Maioria de paulistas e cariocas quer deixar cidade por falta de segurança, aponta Datafolha
Pesquisa mostra que oito em cada dez moradores têm medo de ser assassinado nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro
A falta de segurança nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro tem motivado os moradores dessas capitais a procurar uma nova cidade. É o que mostra pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira, na qual 55% dos paulistas e 59% dos cariocas dizem desejar a mudança.
Dos motivos mais citados pelos entrevistados se destaca o medo generalizado de crimes contra a vida e o patrimônio. Entre aqueles que sentem “muito” ou “um pouco” de medo de morar no Rio e em São Paulo, nove em cada dez apontam como causa principal a chance de ser assaltado na rua. Ainda de acordo com a pesquisa, oito em cada dez têm medo de ser assassinado nas ruas.
Medo generalizado
No estado de São Paulo, o principal medo é o de ser assaltado na rua (83%), seguido de assalto no semáforo (78%), assassinato (73%), assalto em casa (71%), sequestro (66%) e ser atingido por bala perdida (66%).
Já no Rio, o destaque é mais alto em relação a assaltos na rua (87%), seguido de assalto no semáforo (82%), ser atingido por bala perdida (80%), ser assassinado (79%), ser assaltado em casa (68%) e ser sequestrado (67%).
Desigualdade
O medo, contudo, não é igual para todos. A pesquisa mostra também que, em média, as mulheres sentem mais medo de serem assaltadas do que os homens. No Rio, elas representam 74%, contra 63% dos homens. Já em São Paulo, elas somam 78% e os homens, 62%.
Nos casos mais extremos, as mulheres do Rio têm mais medo que os homens de serem sequestradas, cerca de 75% contra 58%. Em São Paulo, esse número representa 73% contra 57%.
A pesquisa Datafolha entrevistou, entre os dias 5 e 7 de abril, 1.218 pessoas em 30 municípios do Rio, com margem de erro de três pontos percentuais, e 644 pessoas na capital fluminense, com margem de quatro pontos percentuais.
Já em São Paulo, foram ouvidas 1.806 pessoas em 62 municípios do estado, com margem de erro de dois pontos percentuais, sendo 840 entrevistas na capital, com margem de três pontos percentuais.
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