Reconhecimento facial ajuda a identificar atirador nos EUA após falha em leitor de impressões digitais

No último dia 28 de junho vimos a triste notícia de que um atirador entrou em um jornal nos Estados Unidos e disparou contra cinco vidas após ter acusações de assédio divulgadas. Na ocasião, foi dito que a polícia de Maryland conseguiu identificar o suspeito como sendo Jarrod Ramos, um ex-funcionário do Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA.

O que não foi comentado, entretanto, é que esta identificação demorou um pouco mais do que o normal para ser feita, já que as impressões digitais encontradas no local do crime estavam em condições desfavoráveis, e somado a isso a falta de cooperação do acusado, outros meios precisaram ser analisados para que ele pudesse ser formalmente processado.

“Nós tivemos um atraso para conseguir resultados com as impressões digitais. Eu não sei o porquê de ter demorado tanto, mas é assim que sistemas de computadores funcionam”, disse Timothy Altomare, Chefe de Polícia do Condado de Anne Arundel

Apesar de não haver um comunicado oficial sobre o assunto, diversas fontes alegam que o departamento de polícia de Maryland resolveu então seguir por outro caminho, enviando uma imagem de Ramos para o Centro de Coordenação e Análise de Maryland, onde a foto foi processada no Sistema de Repositório de Imagens de Maryland, banco de imagens que contém nada menos que 10 milhões de fotos de infratores e toda a base das capturas feitas para a carteira de motorista.

Para tornar tudo o mais rápido e eficiente possível, o sistema obteve acesso também à base de dados do FBI, adicionando outras 25 milhões de fotos à busca. Como Ramos já havia sido processado pelo caso de assédio, sua foto constava, permitindo então uma comparação totalmente compatível e finalmente dando fim ao procedimento de identificação.

Isto tudo serviu para mostrar que o processo de identificação por leitura de impressões digitais não foi tão eficiente, rápido e preciso. Segundo a polícia, cerca de 10% das tentativas de reconhecimento retornam em falha, o que é uma taxa alta se considerar a gravidade e a urgência da situação.

De acordo com peritos, isso acontece porque a impressão digital é apenas tão durável quanto uma fina camada de pele, podendo ser danificada por intervenções simples como cortes e até mesmo por suor excessivo, sem mencionar o próprio manuseio no laboratório de análise. Outro ponto é que nem todo tipo de material permite obter uma impressão inteira, impossibilitando uma comparação passível de condenação.

O importante é que mais uma vez vimos a tecnologia servindo para auxiliar em casos difíceis, o que ameniza um pouco toda a preocupação sobre privacidade e liberdades individuais, algo que vez ou outra acaba voltando a público quando lembramos a quantidade enorme de informação detida nestas bases de dados.

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