Treinar é preciso, viver não é preciso

Por Silvano Barbosa

Roubando a essência da frase eternizada no Brasil por meio de Fernando Pessoa, eu convido você, meu amigo, a essa viagem acerca do que é de fato essencial ao nosso trabalho e vida.

No poema de Fernando Pessoa “Navegar é Preciso”, ele fala no sentido de liberar nossa capacidade realizadora e também da necessidade de tornar grande aquilo que tocamos e envolvemos. E não deveria ser esse nosso maior objetivo? Caso contrário, podemos ficar acomodados e acabarmos na subserviência, aquele estado em que outros decidem por nós, outros ditam nossos caminhos.

Bom, isso pode parecer muito além do nosso dia a dia, muito distante do nosso sagrado arroz e feijão – no meu caso não fico também sem o cafezinho, sagrado combustível –, mas não, não é. Esse é um fator que está totalmente misturado nas nossas vidas. Pense bem, vamos aqui falar sobre capacitação e treinamento. Imagine a figura de um técnico bem treinado, seguro de suas funções. Qual o impacto que esse profissional pode trazer de forma diferenciada para dentro de sua empresa?

• Instalações mais limpas e seguras? Isso gera menor retorno, menores gastos de retrabalho;

• Atendimentos mais eficientes? Isso gera maior satisfação junto ao cliente;

• Melhores comunicações internas e externas? Quanto custa um mal-entendido? A compra de algo desnecessário ou a perda de um contrato?

Todos esses fatores anteriores trazem consigo peças chaves para o sucesso do seu negócio: maior rentabilidade, menores transtornos e fidelidade do cliente.

Por que então custamos tanto a investir e acreditar na capacitação? Quero agora levar vocês à fonte de inspiração da letra escrita de Fernando Pessoa, uma frase dita por Pompeu, um General Romano, que viveu entre 106 A.C e 48 A.C.:

Quando ele soltou o famoso “Navegar é preciso, viver não é preciso”, ele estava se dirigindo aos marinheiros que estavam com medo de navegar durante a guerra. Isso nos leva à reflexão de que, para a função deles, navegar era mais importante do que viver, pois, sob a responsabilidade da marinha, naquela situação não estava apenas o combate, mas alimentar tropas distantes, prestar socorro a aliados, proteger parceiros mais fracos. Viver, nesse caso, seria ficar estático em terra, permitindo que sua nação perdesse controle de tudo e inclusive da guerra, sem falar nos prejuízos aos aliados que contavam com eles. E a eventual morte, da mesma forma.

E não é assim o nosso trabalho?

Veja bem, temos nossa função, seja comercial ou técnica. Estamos em uma nação a ser defendida, a empresa que paga nosso salário. E temos nossos parceiros, colegas de trabalho. E nossos aliados, que são os clientes, e outras empresas com quem nos relacionamos. Se não navegarmos, todos eles serão afligidos com nossa insegurança.

Por isso, TREINAR É PRECISO! CAPACITAR É PRECISO!

Vamos explorar duas perspectivas nesse artigo, e ao longo do tempo contaremos com a participação de distribuidores, fabricantes, consultores, cada um dando sua perspectiva e intenções acerca do assunto nesse nosso espaço:

Ricardo Torres: Diretor da Plantec, uma das maiores distribuidoras do Brasil, empresa seriamente comprometida em capacitar seus clientes em todas as suas linhas produtos.

Rodrigo Monteiro: Marketing da JFL, nos trazendo a visão por trás de uma das empresas que mais capacitou profissionais no país, e que possivelmente deve sua participação no mercado diretamente a esse trabalho bem executado.

José Aquino: Um profissional amplamente preparado, no Brasil e no exterior, sócio da Avancorp, uma instituição voltada à capacitação para conseguir o melhor das pessoas, e que soma diversas áreas de conhecimento e aplicação, cursos e campos de conhecimentos como poucos, e coloca todo esse ferramental à serviço de quem quiser evoluir e vencer. Verão mais sobre ele em seu artigo.

Rafael Takei: Professor, militar, coordenador de núcleo na faculdade que trabalha, palestrante e comunicador, tudo isso antes dos 30 anos. Ele está muito ligado à área de treinamento, aprendizado qualificado, um verdadeiro educador com propósito, trazendo o melhor da “pegada” dessa nova geração. E como nosso mercado de segurança eletrônica vem se comportando nesse assunto?

Há empresas que apostaram tão alto nisso na última década que podemos alinhar perfeitamente seu crescimento no mercado às boas práticas de treinamentos por todo o país, outras que infelizmente ainda não encontraram esse caminho, e também profissionais independentes que vem fazendo um bom trabalho quanto nesse setor.

Veremos e conheceremos detalhes de todos eles nos próximos meses.

O convite é que, através dessa leitura, possamos reforçar junto a você a importância dos treinamentos, da capacitação, para você e para os seus funcionários e superiores.

Muitos conclamam que educação é a única alternativa para termos uma nação e um mundo melhores. E é exatamente isso. A educação é o maior agente de transformação real, a mais afiada e assertiva ferramenta para que possamos ser melhores do que ontem.

EDUCAÇÃO – TREINAMENTO – CAPACITAÇÃO.

Essas três palavras precisam entrar nas mentes e corações de todos nós, de uma vez por todas.

E aproveitamos também para convidar a todos vocês, distribuidores, fabricantes, consultores, a divulgarem junto à Revista da Segurança Eletrônica os seus treinamentos, suas ofertas de capacitação. Estamos abrindo um espaço para que divulgue sua agenda de treinamentos. Envie um e-mail para [email protected], e vamos incluir sua agenda no nosso portal.

E deixo aqui mais uma referência rápida: treinar e eventualmente perder um colaborador é sempre mais barato do que manter sua equipe sem a necessária capacitação.

Fica a dica: siga o pessoal aqui citado, José Aquino, Rafael Takei e eu, Silvano Barbosa, nas mídias sociais, muita coisa boa aparece por ali!

Silvano Barbosa é Pré-vendas, Treinamento e Suporte para todo o Brasil na empresa CDVI. Atua desde 1995 nos ramos de TI, datacom, telecom, segurança eletrônica e sistemas prediais. É especialista em treinamento e na formação de treinadores e qualquer outro profissional que deseja compartilhar e repercutir conhecimentos, técnicos ou não.