Rock in Rio: Segurança por terra, céu e mar

A Prosegur, responsável pela operação de segurança do Rock in Rio, investiu cerca de R$ 1 milhão em tecnologia para a edição de 2017, que contou com monitoramento feito por drones, mais de 100 câmeras de vigilância e 1400 agentes, 50% a mais do que o efetivo das edições anteriores

Por Fernanda Ferreira

O Rock in Rio, reconhecido como o maior festival musical do planeta, realizou a sua 32ª edição entre os dias 15 a 24 de setembro no Parque Olímpico, localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ao todo, mais de 700 mil pessoas marcaram presença no evento, que recebeu grandes nomes da música internacional, como Alice Cooper, Def Leppard, Aerosmith, Bon Jovi, The Who, Guns N’ Roses e Red Hot Chili Peppers, além de músicos brasileiros, como Ney Matogrosso, Capital Inicial e Titãs.

Em um festival como o Rock in Rio, um dos itens mais importantes é a segurança, e pela quarta vez consecutiva ficou a cargo da Prosegur garantir a proteção do público e realizar as operações de segurança ao longo dos sete dias de evento.

Foram investidos cerca de R$ 1 milhão em tecnologia somente para o Rock in Rio Brasil. A companhia ampliou o número de agentes em relação ao festival de 2015, trazendo 1400 profissionais treinados para atuar em grandes eventos que realizaram a segurança física, 25 cachorros patrulheiros das raças Pastor Alemão, Pastor Malionois e Rottweiler, mais de 100 câmeras de monitoramento (em sua maioria da em- presa Indigovision), além de uma câmera térmica e duas Ultra HD da Dahua.

A principal novidade dessa edição foi a utilização de drones para o monitoramento aéreo entorno do Parque Olímpico e da região da Lagoa de Jacarepaguá, para garantir a proteção integral do público e evitar possíveis invasores. Dentre os principais recursos, o veículo não tripulado tem a capacidade para alcançar 100 km/h, atingir 500 metros de altura e voar a 7 km de distância do seu operador. O equipamento tinha acoplado uma câmera 4K que transmitia as imagens em tempo real para o Centro de Operações da Prosegur. Caso houvesse uma suspeita de ocorrência, a equipe de segurança era acionada.

Para reforçar a operação, a Prosegur disponibilizou body câmeras (solução fixada na farda do agente de segurança para gravar tudo o que ocorre a sua volta) que foram utilizadas pelos vigilantes durante os sete dias de festival, para garantir a proteção tanto do público como dos próprios colaboradores.

Outro recurso utilizado para o monitoramento da Cidade do Rock foram unidades móveis (centros remotos) equipados com gerador, energia solar, câmeras e rádios, que lincados ao Centro de Controle da Prosegur, transmitiam em tempo real as imagens capturas do local. Ao todo foram disponibilizados 10 veículos que estacionaram em áreas estratégicas do Parque Olímpico.

Tecnologia analítica também foi um recurso muito utilizado no festival. O software de gerenciamento de vídeo (VMS) da Genetec estava integrado a todo o centro de segurança da Prosegur. A inteligência foi aplicada para a leitura de placas de veículos (Software AutoVu Genetec) nos arredores do evento para checar se estavam autorizados. Uma solução de reconhecimento facial também foi empregada. Quando alguém demostrava comportamento inadequado, era gerado uma lista interna com o rosto dessa pessoa para que os agentes de segurança ficassem mais atentos quando o visitante fosse identificado em determinada região, afim de evitar depredação de patrimônio público, dentre outras ocorrências.

“Sem o uso da tecnologia é impossível fazer a segurança de um evento como esse, com o tamanho desse espaço. Há próximo ao festival uma avenida muito movimentada e uma área com lagoa isolada, sem qualquer tipo de iluminação. Por isso utilizados câmeras térmicas, drones para varredura aérea e 1400 homens por dia no evento”, explicou Bruno Jouan, diretor da Prosegur Security. “As imagens capturas pelas câmeras estavam conectadas em tempo real ao Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) do Rio de Janeiro, o que possibilitou a segurança pública estadual também monitorar o que estava ocorrendo no evento, dessa forma a tomada de decisão era mais rápida e precisa durante o Rock in Rio, uma vez que estávamos alinhados com as autoridades”, contou Bruno.

Invasão pela Lagoa

Uma das ocorrências registradas pela Prosegur foi a tentativa de invasão pela água. Um barco tentou entrar no festival pela Lagoa de Jacarepaguá. A embarcação foi identificada por um dos drones que fazia o monitoramento da região. A embarcação foi abordada e ocupantes não tinham ingresso ou credencial. Diversas invasões por terra também foram identificadas e impedidas pela companhia de segurança ao longo do evento.

Outras medidas de segurança

Foram distribuídas ao longo do evento, pulseiras de identificação para as crianças com espaço para a inclusão do nome do responsável e telefone de contato para qualquer eventualidade.

Além disso, a companhia disponibilizou um Ponto Seguro que foi usado como referência para o encontro durante todo o evento e também um robô que dava informações e tirava dúvidas dos visitantes.

Estudo e Planejamento

Para realizar a operação de segurança do maior festival do mundo, a Prosegur precisou se preparar por seis meses. Além da edição brasileira, a companhia também garante a segurança do Rock in Rio de Madri, na Espanha, de Lisboa, em Portugal e de Las Vegas, nos Estados Unidos.

“A Prosegur fez um estudo completo do Parque Olímpico da Barra para avaliar a estrutura de segurança que seria implementada durante o evento. Foi a maior operação de segurança já realizada pela empresa em um Rock in Rio, investimos pesado em tecnologia”, falou Jouan.

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