Avanços tecnológicos e da IA reforçam a relevância de sistemas de monitoramento para proteção de bens, patrimônios e pessoas

Por Alexandre Coelho, gerente executivo da TBNet, empresa de telecomunicações do grupo TecBan

Nos últimos anos, muito em função das produções audiovisuais, como em “Black Mirror”, “FBI” ou ainda em realities shows, temos debatido demasiadamente sobre tecnologias de câmeras de monitoramento e o quanto estar em ambientes vigiados passou a fazer parte do nosso dia a dia. Inclusive, imagino que você já deve ter parado para refletir em algum momento sobre o quanto esses equipamentos atualmente são fundamentais para projetos de segurança pública ou privada.

Afinal, as médias e grandes cidades tendem a concentrar altos índices de violência – problema que hoje ocupa o topo da lista das principais preocupações dos brasileiros. De acordo com dados do Estudo Global sobre Homicídios 2023, divulgado pela ONU, em 2023 ocorreram 47.722 mortes violentas no Brasil. Logo, a segurança é um fator decisivo na hora de escolher a casa nova, a escola dos filhos e até mesmo aceitar uma proposta de emprego. Os brasileiros precisam considerar o risco a que se expõem, antecipando e calculando as probabilidades do que pode acontecer ao passar por determinado local. “Será que este lugar coloca a minha segurança em risco?”. Essa é uma pergunta que já é tão natural, que talvez nem consigamos perceber o quão constantemente pensamos nela.

E é nesse cenário crítico de (in)segurança que passamos a enxergar as tecnologias como meio de autoproteção. Estamos falando aqui de espaços residenciais, financeiros e comerciais. Segundo a pesquisa Panorama de Mercado, divulgada pela Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), no ano passado, o setor cresceu 18%, tendo sido contabilizado o expressivo faturamento de R$ 11 bilhões. Esse dado atesta a confiança do mercado nos serviços e produtos do segmento, que é impulsionada pelos preocupantes índices de criminalidade. Os sistemas de câmeras não só inibem crimes, como também permitem a identificação de suspeitos e investigação que ocasionam a recuperação de itens e detenção de criminosos em muitos casos.

Atualmente, sabemos que sistemas de monitoramento com circuito fechado (CFTV) e controle de acesso e de alarmes contra intrusão estão entre as principais ferramentas de proteção utilizadas. É praticamente impossível irmos a algum lugar e não perceber uma câmera nos observando. E a boa notícia é que o Brasil tem acompanhado o avanço tecnológico e tem buscado modernizar o setor. A Abese estima que o mercado de segurança eletrônica finalize o ano de 2023 com um crescimento de cerca de 20% e uma das tendências que deve impulsionar essa ampliação a longo prazo, com certeza, é o uso da Inteligência Artificial (IA).

Não há dúvidas de que, de modo geral, caminhamos para que as tecnologias sejam cada vez mais autônomas. Apesar de muitos temerem os poderes da IA, pensar a sua aplicabilidade no setor de segurança nos mostra infinitas possibilidades de aprimorar os produtos. A TBNet, por exemplo, empresa de telecomunicações do grupo TecBan, através do produto SmartSecurity TBNet, permite entregar uma solução de gestão de videomonitoramento automatizado que identifica situações suspeitas imediatamente por meio da captação de imagens. A tecnologia gera uma inteligência de dados que auxilia na identificação de padrões, movimentos suspeitos e situações de risco. Imaginar esse recurso há algum tempo podia ser futurístico demais e longínquo, mas hoje já é uma realidade que está em nosso dia a dia e isso nos permite entender que os avanços que a IA pode nos oferecer estão cada vez mais próximos de se tornarem reais. O SmartSecurity também permite apoiar com opções de insights para o crescimento do negócio, contemplando opções de contagem e desistência de filas, mapa de calor, expressão do cliente, entre outros que permitam ações e tomadas de decisão mais rápida para alavancar mais receitas para o cliente.

Ainda não temos a dimensão dos avanços que a IA trará para a sociedade, nem quais serão as limitações da aplicabilidade dessa ferramenta em nossas vidas. Mas é certo que ela será combustível para um grande avanço tecnológico do setor e, arrisco dizer, que poderá ser responsável por realizar uma nova sistematização dos serviços. A IA tem a capacidade de mesclar sistemas e gerar soluções inovadoras para diferentes problemas de forma rápida, podendo ser um importante apoio que facilitará não somente a gestão de monitoramento como um todo, mas também a tomada de decisão da pessoa que tem a ferramenta como parceira de trabalho.

No caso da solução da TBNet que mencionei acima, já existem supermercados, que adotaram esse sistema para fazer a avaliação da temperatura das pessoas em determinados ambientes do estabelecimento, ajudando a fazer o mapa de calor da loja e assim auxiliar o estabelecimento a entender melhor quais as áreas de maior consumo, até a identificar e a prevenir possíveis furtos. Isto porque, quando um indivíduo esconde em uma bolsa ou embaixo da blusa algum item congelado, por exemplo, a câmera indica a mudança de temperatura e acende um alerta para a equipe de segurança da loja.

Temos um bom destino pela frente, com muitas possibilidades para serem discutidas e devemos estar abertos às possibilidades. A inovação sempre nos trouxe boas soluções e temos altas expectativas para o setor. Todos temos trabalhado para aumentar a eficiência das soluções e acredito que esse novo relacionamento que o mundo vive com a tecnologia entregará bons frutos para a sociedade, em especial no que diz respeito a segurança, com a aceleração e aumento de assertividade dos processos. Dessa forma, reforço o protagonismo que os sistemas de monitoramento têm nesta sociedade e afirmo que sua relevância será ainda maior.

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