Drone militar será capaz de decidir quem matar com base em inteligência artificial

O Exército dos Estados Unidos está desenvolvendo os primeiros drones capazes de identificar e abater veículos e pessoas usando inteligência artificial (IA). Atualmente, drones militares ainda são controlados por pessoas. A nova tecnologia, porém, poderá decidir quem matar ou manter vivo, com quase nenhum envolvimento humano na ação.

O projeto ainda está em fase de desenvolvimento. Porém, com o uso oficial desses drones, a militarização da IA ​​certamente vai desencadear questionamentos legais e éticos. Há uma chance de que a guerra passe do combate (liderado por homens) ao extermínio (liderado por máquinas), perdendo qualquer semelhança com o conceito de humanidade no processo. Ao mesmo tempo, poderia ampliar a esfera de guerra para que as empresas, engenheiros e cientistas que construíssem IA se tornassem alvos militares importantes.

Questionamentos éticos e negócios

Os drones militares letais existentes, como o MQ-9 Reaper, são controlados e pilotados via satélite por humanos. Seus condutores têm a responsabilidade final na decisão de matar alvos humanos e na decisão de suspender o ataque para não matar outros civis inocentes.

Além dos questionamentos éticos da esfera humana, há preocupação sobre o chamado “uso duplo”, quando empresas e entidades são usadas para fins civis e também militares — o que pode incluir linhas de código. Empresas de tecnologia como o Google, seus funcionários ou seus sistemas podem se tornar responsáveis ​​indiretos por ataques.

Caso o software AI de reconhecimento de imagem Project Maven do Google for incorporado a um drone autônomo militar americano, o Google poderá se ver envolvido em ações militares de drones, assim como qualquer outro contribuinte civil para os sistemas.

Notícias Relacionadas

Destaque

Como funcionará o “Big Brother”, projeto de vigilância do estado de SP

O programa Muralha Paulista, nome oficial do projeto que é uma espécie de “Big Brother” da Polícia Militar (PM) de…

Destaque

Reconhecimento facial será obrigatório nos estádios a partir de 2025

Lei Geral do Esporte estabelece a adoção da tecnologia em estádios com capacidade maior que 20 mil pessoas Uma nova…

Destaque

Abese expande cursos de formação para profissionais de segurança eletrônica

Com a contínua necessidade de mão de obra qualificada para suprir vagas do setor, a associação investiu em programas de…