Como convencer o alto escalão de uma empresa a investir em segurança eletrônica

Dentro do guarda-chuva da segurança empresarial, a segurança eletrônica tem um papel fundamental na proteção das pessoas e ativos. Por isso, é muito importante seguir alguns passos para convencer o alto escalão da organização a investir em segurança eletrônica.

A princípio pode parecer uma tarefa simples. Bastaria você apresentar alguns orçamentos, dizer claramente para a diretoria que é importante investir em uma determinada tecnologia que está em evidência (câmeras, alarmes, controle de acesso) e pronto. Mas é aí que nos enganamos.

Afirmo categoricamente que se a sua estratégia é essa, ela tende com o tempo a falhar, porque não há planejamento adequado e tudo foi feito com base no imediatismo, na urgência, ou seja, de forma reativa e não preventiva.

Destaco algumas formas de convencer estrategicamente os diretores ou alto escalão a investir em segurança eletrônica para obter excelentes resultados:

IDENTIFICAR A CAUSA DO PROBLEMA
O gestor precisa, primeiramente, identificar e mapear a causa dos problemas, seja ela derivada de sinistros de furto, roubo (interno/externo) ou por acidentes e incidentes. Após esse processo, deve-se levantar qual a sua frequência (diária, semanal, mensal, anual).

MAPEAR AS VULNERABILIDADES
Feito isso, é necessário tocar “na ferida” e saber quais são as vulnerabilidades ou deficiências que estão levando a organização a ter essas ocorrências. Vejam que até o momento, está sendo feita a chamada “análise de risco”. Hoje existem vários tipos e vertentes de análises e cabe ao gestor utilizar aquela que melhor se adapta a sua empresa.

RESPONDER ÀS AMEAÇAS
Identificado o problema, a sua incidência e vulnerabilidades, é necessário apresentar uma resposta às ameaças. Essa resposta pode levar aos seguintes procedimentos:

• Reestruturação dos processos: rever os procedimentos

• Treinamento de pessoal: correto manuseio das tecnologias

• Investimento em segurança eletrônica: tecnologias defasadas

Imagine que a empresa já revisou seus processos e investiu em capacitação de pessoal. Porém, agora é preciso investir em segurança eletrônica e focar no retorno que ela trará. Com a análise de risco elaborada, fica mais fácil para o gestor direcionar sua ação de investimento.

Sempre que for implantar um sistema de segurança, deve-se perguntar: “Qual sistema de segurança eletrônica é o melhor para minha empresa?”.

Sabemos que no mercado existem milhares de empresas e soluções de segurança eletrônica, desde as mais simples como, por exemplo, uma central de alarme não monitorada, até as mais profissionais com tecnologia de última geração, como câmeras megapixels, softwares com análise de imagens, dentre outras.

Aqui vai uma dica: Ao escolher uma ou mais empresas para lhe fornecer e instalar os equipamentos de segurança, investigue essas companhias. Verifique o histórico delas no mercado, os principais clientes, o tempo de existência, a abrangência de atendimento, tipo e qualidade dos seus equipamentos, se conta com técnicos especializados e principalmente, o pós-venda.

Feita a análise, o gestor decide, por exemplo, por instalar um sistema de CFTV integrado com controle de acesso. Dentre as necessidades da sua organização, esse gestor percebe que não é necessário adquirir um sistema de última tecnologia, pois avaliou que com duas ou três câmeras móveis (speed dome), algumas câmeras fixas e um sistema de gravação digital, as necessidades da empresa são atendidas plenamente.

Agora sim é iniciada a cotação dos equipamentos. Antes, porém, é preciso que o gestor tenha um escopo, ou seja, um padrão definido do tipo de equipamento que deseja cotar, como uma câmera profissional de X linhas, modelo Y, marca Z; gravador, speed dome, entre outros. Assim, ao solicitar as cotações, ele poderá comparar todos os orçamentos de forma igualitária e obter o melhor custo x benefício.

Lembrem-se sempre que este padrão deve servir como base, uma vez que a tecnologia muda de tempos em tempos, evitando- se assim, ficar engessado em um tipo de processo ou equipamento.

Mesmo após a realização de todos os passos citados até aqui, há ainda um importante fator a ser considerado, tão imprescindível quanto os demais, que irá nortear o gestor da melhor forma de convencer a diretoria da empresa a investir em sua proposta de segurança eletrônica. É a análise de retorno do investimento, conhecida como “Pay Back”, uma técnica simples que consiste em calcular em quanto tempo o investimento se pagará, ou seja, é feita uma projeção levando em conta algumas variáveis, que dependem do tipo de negócio da organização.

Digamos que o investimento no sistema de segurança eletrônica escolhido pelo gestor custe R$ 20.000, e que sua garantia de durabilidade seja de três anos. Levando-se em consideração o fluxo de caixa da empresa após a análise do Pay Back, concluise que o investimento se pagará no 8° mês, veja: R$20.000,00 / 8 meses = R$2.500,00/mês.

A organização despenderia dentro do seu fluxo de caixa R$2.500,00 até o 8° mês, para pagar o investimento, o qual, dentro da sua expectativa de durabilidade trará benefícios que ajudarão a diminuir as perdas e, consequentemente, manter o seu lucro.

Agora, sim, é o momento de apresentar o estudo para sua diretoria. Perceberam a diferença entre apresentar um orçamento sem planejamento, e um outro com o estudo detalhado de todo investimento? Qual dos dois vocês acham que teria a maior chance de ser aprovado? Agora é com você, sucesso e boa sorte!

André Ochoa
Consultor e profissional com mais de 13 anos de experiência em Segurança Empresarial, Prevenção de Perdas, Auditoria e Riscos. Atuação no varejo em empresas como Ponto Frio, Lojas Marisa, Lojas Caedu, Shoebiz Calçados e Tyco Integrated Security (ex-Plastrom Sensormatic). Formado em Segurança Empresarial com especialização em Master Business Security – MBS.

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