Mercado de reconhecimento facial cresce, mas consumidores ainda desconfiam

Enquanto a segurança e a privacidade da tecnologia de reconhecimento facial seguem questionadas abertamente e ligadas ao surgimento de governos cada vez mais autoritários, fato é que sua popularização já aparece em centenas de novos aplicativos, dispositivos e produtos.

Contudo, apesar de trazer comodidades, o uso do reconhecimento facial por parte de empresas e do mercado publicitário ainda não inspira confiança, segundo pesquisa da Pew Research Center.

Mesmo com o reconhecimento sendo adotado cada vez mais em aplicações do nosso dia a dia, trazendo comodidade para desbloquear o celular ou acelerar a fila da imigração em aeroportos, a maioria dos consumidores não acredita que as empresas e o mercado publicitário possam usar essa tecnologia de forma responsável.

A pesquisa da Pew Research Center, realizada nos Estados Unidos, constatou que maioria dos americanos não se sentem à vontade com as empresas usando reconhecimento facial. No entanto, os pesquisados apoiam o uso desta tecnologia por autoridades para a aplicação da lei.

Enquanto 59% dos entrevistados afirmam é aceitável que as forças policiais usem ferramentas de reconhecimento facial para avaliar ameaças à segurança em espaços públicos, apenas 36% dizem confiar no uso do reconhecimento por parte de empresas de tecnologia. Uma parcela ainda menor, somente 18%, confiam que anunciantes irão usar a tecnologia de forma responsável.

Mercado bilionário que não para de crescer

Embora a tecnologia de reconhecimento facial exista há anos, passou a ser usada de forma mais ampla recentemente devido às inovações de inteligência artificial, que agora permitem a identificação de pessoas com mais precisão.

Nos últimos anos, gigantes da tecnologia como a Apple adotaram a tecnologia como uma medida de segurança para seus clientes desbloquearem seus smartphones, enquanto o Facebook conta com o reconhecimento facial para identificar automaticamente as pessoas nas fotos.

A ferramenta também já é realidade em alguns modelos de carros de luxo, como o BMW M Next, que pode ser aberto e ligado sem uso de qualquer dispositivo.

Outras montadoras, como Jaguar, Subaru, Tesla, Porsche, Mercedes-Benz e Volkswagen já usam ou estão planejando usar reconhecimento facial em seus lançamentos.

A mesma tecnologia está sendo implantada em companhias aéreas, bancos e até em bicicletas elétricas, que só são acionadas se o dono for reconhecido pela câmera.

De acordo com um relatório de pesquisa da empresa de inteligência de mercado Component, o mercado global de reconhecimento facial deve crescer de US$ 3,9 bilhões em 2019 para US$ 7 bilhões em 2024.

Os principais impulsionadores deste crescimento vertiginoso são o aumento do uso de câmeras de vigilância, a ampliação do reconhecimento facial para atividades do governo, como emissão de passaporte, e o uso da tecnologia em vários setores, como o financeiro e o de saúde.

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