua névoa densa e, agora, também podem ser utilizados para efetuar a higienização do ambiente.

As tecnologias de segurança eletrônica estão sendo adaptadas a essa nova realidade e, juntamente com os procedimentos, essas ferramentas irão contribuir para as pessoas ingressarem ao novo normal e, consequentemente, à retomada das atividades econômicas.

Eduardo Soares é consultor especialista em segurança empresarial na ICTS Security, consultoria e gerenciamento de operações em segurança, de origem israelense.

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