Histórico recente de guerras e terrorismo acende alerta para segurança reforçada em grandes eventos esportivos de 2024

Em um ano marcado por grandes guerras, como a que eclodiu recentemente entre Israel e o Hamas e a que continua em curso opondo russos a ucranianos após ter começado em 2022, o clima de apreensão e a sensação de insegurança em diversos lugares do mundo aumentaram como reflexos desses conflitos. Esse sentimento de preocupação também é agravado por atos terroristas, como, por exemplo, o ocorrido no último 2 de dezembro, em Paris, onde um homem morreu e outros dois ficaram feridos em um ataque ocorrido no centro da capital francesa, nos arredores da Torre Eiffel.

E os olhos do planeta estarão especialmente voltados justamente para Paris em 2024, quando irá abrigar, entre os dias 26 de julho e 11 de agosto, a próxima edição dos Jogos Olímpicos. Pouco antes disso, dez cidades da Alemanha serão palco da 17ª Eurocopa, o maior torneio de seleções do futebol europeu, de 14 de junho a 14 de julho. A sequência de eventos esportivos gigantes acende o alerta para a importância de se reforçar a proteção nas sedes e nas grandes estruturas que receberão essas competições. O fato é destacado por Marco Barbosa, diretor da unidade brasileira da Came, empresa do setor de segurança que é líder mundial em produtos para automação e controle de acesso.

“Os terroristas sabem que esses grandes eventos são uma vitrine para exibir ao mundo os seus atos de violência e, por isso, a atenção precisa ser redobrada pelas autoridades e forças policiais. Todos os meios possíveis de precaução, além da organização inteligente dos grandes fluxos de pessoas em estádios e nos seus arredores, têm de ser implementados para evitar a ocorrência desse tipo de incidente”, ressalta Barbosa, que também é especialista em segurança.

O diretor da Came do Brasil revela que quase 170 novas catracas de alta segurança e tecnologia foram instaladas pela filial francesa da multinacional no Stade de France, principal estádio do país, em Saint-Denis (na grande Paris), que na Olimpíada de 2024 receberá as disputas do atletismo e do rugby sevens. “Visando os Jogos Olímpicos, esses equipamentos foram colocados neste local, que será um dos mais importantes palcos da próxima edição do evento, mas a perspectiva é a de que outros estádios e instalações da competição também sejam atendidos pelo portfólio de produtos da Came”, completa Barbosa.

Paris terá outro teste prévio importante para os seus sistemas de segurança, às vésperas da Olimpíada, no Grand Slam de tênis de Roland Garros, entre os dias 20 de maio e 9 de junho. O enorme complexo de quadras que hospeda as partidas do grande torneio também abrigará as disputas dessa modalidade nos Jogos Olímpicos. E assim como em todas as outras sedes da competição, deverá contar com um amplo esquema de proteção, que certamente incluirá em seu plano ações de precaução contra qualquer tipo de atos terroristas.

“A Came está há mais de 50 anos no mercado e na Copa do Mundo de 2022, no Catar, também teve seus equipamentos instalados em estádios da competição. E na Olimpíada de Paris vai colaborar de novo com a experiência de quem fornece faz tempo produtos que ajudam a compor sistemas de proteção de diversas construções importantes, como, por exemplo, a sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, o Pentágono, o Centro Histórico de Portugal e bases de governos de diferentes países, como os palácios Imperial, em Tóquio (Japão), e Rosenbad, em Estocolmo (Suécia)”, lembra Barbosa.

Em outubro passado, por sua vez, dois torcedores suecos foram mortos a tiros em um ataque terrorista em Bruxelas, horas antes do jogo entre Suécia e Bélgica, pelas Eliminatórias da Eurocopa de 2024. O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo ato ocorrido na capital belga, que provocou a suspensão do duelo entre as seleções após o término do primeiro tempo do confronto.

Como uma extensa carteira de produtos em seu portfólio, a Came possui modelos de equipamentos de alta segurança desenvolvidos para conter atos terroristas, como os bollards e road blockers, diferentes tipos de barreiras retráteis de proteção que suportam fortes impactos. “Esses recursos são fundamentais para garantir a proteção das instalações e das pessoas que usam esses locais. E isso valerá muito para os grandes eventos esportivos de 2024, quando a Europa será um alvo evidente dos terroristas”, projeta Barbosa.

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