Como transformar profissionais treinando?

Por Celso Calazans

Como podemos aumentar a produtividade da central e melhorar a segurança, quando apenas colocamos câmeras e alarme no local? Esta pergunta permeia a vida de muitos gestores do setor e daqueles que se aventuram pelo mercado de segurança empresarial.

Nosso ponto de partida é a capacitação dos profissionais de monitoramento, mas também dos gestores, que podem não conhecer o setor o tanto que deveriam. Para se ter uma ideia da disparidade, algumas salas de monitoramento estão repletas de monitores, com muita informação e pouca adequação no mobiliário, sem respeitar a carga horária limite de trabalho dentro da central. Este artigo busca conscientizar novos gestores e expor os novos desafios do profissional do século XXI, que cada dia se depara com novas tecnologias e equipamentos.

Nós precisamos rever os conceitos sobre segurança e verificar como podemos beneficiar a instituição que trabalhamos. Os treinamentos de capacitação podem ser uma ferramenta que nos ajuda a avaliar cada um destes novos produtos e seus recursos.

Como trabalho há muitos anos na área, tenho visto muita falta de conhecimento dentro do setor de segurança eletrônica, especialmente na de monitoramento. O segmento de vídeo monitoramento me surpreende com a quantidade de monitores por colaborador e de imagens por tela, e a exigência que alguém encontre alguma coisa errada acontecendo em tempo real nestas cenas.

Alguns profissionais ficam frustrados por não atingirem seus objetivos dentro da central, e se auto definem como “incompetentes” por razões bem simples: não acompanham a cenas de crimes como deveriam ou pelo menos como é exigido pela chefia. Nesta oportunidade, esclareço que o profissional jamais teria toda esta capacidade e nenhum ser humano conseguiria monitorar mais do que quatro imagens por vez em uma única tela. O que vemos é exatamente um número muito maior de imagens e que pode levar a total falta de efetividade na central na hora de prever um crime. Aliás, este é o princípio da segurança, ser preventivo antes de mais nada.

Algumas técnicas são básicas e devem ser observados para se ter um resultado real e verdadeiro no quesito “monitorar” imagens. O trabalho é duro e sério, mas temos que nos profissionalizar, nos adequando as novas tendências de mercado e novo estilo de monitorar.

Ao invés de assistir a uma tela repleta de pequenas imagens sem nenhuma importância, precisamos mudar este quadro e levar nossos profissionais de monitoramento a ser eficazes e eficientes, não apenas um corpo presente dentro de uma central, mas ser alguém imprescindível para o bom desempenho da central no setor da segurança empresarial. A busca é incessante na valorização do profissional e no encontro da equação perfeita, profissional x máquina.

A dica é profissionalizar o operador e buscar novas técnicas para mantê-lo sempre atento e cuidadoso. Também existem vários recursos que podem ajudar a base a ser ativa e conquistar resultados surpreendentes, como empresas que investem em equipamentos e que buscam um local sempre seguro e inovador.

Alinhar tecnologias, procedimentos, normas e meritocracia podem ser o caminho para o sucesso do trabalho da central de monitoramento, não importa as circunstâncias, dessa forma o profissional vai se realizar na sua função dentro da central.

Celso Calazans
É professor, palestrante, consultor e empresário de segurança eletrônica.

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