Tecnologia as a Service: Por que isso é interessante também no modelo B2B?

Por Vanderlei Rigatieri, CEO da WDC Networks

Hoje em dia, a maneira como as pessoas consomem a tecnologia mudou. Estamos vivendo o ápice da influência tecnológica em nossas vidas, nunca vista antes, principalmente com mudanças nos hábitos de consumo. Um exemplo disso é o acesso a produtos de entretenimento, como músicas e filmes, além do meio de transporte, que já não é mais consumido como antes e o “sob demanda” entrou de vez na vida da grande maioria das pessoas. Ninguém mais compra CD de artista/banda ou DVD de filme, por exemplo, mas muitas assinam serviços de streaming. Elas também passaram a optar por não ter carro e utilizar um serviço de aplicativo para chamar rapidamente um veículo quando quiserem. E, no mercado de tecnologia, essa tendência também começa a chamar atenção.

A Tecnologia as a Service, que utiliza a sigla TaaS, é uma modalidade na qual as empresas, que são os clientes, podem contratar soluções das mais variadas por locação, ou seja, não é mais necessário efetuar investimento de uma vez (CAPEX), e sim contratar as soluções tecnológicas em forma de serviços, pagando mensalmente (OPEX). Mas, de que tipo de produtos e serviços estamos falando?

Praticamente todo tipo de produto de tecnologia ou softwares podem ser adquiridos dessa maneira. Infraestrutura de data center, redes completas de internet, sistemas de telefonia, soluções para segurança eletrônica tais como câmeras, controles de acesso, cibersegurança e muitos outros podem ser contratados nesse modelo TaaS .

Essa modalidade de “assinatura mensal” da tecnologia é vantajosa para empresas, independente do seu tamanho ou segmento. Mas, por quê? Porque é um modelo de locação que permite flexibilidade nos contratos, redução de investimentos e pode ser rapidamente atualizado de acordo com o que há de mais inovador no mercado.

No universo da tecnologia, que envolve um grande ecossistema de softwares, equipamentos e programação, tudo se transforma e evolui muito rapidamente. Nesse cenário, o risco de companhias fazerem grandes investimentos na compra de soluções tecnológicas e elas se tornarem obsoletas, é alto.

Outra vantagem diz respeito à manutenção. No modelo TaaS, a empresa não precisa se preocupar em manter e gerir uma equipe de manutenção dos equipamentos. As necessidades de trocas e reparos também já integram o contrato de locação do serviço. Assim, o cliente se concentra em sua atividade, em seu core business, e não em gerenciamento de T.I. ou de sistemas de telecomunicações.

O modelo TaaS oferece vantagens sem complicação e sem burocracias. Mas eu diria que esse é um modelo de sucesso principalmente porque é aderente nos momentos de crise econômica. E sem altos investimentos, a tomada de decisão fica muito mais fácil por parte dos gestores e departamentos financeiros quando o momento econômico está mais desafiador.

No Brasil, o start da TaaS ocorreu no mercado de provedores regionais, os chamados ISP’s (Internet Service Providers). A WDC Networks , por exemplo, foi pioneira nesse modelo e, desde 2013, oferece essa opção aos provedores. As empresas podem contratar toda a infraestrutura de redes GPON necessária para a abertura ou expansão do seu provedor, que após a concessão do serviço de internet, chegam ao consumidor final.

A partir deste mercado, o modelo foi difundido para outros ecossistemas, que também foram descobrindo as vantagens da Tecnologia as a Service. Hoje, as soluções da empresa estão espalhadas por todo o Brasil – que vão desde o pequeno até o grande projeto, como shopping centers, indústrias, redes de lojas, supermercados, varejistas entre outros.

Atualmente mais de 60% da cartela de clientes da companhia tem esse modelo, que representa 38% de seu faturamento. A tendência é de que esse formato de negócio cresça ainda mais à medida que empresas de outros segmentos tomem conhecimento de todas essas vantagens.

Vanderlei Rigatieri é fundador e CEO da WDC Networks, formado em engenharia pela Escola Politécnica da USP. Possui mais de 35 anos no mercado de tecnologia da informação e telecomunicações, tendo trabalhado como executivo de vendas, marketing e principal executivo em multinacionais como Avaya, AT&T-LA, Tess Celular e Cabletron.

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