Perda Zero: inteligência da segurança a serviço do varejo | Parte 1

Saiba como prevenir perdas utilizando monitoramento inteligente

O CEO da C4i Alexandre Chaves participou do programa Perda Zero, apresentado por Carlos Machado e Anderson Ozawa, especialistas em Prevenção de Perdas. O programa teve como tema “Inteligência da Segurança a Serviço do Varejo”.

Confira na íntegra a primeira parte da entrevista, que aborda questões sobre como utilizar inteligência em segurança no varejo, como a empresa deve estar preparada para aplicar uma solução inteligente e a importância dos analíticos de IA para os negócios.

Anderson Ozawa: Quando falamos de inteligência, tudo remete a estratégia e inovação. Como usar a inteligência da segurança para servir o varejo?

Alexandre Chaves: Apesar de atendermos vários setores, a C4i nasceu justamente de uma provocação do Varejo. Acontece que em meados de 2015 eu era proprietário de uma integradora de tecnologia e atuava no segmento há mais de duas décadas, e em uma reunião com uma grande rede varejista, o cliente me perguntou se eu poderia trocar as câmeras das suas unidades por equipamentos mais modernos e começou a explicar os problemas das instalações. Eu argumentei que trocar as câmeras só ajudaria a ver a imagem do problema em alta definição, mas não resolveria nada. Ele então me perguntou o que eu recomendaria para ajudar a solucionar as “dores” dele.

Naquela ocasião, eu já tinha viajado para diversos países, como Israel, Estados Unidos, Espanha e Argentina, com o objetivo de entender o que estava acontecendo no mercado de segurança global, porque sempre busquei desenvolver algo que fosse disruptivo. Comecei a explicar tudo o que aquele cliente precisava, como processos e procedimentos, auditoria, adição de tecnologia (presencial ou remota) etc. Ele adorou tudo o que falei e me perguntou se eu conhecia alguma empresa que realizava aquilo e eu disse que achava que ninguém fazia aquele tipo de trabalho. O executivo daquela rede de varejo então me disse que confiava em mim para fazer o projeto e entregou nas minhas mãos. Naquele dia nasceu a C4i.

De largada nós aprendemos e definimos que as câmeras para a C4i nunca seriam câmeras de segurança e sim dispositivos de captam a informação. Assim, com os dados coletados, poderíamos direcionar essas informações para qualquer área da empresa, como setor de prevenção, de marketing, comercial, operações e assim por diante.

Ao longo da nossa jornada nos deparamos com várias histórias malucas, como uma vez que fomos visitar um grande grupo empresarial e no local eles tinham instaladas várias câmeras em cada canto da loja e eles explicaram que cada uma delas era para um setor diferente. A câmera da direita era para o marketing, a da frente para o comercial, a outra para a prevenção e o pior é que isso aconteceu em 2016, mas ainda existem coisas assim no Brasil.

Muitas vezes a área está preocupada em resolver a sua dor, o que faz com que cada um veja somente o seu centro de custos e tudo na empresa vai ficando fragmentado.

Ao implantar inteligência, é possível colocar um único dispositivo para captar e tratar as informações, porque vamos entender as necessidades de cada área e transformar aquilo em informação relevante para o negócio do cliente, é o que chamamos de inteligência em segurança e é o que entendemos ser extremamente aderente ao varejo.

Carlos Machado:  O profissional de segurança precisa ter total domínio sobre as necessidades da sua gestão, entretanto sabemos que em algumas áreas há interferência, que acho mais interessante chamarmos de sinergia, uma vez que é importante todos saberem os riscos. Conectando essa necessidade da prevenção nos negócios e considerando que em algumas empresas ainda não há um profissional habilitado com esse olhar, como você trabalha essa diversidade e a necessidade desse conhecimento de multiplicação?

Alexandre Chaves: Nós temos o cuidado de entender o momento do negócio, da empresa e até mesmo quem é o interlocutor que está demandando o trabalho, e a partir disso temos muita bagagem para conduzir o projeto. Vale deixar claro que nós não somos integradores, não somos implantadores de tecnologias, nós somos um negócio diferente de tudo, temos muita experiência, bagagem, enxergamos o panorama completo, mas em grande parte dos nossos projetos, o que fazemos no final do dia é pegar na mão do gestor da empresa e ajudar a extrair mais informações daquilo que ele já tem como legado de infraestrutura. E quando falamos em fazer mais, não quer dizer gastar mais.

Em 2017 eu entendi que para me dedicar integralmente à C4i eu precisava “abrir mão” dos vinte e poucos anos como integrador para me dedicar exclusivamente em ajudar as empresas a fazer mais e melhor, e se possível usando aquilo que ela já possui, como por exemplo a câmera.

