Em Foco: Thiago Pavani – Reed Exhibitions Alcantara Machado

Conhecida como a feira e conferência mais importante da indústria de segurança, a ISC Brasil fará a sua 12ª edição dos dias 18 a 20 de abril, na Expo Center Norte. Para falar sobre o assunto, conversamos com Thiago Pavani, Gerente de Eventos da Reed Exhibitions Alcantara Machado, empresa organizadora evento. Durante a entrevista ele analisa o desempenho do mercado de segurança eletrônica em 2016, os principais desafios deste ano para o setor e as novidades da ISC 2017.

Por Fernanda Ferreira

Segurança Eletrônica: Como você analisa o mercado de segurança eletrônica em 2016?
Thiago Pavani: O segmento de segurança eletrônica realmente foi impactado e sentiu o resultado da crise econômica e política que o Brasil enfrenta no cenário atual. Porém, o mercado de segurança eletrônica continua registrando números expressivos e índices de crescimento, se comparado com outros mercados de verticais. Isso demonstra um amadurecimento bastante interessante no setor com empresas cada vez mais competitivas, com investimentos em novas tecnologias, qualidade de produtos e serviços, capacitação e capacidade produtiva.

Segurança Eletrônica: E o que podemos esperar para 2017?
Thiago Pavani: Vejo um ano de muito trabalho e bastante promissor devido ao amadurecimento e importância do setor em relação à segurança das pessoas, do governo, das cidades, dos patrimônios, das indústrias, do comércio, das residências e, principalmente, ao desenvolvimento tecnológico. Temos o empenho de empresas líderes do mercado e de empresários engajados para investir energia na busca por alternativas de segmentação, como a construção de novas parcerias estratégicas, oportunidade em segmentar seus produtos e soluções para alguns verticais específicos. A proposta é buscar primeiramente o aumento do conhecimento em entender cada vez mais a necessidade do consumidor final. Isso faz com que as empresas se tornem mais competitivas e parceiras de negócios de seus clientes, contribuindo fortemente para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.

Segurança Eletrônica: Alguns especialistas dizem que a crise no país atrapalha o setor de segurança eletrônica e outros afirmam que, pelo contrário, a crise ajuda o mercado de segurança a crescer. Qual a sua opinião sobre isso?
Thiago Pavani: O desafio é evidente, porém identifico oportunidade para amadurecimento do setor de segurança. A cadeia de segurança eletrônica é formada pela indústria, por distribuidores de equipamentos, revendas, integradores, prestadores de serviços e, com isso, o setor de segurança tem muito potencial. Destaco de forma especial as evoluções tecnológicas, a integração do segmento de segurança eletrônica com o de automação, biometria, internet das coisas (IoT) e dispositivos conectados. São aspectos que se tornam essenciais e cruciais para a consolidação da tecnologia. Tudo integrado facilita o controle e aumenta o nível de segurança dos usuários, empresas e governo.

Segurança Eletrônica: A ISC é conhecida por determinar tendências, para onde o mercado vai apontar este ano em relação a novas tecnologias e tendências?
Thiago Pavani: Na ISC Brasil temos as principais tendências do mercado, com os mais importantes players do setor fornecendo tecnologias em CFTV, videomonitoramento, comunicação em rede, soluções inteligentes em controle de acesso, experiência em câmeras IP com tecnologia de automação, além de produtos, soluções e serviços que fazem parte do dia a dia dos usuários finais. Essas ferramentas auxiliam empresas, indústrias, policiais e órgãos públicos com a finalidade de garantir a segurança dos cidadãos.

Segurança Eletrônica: Quais os principais desafios para quem atua no setor?
Thiago Pavani: O ano de 2017 marcará uma fase importante na indústria e o principal desafio será integrar as tendências, juntamente com os avanços tecnológicos para o mercado. Alguns verticais são mais maduros quando se trata em busca de soluções de segurança. Exemplos são os setores bancário, saúde, governo, hotelaria, shopping centers, transportes, aeroportos, concessionários de rodovias e outros mercados regulamentados que terão mais oportunidades de incorporar sistemas integrados. Isso reflete numa estreita colaboração e aproximação com os clientes finais e parceiros de negócios para implantação das soluções, tornando claro o real custo benefícios, ganho de desempenho e uma experiência mais conveniente aos usuários com aumento da segurança.

Segurança Eletrônica: No que a ISC contribui para o desenvolvimento do setor?
Thiago Pavani: A ISC Brasil tem como principal foco e comprometimento em contribuir significativamente para o desenvolvimento do setor de segurança eletrônica, privada e pública. É um evento consagrado como a vitrine de soluções, lançamentos, tecnologia e fomentador de novos negócios para usuários finais corporativos e governamentais, parceiras de negócios com integradores, distribuidores. Além disso, a feira é considerada o ponto de encontro dos tomadores de decisão da indústria, governo e das polícias.

Segurança Eletrônica: Qual a expectativa para a ISC 2017?
Thiago Pavani: A expectativa é de reunir 15 mil profissionais do setor em três dias de evento. O evento vai receber visitantes usuários finais corporativos, órgão governamentais, integradores, distribuidores, tomadores de decisão da indústria e das polícias que terão acesso aos principais fabricantes e player do setor.

Segurança Eletrônica: Tem novidades para a 12ª edição?
Thiago Pavani: Uma das novidades será o conteúdo técnico e educacional da Conferência ISC Brasil. Serão palestras realizadas em dois auditórios dentro do próprio pavilhão da feira, com curadoria e apoio das principais entidades do setor como: SIA, ABINEE, ABSEG, ALAS e CNCG.
Também teremos um programa de compradores VIPs e qualificação do público comprador, focada em usuários finais corporativos de verticais como: empresas segurança privada e monitoramento, varejo, transportes, aeroportos, concessionários de rodovias, industrias, bancos, construção civil, hotéis, shoppings centers, instituições de ensino, entre outros.
A ISC Brasil também sediará a Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Comandantes e Coronéis Gerais da Policia Militar e Bombeiros Militares (CNCG).
De forma inédita, reestruturamos a área de exposição, que se tornou 100% setorizada e separada pelas áreas de Segurança Eletrônica, Segurança Privada, Segurança Pública e Detecção, Prevenção e Combate a Incêndio.
A feira também contará com o ISC Experience, um espaço conceito onde os expositores poderão apresentar seus projetos integrados, proporcionando aos visitantes a experiência in loco do seu produto ou serviço.

Segurança Eletrônica: O que você tem a dizer para as pessoas que estão pensando em investir nesse mercado?
Thiago Pavani: O segmento de sistemas eletrônicos de segurança registrou crescimento vertiginoso nos últimos anos com faturamento expressivo. Isso demonstra a força e comprometimento do setor em entregar soluções e tecnologias para os mais diversos setores e segurança dos governos federal, estaduais e municipais, com necessidade de videovigilância, por exemplo, sendo um importante fomentador para o desenvolvimento socioeconômico para o país.

Notícias Relacionadas

Artigos

De onde vem essa tal de I.A.?

Por Nicolau Ramalho E essa tal de Inteligência Artificial? Novidade? Tendência? Moda? Será que é passageiro? ChatGPT, WatsonX, Bard. Inteligência…

Destaque

SegurPro investe em eletrificação da frota de veículos operacionais na Unilever

A multinacional de bens de consumo foi a primeira cliente da SegurPro no Brasil a adotar o uso de carros…

Destaque

Lei de Informática: instrumento de política industrial que beneficia produtos nacionais de segurança eletrônica

A Lei de Informática, Lei nº 8248/1991, também conhecida como Lei de TICs, é uma política que desde a década…