IBM quer patentear sistema de segurança para drones em blockchain

A gigante do ramo de computação e prolífica pesquisadora do ramo de blockchain, IBM, requereu a patente de um sistema que utiliza a tecnologia de registros distribuídos (DLT) para lidar com questões de segurança e privacidade associadas com o crescente uso de drones em aplicações comerciais e recreativas.

Segundo documentos publicados pelo Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos (USPTO), a IBM requereu a patente, sendo ela a mais recente no seu crescente acervo de aplicações para blockchain, em março de 2017.

No requerimento, os autores detalham como um blockchain pode ser utilizado para armazenar dados associados com veículos aéreos não tripulados, particularmente quando um risco de segurança é considerado relativamente alto, garantindo que os controladores do espaço aéreo possam supervisionar o crescente número de drones que agora vagam pelos céus.

Blocos podem incluir uma variedade de pontos de dados diferentes, relacionados aos padrões de voo dos drones, incluindo localização, fabricação e número do modelo, qualquer comportamento errático, condições do clima e proximidade em áreas restritas.

Conforme explicaram os autores:

“A cadeia pode ser considerada uma crônica do que fez o veículo aéreo não tripulado durante um período de tempo. Quando uma transação é conduzida, os parâmetros do veículo correspondente são enviados para um ou mais nós do sistema para validação. Um ou mais nós estabelecem a validação de uma transação e geram um novo bloco. Uma vez que o novo bloco seja calculado, ele pode ser anexado ao participante do blockchain do veículo aéreo. Dentre muitas outras vantagens, o uso de uma infraestrutura em blockchain ajuda a identificar o desvio de comportamento dos veículos aéreos não tripulados por várias pessoas, sendo tais atividades são registradas em um lugar imutável.”

Como funciona

Sob o sistema proposto, o blockchain permissionário pode incluir horários variáveis nos blocos, que alteram em resposta a gatilhos. Por exemplo, se um drone recreativo voa perto demais de uma zona de voo restrita, ele ativa uma bandeira de risco, aumentando o tempo do bloco para fornecer controladores do espaço aéreo com dados a mais ao veículo e, se aplicável, ao seu operador.

De modo inverso, um drone carregando suprimentos médicos emergenciais pode receber permissão especial para operar em espaços aéreos restritos, tendo em vista que os reguladores podem discernir nos dados do blockchain e dar a autorização para fazê-lo.

Estas análises de risco podem ser realizadas por algoritmos analíticos, ou por meio de modelos de machine learning desempenhados fora da cadeia e interfaceados com o blockchain por meio de smart contracts.

Notadamente, a IBM não está sozinha em ver o blockchain como solução para problemas envolvendo o crescente uso de drones e outros veículos não tripulados. Recentemente, o USPTO publicou um requerimento de patente do Walmart, que consistia no uso de tecnologia blockchain para assegurar pacotes por meio de uma cadeia logística composta de robôs e veículos autônomos.

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