Sabe a história que contei acima da grande varejista de 2016? Ele usa a mesma câmera antiga até hoje. A tecnologia está nos ajudando a adicionar inteligência àquela imagem sem ter a necessidade de mexer no hardware e à medida que identificamos o personagem que está demandando isso nós temos uma lista de coisas que já ajudamos a empresa a se adequar.

Muitas vezes há situações que precisamos dar um passo atrás, porque o cliente não sabe o que quer e não sabe qual é a perda dele. Com a experiência vem o aprendizado de falar para o cliente que ele não está preparado para nós naquele momento, dizer que ele precisa dar um passo atrás e explicar que a empresa precisa realizar uma consultoria com um especialista para ajudar nessa fase primeiro.

 Você vai colocar câmera para quê? Vai por inteligência para quê? Você não sabe nem o quanto você perde! São coisas primárias que a empresa precisa saber. Tem muita gente que está nos vendo como a solução dos seus problemas, mas somos um pedaço do processo. De fato, nós agregamos valor, mas muitas coisas antes precisam ser feitas.

Anderson Ozawa: O que você acha da aplicação de analíticos de vídeo, como reconhecimento facial e LPR? Como esses recursos complementam a sua estratégia de entregar inteligência para o varejo?

Alexandre Chaves: O nosso negócio está totalmente alicerçado no uso de analíticos, temos muito conhecimento nos conceitos de inteligência artificial, como deep learning e machine learning. Entretanto, é preciso entender o momento do cliente para ver o que melhor vai se adequar às necessidades dele.

Eu percebo que esses recursos não se difundiram ainda da forma que eu entendo que irá, porque as conversas sobre esse assunto estão nas mãos do integrador, do fabricante que tem interesse em vender equipamentos. Percebo que muitos dificultam as coisas e a verdade está longe disso, porque hoje em dia é muito simples fazer uso dessas tecnologias.

Na C4i nós simplificamos as coisas de uma forma que, caso o cliente tenha dificuldade de entender como a solução funciona, fazemos a POC (do inglês Proof of Concept, em tradução livre Prova de Conceito), onde conseguimos comprovar um nível de assertividade de 99,9%. Há situações que precisamos dar essa materialidade para o gestor ver tudo funcionando.

Então buscamos saber qual é a “dor” do cliente e se ele tem a imagem do local onde tem um potencial problema. Digo potencial problema porque há uma grande diferença entre o monitoramento clássico do monitoramento inteligente.

No monitoramento clássico a equipe toma uma atitude após o alarme disparar, ou seja, houve um alarme e começo a tratar a ocorrência.

No monitoramento inteligente, que é o nosso caso, tudo o que colocamos como analíticos, deep learning, machine, eles sempre vão estar ancorados com a prevenção, que significa prevenir o problema. Se tivermos que atuar quando o problema já aconteceu, então o cliente não precisa de nós. A ideia é ser disruptivo, no sentido de que nós temos que monitorar o potencial problema e não o problema.

O que quero dizer com tudo isso é que o segredo não é simplesmente comprar uma câmera que leia a placa ou faça o reconhecimento facial, o segredo está no que você vai fazer com essa informação, esse é o ponto chave.

Os analíticos são bárbaros, mas se você não souber o que vai fazer com as informações que coletou, eu te aconselho a não implantar. O fabricante vai te convencer a comprar uma câmera cara, vai te falar que a câmera que está instalada não serve, por isso você precisa ter uma clareza nítida do que vai fazer com essas informações.

 Como expliquei anteriormente, já houve situações que falamos para o cliente que ele não estava no momento ainda de implantar as nossas soluções, porque essas coisas precisam estar mapeadas para você falar em por inteligência.

Um exemplo clássico são shoppings centers que possuem câmeras nos acessos dos estacionamentos fazendo leitura de placas com o analítico de LPR.  O que eles fazem com essa informação? Para que me serve esse dado? Podemos, por exemplo, extrair essa informação, consultar uma base de dados, como a tabela Fipe, e por meio dela categorizar os perfis de clientes que entram no shopping. Assim, começo a entender qual a faixa de horário que o cliente vem me visitar, posso saber se minha campanha de marketing está trazendo clientes de uma determinada região, dá para fazer diversas ações e são essas coisas todas que o gestor muitas vezes está meio míope.

Muitas vezes o gestor está olhando para a câmera no sentido da segurança, estou gravando para que se alguém estiver reclamando do veículo eu vou lá e consulto a placa. Ok, isso é o básico, agora vamos dar inteligência para isso, eu posso integrar a consulta da placa no Sinesp e gerar um alerta para dizer que um carro roubado está entrando no estacionamento.

Dá para fazer um monte de coisas, o céu é o limite.

A C4i é uma empresa especializada em Inteligência em Segurança, que oferece solução para monitoramento preventivo e proativo para empresas, residências, indústrias, condomínios, entre outros.

Se quiser saber mais sobre a solução de Monitoramento Inteligente, visite a página www.c4i.com.br ou entre em contato via WhatsApp (11) 9 8858-9233.

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