Tecnologias de alta segurança

Por Marco Antônio Barbosa

Em junho aconteceu em São Paulo a Exposec – uma das principais feiras do mundo voltada para o mercado de segurança. Em três dias, o evento reuniu 800 marcas e quase 50 mil visitantes interessados em conhecer o que será tendência na proteção patrimonial nos próximos anos. O que se viu, foi uma infinidade de possibilidades tecnológicas que devem agregar ainda mais robustez, inteligência e eficiência para os sistemas de segurança.

A chegada do 5G também deve acelerar ainda mais o crescimento e a mudança no setor. Com espaços mais inteligentes, os sistemas estarão ainda mais integrados com os usuários e seus produtos, gerando um mundo de possibilidades, desde controlar todos os equipamentos à distância a programá-los mais assertivamente com as suas necessidades. O céu é o limite.

Dentro desse universo, a alta segurança deve ganhar cada vez mais destaque. Tecnologias já utilizadas em locais de grande risco, como embaixadas, departamentos de segurança e pontos turísticos no mundo todo, vão se tornar comuns em comércios, condomínios e residências. O mesmo sistema antiterrorismo usado pelo Pentágono, o departamento de segurança dos Estados Unidos, pode ser adquirido aqui no Brasil e instalado na sua empresa ou casa. O mercado globalizado facilita o acesso, barateia custos e derruba fronteiras.

A pandemia também aumentou o interesse da população por mais controle de seus produtos. Em home office ou trabalho híbrido, tivemos mais tempo para analisar as falhas das nossas residências e condomínios, que fizeram esse setor do mercado disparar. Pilares retráteis e dilaceradores de pneu (popularmente conhecidos como garras de tigre) começaram a ser requisitados para evitar que criminosos rompam cancelas, por exemplo. Câmeras com leitores faciais que identificam pessoas mesmo com máscara também dispararam entre os sistemas preferidos.

Mesmo com um aumento na busca por sistemas eletrônicos – segundo a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), o setor deve crescer 18% este ano – ainda há muitos espaços vulneráveis e de risco que precisam de proteção patrimonial de qualidade. Mais de 12 milhões de imóveis em todo o Brasil possuem alguma tecnologia de controle de acesso. Pode parecer muito, mas esse número representa somente 17% das habitações que podem receber essas soluções.

Com esse cenário de possibilidades, aliado ao interesse crescente de empresas e pessoas físicas em estarem mais seguros e a um mercado inexplorado, devemos ter uma progressão ainda maior de novas tecnologias para o Brasil, que sempre foi um mercado muito interessante devido às altas taxas históricas de criminalidade. Isso impacta diretamente na sensação de segurança, o que faz aumentar as buscas por sistemas particulares. É um ciclo que deve se manter girando por muito tempo e deve auxiliar também positivamente nas reduções do número de crimes.


Marco Antônio Barbosa é especialista em segurança e diretor da CAME do Brasil. Possui mestrado em Administração de Empresas, MBA em Finanças e diversas pós-graduações nas áreas de Marketing e Negócios.

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