Sua empresa está alinhada à uma Política de Segurança Patrimonial?
Por Marco Curcio
A política de segurança patrimonial trata das intenções e diretrizes, por meio de uma declaração formal da alta gestão, sobre o compromisso com a área de segurança patrimonial da organização. Tal plano está em consonância com o planejamento estratégico da organização, bem como se relaciona às metas e aos objetivos estabelecidos com a participação da segurança patrimonial.
A política de segurança patrimonial é estruturada no nível estratégico da organização, pela alta direção, que define as diretrizes para fomentar os planos adjacentes da área de segurança, como também mostrar ao grupo quais são as responsabilidades e a linha de atuação da área. Desta forma, nenhum outro plano que vier a ser estruturado, em qualquer nível da organização, estará divergente do que foi estabelecido nesta política, tornando sua estrutura altamente efetiva, uma vez que há contextualização e sincronismo nas frentes de atividades.
Nesta política, também são inseridos os itens que a segurança tem por responsabilidade cuidar, assim como os riscos para o negócio. Esse mapeamento é de extrema utilidade, pois por meio dele é possível identificar os riscos macros e estruturar os planos adjacentes, tornando a área de segurança uma protagonista na organização. Vale lembrar que é importante ter objetivos claros e alinhados com as metas e estratégias da empresa.
Portanto, os planos devem ser mensuráveis para que possam ser analisados de forma quantitativa quanto ao seu cumprimento; independentes entre si para que os objetivos específicos possam sofrer revisões sem que afetem os demais; realistas com metas dentro de uma projeção aceitável quanto à função e às condições dos trabalhadores e, por fim, compreensíveis a todos os interessados de maneira que não haja dúvida em relação ao que deve ser atingido e ao que é preciso ser feito para alcançar a meta.
Dentre os itens mais comuns inseridos na política, com viés de proteção da área de segurança patrimonial, destacam-se as pessoas, o meio ambiente, as informações, a reputação de imagem, os produtos e seus ativos.
Sobre o viés de riscos e ameaça para a organização, é possível destacar: fraude, corrupção, furto e roubo, violência no local de trabalho, perda ou compromisso da empresa ou informação pessoal, perda de inteligência competitiva, má conduta de funcionário, atividade fraudulenta, agitação no trabalho, segurança em viagem, desastres naturais e pandemia.
A política de segurança também possibilita à alta gestão delegar as responsabilidades específicas sobre cada frente de atuação da segurança, seja em nível tático ou operacional. E, para que ela funcione, é necessário que não apenas a alta direção entenda sua importância, mas todos da empresa, pois ela deve estar presente no cotidiano de trabalho.
Não é possível ter uma boa política se ela não for disseminada na organização, mesmo que tenha sido criada considerando todos os critérios exigidos. Da mesma maneira, ainda que divulgada, a política de segurança não será viável caso entre em conflito com outras estratégias e visões do negócio. E sua empresa, está alinhada para construir uma Política de Segurança Patrimonial?
Marco Curcio é consultor pleno de Segurança Empresarial na ICTS Security, empresa de origem israelense que atua com consultoria e gerenciamento de operações em segurança.
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