Genetec fala sobre cibersegurança em conferência na ISC Brasil

A ISC Brasil 2017 deu início ao segundo dia de conferências da feira com a palestra do presidente da Genetec, Pierre Racz. O executivo falou sobre segurança cibernética e seus impactos na indústria de segurança física. Segundo a Genetec, o Brasil é o país mais vulnerável do mundo em relação a roubo de dados. Entre maio e junho de 2016 “cibercrimes” bateram recordes nunca vistos antes no país.

“Acredito que até 2025 o crime cibernético será maior que o crime físico, ele causa muito mais danos a empresa, porque o hacker não quer somente dinheiro, ele também quer seus dados, seu plano de negócios, informações sobre seus funcionários. Existem vantagens de negócios que são muito visados”, disse Pierre.

O executivo explicou que há quatro tipos de indivíduos/organizações que se interessam pelos ativos das empresas: 72% são gangues organizadas que buscam realizar fraudes; 14% são hacker ativistas com motivações políticas; 10% são competidores que visam espionagem industrial e 4% são Governos de diferentes países, e o impacto financeiro para essas organizações vítimas de “cibercrimes” podem variar de $49 mil até $10 milhões. “Todas as empresas são atacadas, mas poucas admitem que sofreram esse tipo de crime, porque isso gera perda de confiança e integridade por parte do cliente, e a marca fica comprometida”, falou o presidente.

Entretanto esse quadro está mudando, cerca de 90% das empresas estão investindo em algum tipo de segurança cibernética e para Pierre o elemento chave da mudança é a educação. “O elo mais fraco da corrente é você colocar algo ou alguém que não é da sua confiança na sua network. Você precisa garantir que o engenheiro que sabe as senhas, por exemplo, seja de confiança”.

Segundo o executivo, é preciso educar os funcionários e fornecedores, pois muitas vezes eles deixam algum vírus entrar por falta de conhecimento, por não saber medidas de segurança cibernética. Um exemplo mencionado na palestra foi o ataque a rede americana de supermercados Target, que teve o sistema de pagamento violado por hackers que roubaram senhas de pelo menos 40 milhões de cartões de crédito e 70 milhões de outros dados dos clientes. Os hackers ganharam acesso aos registros da loja através do fornecedor do sistema de ar-condicionado. O ataque gerou um prejuízo de US$ 146 milhões, além de abalar a confiança dos clientes na marca.

O presidente da Genetec compartilhou os recentes ataques sofridos na empresa e as ações que tomaram com relação a segurança. “Restringimos acessos a determinadas portas da empresa, realizamos protocolo de criptografia com sete diferentes camadas, contratamos a auditoria da Microsoft para verificar os códigos fontes das nossas soluções e identificar se estamos seguindo boas práticas, além de fornecermos aos nossos integradores aplicativos para verificarem a segurança dos seus equipamentos”, explicou Racz.

O ciclo de palestras continua amanhã, no terceiro e último dia da feira (20/04).

Notícias Relacionadas

Artigos

De onde vem essa tal de I.A.?

Por Nicolau Ramalho E essa tal de Inteligência Artificial? Novidade? Tendência? Moda? Será que é passageiro? ChatGPT, WatsonX, Bard. Inteligência…

Destaque

SegurPro investe em eletrificação da frota de veículos operacionais na Unilever

A multinacional de bens de consumo foi a primeira cliente da SegurPro no Brasil a adotar o uso de carros…

Destaque

Lei de Informática: instrumento de política industrial que beneficia produtos nacionais de segurança eletrônica

A Lei de Informática, Lei nº 8248/1991, também conhecida como Lei de TICs, é uma política que desde a década…