Benefícios do sistema de videomonitoramento aplicado ao setor industrial

Por André Santos, engenheiro de soluções na Avantia

O monitoramento é algo muito comum no dia a dia das pessoas. Presente nos comércios, residências e até nas telas dos smartphones, essa vigilância constante hoje também já é realidade no meio empresarial, acompanhamento que tem mais que por finalidade a fiscalização de funcionários e processos, mas de padronizar procedimentos e até mesmo encontrar falhas que possam gerar custos desnecessárias à companhia.

Em vista desta demanda, surgiram empresas altamente dedicadas à criação de inteligência e no desenvolvimento de analíticos de vídeo. E a pergunta que fica é: para onde vai toda essa informação e dados? O que podemos fazer com eles?

No caso do setor industrial, por exemplo, a inteligência artificial aplicada à vide análise nos permite monitorar processos e, até mesmo, o uso e não de equipamentos de proteção individual e equipamento de proteção coletivos (EPI’s e EPC’s) em áreas classificadas. O uso do EPI parece ser algo fútil para tal investimento tecnológico, porém garantir a segurança dos colaboradores é como garantir a segurança e saudabilidade da companhia.

Com isso, com o videomonitoramento é possível classificar quais equipamentos estão em uso, quais deveriam ser usados para aquela determinada área e, o mais importante, reconhecer quando aquele EPI não está sendo utilizado, podendo criar assim um alerta, em tempo real, para que o responsável tome medidas preventivas.

Na lista dos analíticos mais utilizados pelo segmento industrial está o “Man Down”, também conhecido como “homem caído”. A ferramenta é utilizada especificamente para locais de grande risco, como a produção de gases e indústrias de minério e metais.

Esse analítico identifica a queda do funcionário, seja por inalação de gases, acidente de trabalho entre outros eventuais ocorrências, com a determinação de priorizar casos como este, onde é gerado um alerta nível máximo e reportado internamente para a central de operações da fábrica ou indústria.

Dentre as aplicações da inteligência de vídeo mais inusitadas para as indústrias, podemos citar “o monitoramento de etapas de um processo de fabricação de um determinado produto” que requer etapas pontuais.

Um exemplo da aplicabilidade desse videomonitoramento é o cálculo do tempo de abastecimento de uma determinada máquina com o produto específico e, por meio desse processo, é possível verificar o tempo médio de fabricação do produto e criar métricas.

Entendendo que hoje o mercado de trabalho requer cada vez mais processos produtivos e menos custosos, com o uso da inteligência artificial esse problema pode ser resolvido de maneira simplificada e assertiva.

Fora estes analíticos mencionados, existem outros mais convencionais, como o reconhecimento facial, utilizado em larga escala após a pandemia para o controle de acesso, mas também, para o monitoramento de pessoas que já estão nos ambientes.

A questão é que existem cada vez mais integrações entre inteligência artificial e câmeras focando na resolução do problema do cliente, em busca do atendimento das mais importantes demandas do mercado para sanar problemas e dores de maneira cada vez mais eficiente.

A aplicação da inteligência artificial não é mais um futuro distante, mas uma realidade presente na operação das grandes empresas e das companhias que buscam cada vez mais competitividade e vanguardismo.

E a dúvida levantada no primeiro paragrafo se torna gritando, estamos sendo amplamente monitorados e para onde vão meus dados e informações, e para o que são utilizadas? Bom, para isto foi criado a “LGPD” ou Lei geral de proteção a dados é a legislação brasileira que regula as atividades de tratamento de dados pessoais e estabelece regulamentos sobre coleta armazenamento, tratamento e compartilhamento de informações recolhidas, impondo uma serie de penalidades caso não seja aderida tendo assim que o titular das informações recolhidas tenha que autorizar o uso e não uso destas informações. Desta forma podemos nos tranquilizar quanto a informação pessoal ser utilizada para fins indevidos.

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